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20/05/2006 - 16h52

Após uma semana, ataques atribuídos ao PCC chegam a 299 em SP

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da Folha Online

Uma semana depois do início da onda de violência que se espalhou por São Paulo, este fim de semana começou tranqüilo no Estado. Segundo a Polícia Militar, entre a madrugada e a tarde deste sábado, não foram registradas ocorrências diretamente ligadas com as ações realizadas pelo PCC.

Segundo balanço divulgado pela Secretaria de Segurança Pública, as ocorrências em meio à onda de ataques promovida pela facção criminosa desde o último dia 12 chegam a 299. Ao todo, foram apreendidas 149 armas.

O governo paulista decidiu suspender neste fim de semana as visitas a detentos nos presídios do Estado onde houve rebeliões durante os ataques do PCC.

A Secretaria da Administração Penitenciária não divulgou o número e a lista de presídios que ficarão sem visitas. Informou que a visitação foi suspensa por "questão de segurança".

A secretaria recomendou que familiares e amigos de presos telefonem para as penitenciárias e CDPs (Centros de Detenção Provisória) com antecedência para obter informações sobre a disponibilidade do horário de visita.

Neste sábado, um detento foi baleado em uma tentativa de fuga na Penitenciária 2 do Complexo Penitenciário Campinas-Hortolândia. De acordo com a Polícia Militar de Hortolândia, o ferido apareceu no telhado da prisão e foi atingido por um de vários tiros disparados por agentes de segurança do complexo.

A Virada Cultural, série de mais de 500 eventos marcados entre as 18h deste sábado e as 18h de domingo, vai ocorrer normalmente e os organizadores esperam uma resposta da cidade ao medo e insegurança que tomaram São Paulo depois da onda de ataques.

Mortos

Dos 109 suspeitos mortos pela polícia durante os ataques, 85 já passaram pelo IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo --dez corpos permanecem no local.

Segundo informações do instituto, 73 corpos já foram identificados; outros 22 corpos estão em IMLs do interior, litoral e Grande São Paulo. Apenas um corpo não identificado foi enterrado como indigente --o prazo para a identificação é de 72 horas.

O IML de São Paulo desconhece o paradeiro de apenas dois corpos.

O secretário da Segurança Pública do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, mandou recolher nas unidades dos IMLs --em Pinheiros e na Vila Leopoldina-- todos os laudos de mortes ocorridas em confrontos com a polícia na última semana.

Embora a maioria dos corpos de suspeitos mortos pela polícia tenha sido identificada, a secretaria informou que não divulgará os nomes, para não violar a privacidade da vítima e não atrapalhar as investigações sobre suposta ligação destas pessoas com a facção criminosa.

Uma comissão com representantes do Ministério Público e do Legislativo vai cobrar do governo do Estado a lista com os nomes dos 109 suspeitos mortos em confrontos com a polícia desde o início da onda de ataques.

O grupo foi criado na sexta-feira (19), durante reunião na Assembléia Legislativa de São Paulo.

Além dos 109 suspeitos, as ações contra as forças de segurança deixaram outras 45 pessoas mortas --23 policiais militares, sete policiais civis, três guardas municipais, oito agentes de segurança penitenciária e quatro civis --sendo uma namorada de um policial.

Somadas às mortes de nove detentos de penitenciárias e CDPs (Centros de Detenção Provisória) ocorridas durante os motins, o total de pessoas mortas em decorrência da onda de crimes sobe para 163. Outros nove presos também teriam morrido em motins, o que elevaria o número para 172.

PCC

Entre os dias 12 e 15, 82 unidades prisionais paulistas registraram rebeliões. O movimento, ao lado da maior série de ataques contra forças de segurança da história do Estado, foi coordenado pelo PCC em retaliação à decisão do governo estadual de isolar lideranças da facção.

Os motins começaram um dia após a transferência de 765 presos --supostos integrantes do PCC-- para a penitenciária de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo) e de oito líderes da facção para um prédio da Polícia Civil em Santana (zona norte de São Paulo) e, em seguida, para o presídio de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo).

Entre os levados ao RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) de Bernardes está o líder da facção, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola.

Com Folha de S.Paulo e Agência Folha

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