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15/05/2006 - 23h22

Detento liberado em saída temporária é suspeito de atacar delegacia

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da Folha Online

Três homens --sendo um preso em saída temporária-- foram presos nesta segunda-feira suspeitos de envolvimento no ataque à delegacia de Francisco Morato (48 km ao norte de São Paulo) ocorrido na madrugada de domingo (14). Eles admitiram que a ordem partiu de detentos de prisões paulistas, provavelmente ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

O ataque à delegacia é um dos 180 registrados pelo governo estadual em diferentes pontos do Estado desde a última sexta-feira (12). Mais de 80 pessoas morreram. Os ataques ocorreram paralelos a uma onda de rebeliões que atingiu mais de 80 unidades prisionais paulistas.

Um dos suspeitos --José Alberto Bezerra, 25-- cumpre pena em regime semi-aberto na penitenciária de Marília (444 km a noroeste de São Paulo). Ele deixou a unidade na terça-feira (9), autorizado pela Justiça a passar o Dia das Mães, celebrado domingo (14), com seus familiares.

Cerca de 10 mil presos deixaram unidades prisionais paulistas no final da semana passada sob as mesmas condições. Em média, 8% deles não voltam às prisões. No domingo, o comandante-geral da PM, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges disse que todos os beneficiados por saídas temporárias são suspeitos de envolvimento nas ações do PCC.

Suspeitos

Os outros dois suspeitos presos foram identificados como José Ricardo Bezerra, 21, e Ewerton Freitas Peixoto, 22. Em depoimento informal, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública, todos confessaram envolvimento no ataque à delegacia de Francisco Morato.

Três artefatos explosivos foram arremessados por uma janela da delegacia à 1h15 de domingo. O impacto da explosão foi tão forte que arrancou a porta da cela e danificou a estrutura do prédio, que ficou repleto de rachaduras. Três policiais estavam no plantão, mas não se feriram.

"Foi um ato terrorista. Eles saíram gritando que devíamos morrer", falou um investigador, que afirmou ter escapado da morte só porque não estava no local da explosão na hora.

Um revólver calibre 38 de numeração raspada foi apreendido com os suspeitos presos. O revólver tem a inscrição "PCC".

Os três --inclusive o detento-- foram autuados em flagrante pelos crimes de formação de bando, dano qualificado, atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública, explosão e posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, entre outros crimes.

Com Folha de S.Paulo

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