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16/05/2006
-
20h39
da Folha Online
Foram identificados nesta terça-feira os nove presos mortos na onda de rebeliões promovida entre sexta (12) e segunda (15) em penitenciárias e CDPs (Centros de Detenção Provisória) de São Paulo. Com eles, sobe para 124 o número de pessoas mortas em decorrência da onda de violência que atinge diferentes pontos do Estado.
O número ainda pode chegar a 133, conforme balanço divulgado pelo governo estadual, caso sejam confirmadas as mortes de outros nove detentos na cadeia pública de São Sebastião.
Desde sexta-feira, os 251 ataques contra forças de segurança promovidos pelo crime organizado --em paralelo às rebeliões-- mataram 44 policiais, guardas, agentes penitenciários e civis. Em confrontos, 71 suspeitos de envolvimento nos crimes também foram mortos. Destes, 19 foram mortos somente na madrugada desta terça.
Nos ataques, ficaram feridos ainda 22 PMs, seis policiais civis, oito guardas, um agente penitenciário e 16 cidadãos.
Entre os 251 ataques estão 80 incêndios a ônibus, 15 ataques a agências bancárias e um contra a estação Artur Alvim do metrô. No total, também desde sexta, 115 suspeitos foram presos e 113 armas, apreendidas.
Presos
Os nove presos mortos em penitenciárias e CDPs foram identificados pela SAP (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) como:
- Rodrigo Fernando de Oliveira, 24, condenado por roubo, foi morto na penitenciária de Presidente Prudente;
- Ezequiel de Almeida Dias, 31, condenado por roubo e tráfico de drogas, foi morto na penitenciária de Ribeirão Preto;
- Emerson Pereira dos Santos, 25, condenado por homicídio, foi morto na penitenciária de Ribeirão Preto;
- Marcelo João da Silva, 24, condenado por roubo e formação de quadrilha, foi morto na penitenciária de Ribeirão Preto;
- Fernando Alves Santos Dantas, 23, condenado por roubo, foi morto no CDP 2 de Belém, em São Paulo;
- Leonardo Rodinei Felippe, 18, condenado por roubo, foi morto no CDP 2 de Belém, em São Paulo;
- Ana Claudia Veloso Amaral, 21, condenada por roubo, foi morta na Penitenciária Feminina da Capital;
- Claudinei Moreira, 29, acusado de furto, foi morto no CDP de Taubaté;
- Leandro Donizeti Ramos, 18, acusado de furto, foi morto no CDP de Taubaté;
Retaliação
O movimento é uma retaliação do PCC à decisão do governo estadual de isolar lideranças da facção. Na quinta-feira passada (11), 765 presos foram transferidos para a penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo), em uma tentativa de evitar a articulação de ações criminosas.
No dia seguinte, oito líderes do PCC foram levados para a sede do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), em Santana (zona norte de São Paulo). Entre eles estava o líder da facção, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola. No sábado, ele foi levado para a penitenciária de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo), considerada a mais segura do país. Na unidade, ele ficará sob o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), mais rigoroso.
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Foram identificados nesta terça-feira os nove presos mortos na onda de rebeliões promovida entre sexta (12) e segunda (15) em penitenciárias e CDPs (Centros de Detenção Provisória) de São Paulo. Com eles, sobe para 124 o número de pessoas mortas em decorrência da onda de violência que atinge diferentes pontos do Estado.
O número ainda pode chegar a 133, conforme balanço divulgado pelo governo estadual, caso sejam confirmadas as mortes de outros nove detentos na cadeia pública de São Sebastião.
Caio Guatelli/Folha Imagem |
PM aborda suspeito em blitz na zona oeste de São Paulo |
Nos ataques, ficaram feridos ainda 22 PMs, seis policiais civis, oito guardas, um agente penitenciário e 16 cidadãos.
Entre os 251 ataques estão 80 incêndios a ônibus, 15 ataques a agências bancárias e um contra a estação Artur Alvim do metrô. No total, também desde sexta, 115 suspeitos foram presos e 113 armas, apreendidas.
Presos
Os nove presos mortos em penitenciárias e CDPs foram identificados pela SAP (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) como:
- Rodrigo Fernando de Oliveira, 24, condenado por roubo, foi morto na penitenciária de Presidente Prudente;
- Ezequiel de Almeida Dias, 31, condenado por roubo e tráfico de drogas, foi morto na penitenciária de Ribeirão Preto;
- Emerson Pereira dos Santos, 25, condenado por homicídio, foi morto na penitenciária de Ribeirão Preto;
- Marcelo João da Silva, 24, condenado por roubo e formação de quadrilha, foi morto na penitenciária de Ribeirão Preto;
- Fernando Alves Santos Dantas, 23, condenado por roubo, foi morto no CDP 2 de Belém, em São Paulo;
- Leonardo Rodinei Felippe, 18, condenado por roubo, foi morto no CDP 2 de Belém, em São Paulo;
- Ana Claudia Veloso Amaral, 21, condenada por roubo, foi morta na Penitenciária Feminina da Capital;
- Claudinei Moreira, 29, acusado de furto, foi morto no CDP de Taubaté;
- Leandro Donizeti Ramos, 18, acusado de furto, foi morto no CDP de Taubaté;
Retaliação
O movimento é uma retaliação do PCC à decisão do governo estadual de isolar lideranças da facção. Na quinta-feira passada (11), 765 presos foram transferidos para a penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo), em uma tentativa de evitar a articulação de ações criminosas.
No dia seguinte, oito líderes do PCC foram levados para a sede do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), em Santana (zona norte de São Paulo). Entre eles estava o líder da facção, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola. No sábado, ele foi levado para a penitenciária de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo), considerada a mais segura do país. Na unidade, ele ficará sob o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), mais rigoroso.
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