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18/05/2006 - 17h55

Ministro oferece transferência de líder do PCC a governo de SP

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IVONE PORTES
da Folha Online, do Rio

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse nesta quinta-feira que ofereceu ao governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PSDB), a transferência do líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos William Herbas Camacho, o Marcola, para presídio fora do Estado.

O objetivo da transferência seria isolar Marcola e desarticular a facção criminosa liderada por ele. Em Fórum Nacional sobre Crescimento, realizado na tarde desta quinta-feira (18), no Rio, Bastos anunciou para 20 de junho a inauguração de um presídio federal no Paraná.

A unidade, que seria uma das alternativas para receber Marcola, é um dos cinco presídios federais de segurança máxima que o governo deverá entregar até 2007. Segundo Bastos, o governador de São Paulo não considerou a medida conveniente para este momento.

O ministro tem uma reunião marcada com Lembo para às 18h desta quinta-feira. Ele negou, no Rio, que o encontro seja para discutir o envio de tropas do Exército para São Paulo. "Se no momento mais agudo não foi [enviada tropa], nesse momento não há de ser", disse. "Nós continuamos à disposição do governador de São Paulo e de todos os Estados."

Bastos afirmou ainda que a Polícia Federal trabalha de forma integrada com as forças estaduais. "Deslocamos gente de inteligência para lá [São Paulo]", disse.

Fita

O ministro da Justiça lamentou o suposto repasse do depoimento sigiloso prestado à CPI do Tráfico de Armas pelos delegados da Polícia Civil de São Paulo Godofredo Bittencourt e Rui Ferraz Fontes, do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), a presos ligados ao PCC.

"É terrível isso que aconteceu porque realmente é uma coisa muito pequena, mas tem um significado muito grande. A segurança pública é um assunto sério, para profissionais, que exige muito planejamento e muito cuidado", afirmou.

A CPI do Tráfico de Armas enviou à Justiça de São Paulo pedido para ouvir o líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola, e marcou para a próxima terça-feira (23) o depoimento dos supostos advogados do PCC (Primeiro Comando da Capital) Maria Cristina de Souza e Sérgio Wesley da Cunha.

Os dois são suspeitos de pagar R$ 200 ao ex-operador de áudio da Câmara Arthur Vinicius Silva pelo depoimento --gravado em dois CDs-- e o repasse da gravação a membros do PCC. Cunha nega o envolvimento com a facção.

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