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15/05/2006 - 11h56

PCC ataca policiais, queima ônibus e promove rebeliões em SP

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da Folha Online

O Estado de São Paulo vivencia desde a noite da última sexta-feira (12) uma série de ações orquestradas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), em retaliação à decisão do governo estadual de isolar lideranças da facção. Cerca de 70 pessoas morreram, entre elas suspeitos baleados em confrontos.

O movimento começou com a maior onda de ataques às forças de segurança já ocorrida no Estado. Os alvos foram policiais civis, militares, guardas municipais e agentes penitenciários.

Ao mesmo tempo, rebeliões simultâneas começaram em penitenciárias, CDPs (Centros de Detenção Provisória) e cadeias. Na manhã desta segunda, 46 unidades permaneciam rebeladas, com 237 reféns. Em Jaboticabal, o delegado Adelson Taroco, 39, foi incendiado por presos rebelados na cadeia. Ele foi internado em estado grave.

Presos de unidades de Mato Grosso do Sul e do Paraná também iniciaram rebeliões no domingo (14). Os motins teriam envolvimento do PCC.

Entre a noite de domingo (14) e a manhã desta segunda, a violência atingiu também agências bancárias e ônibus. Criminosos atiraram contra ao menos cinco agências e jogaram coquetéis molotov em outras cinco.

Transporte

Cerca de 60 ônibus foram queimados --44 em São Paulo e os outros em Osasco e na região do ABC. Com medo de novas ações, ao menos dez empresas não tiraram os ônibus da garagem --três delas circulam parcialmente-- e nove terminais foram fechados. A região sul é a mais afetada da cidade.

Pararam as empresas Vip, Tupi, Paratodos, Transcuba, Cidade Dutra, Campo Belo, Gatusa, Cooperauhton e Cooperpan --a paralisação foi parcial nas duas últimas. todas na zona sul. Na zona norte, a Sambaíba também parou as atividades, mas alguns ônibus voltaram a circular.

Os terminais fechados são: Bandeira, Capelinha, Santo Amaro, Guarapiranga, João Dias, Jardim Angela, Varginha, Parelheiros e Grajaú.

A prefeitura suspendeu o rodízio de veículos na nesta segunda-feira. Com isso, veículos com placas finais 1 e 2 podem circular normalmente pelo chamado centro expandido da cidade durante o horário de pico --das 7h às 10h e das das 17h às 20h.

Mais violência

No fim da noite de domingo, criminosos também lançaram coquetéis molotov contra duas bases da CET (Companhia de Engenharia de Trânsito) --em frente ao terminal Parque Dom Pedro e outra no Glicério.

No início da madrugada, tiros atingiram um guichê da estação Artur Alvim do metrô (zona leste), mas não há confirmação sobre o possível envolvimento do PCC no caso.

Mortos

Os ataques começaram na sexta-feira (12) e atingiram principalmente forças de segurança --delegacias, postos, veículos militares e policiais em trabalho ou de folga. Balanço parcial aponta que cerca de 70 pessoas morreram, entre policiais, agentes penitenciários, guardas, suspeitos dos crimes e 13 detentos, mortos nas rebeliões.

A polícia prendeu mais de 80 pessoas suspeitas de envolvimento com os ataques. Até a noite de domingo, 97 armas haviam sido apreendidas.

Reação

A série de ataques começou após a transferência de 765 presos para Presidente Venceslau, na quinta-feira (11), em uma tentativa de evitar a articulação de ações criminosas.

No dia seguinte, oito líderes do PCC foram levados para a sede do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), em Santana (zona norte de São Paulo). Entre eles estava o líder da facção, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola. No sábado, ele foi levado para a penitenciária de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo), considerada a mais segura do país. Na unidade, ele ficará sob o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), mais rigoroso.

Com Agência Folha

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