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22/05/2006 - 13h53

ONGs querem comissão para acompanhar investigação sobre mortes em SP

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TATIANA FÁVARO
da Folha Online

Representantes de ONGs em defesa dos direitos humanos vão propor ao procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo Pinho, nesta segunda-feira, que uma comissão com membros da sociedade civil organizada acompanhe as investigações sobre a morte de 109 suspeitos durante os ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital).

"Temos informações de que há inocentes entre os mortos. O próprio governo já reconheceu essa possibilidade", afirmou coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Ariel de Castro Alves.

Ao menos cinco grupos ligados à defesa dos direitos humanos estarão representados na reunião com Pinho. Segundo Alves, as comissões querem saber os nomes dos policiais e suspeitos mortos.

Inocentes

No sábado, o subdefensor público do Estado de São Paulo, Pedro Giberti, não descartou a possibilidade de a polícia ter matado inocentes entre os suspeitos.

"A possibilidade é que tenha havido sim, mas porque você tem um universo muito grande de pessoas atingidas", disse Giberti depois de passar a tarde na sede central do IML. "Se por acaso tiver havido uma única lesão fruto de qualquer desvio de conduta, vamos proteger as pessoas afetadas por isso."

O Ministério Público deverá pedir no começo desta semana cópias dos laudos do IML e dos boletins de ocorrência que registraram a morte dos suspeitos em São Paulo. O superintendente da Polícia Técnica de São Paulo, Celso Perioli, não quis falar nesta segunda-feira sobre o assunto.

A Secretaria de Segurança Pública informou, por meio de assessoria, que vai averiguar a possibilidade legal do acompanhamento das investigações por uma comissão de direitos humanos formada pela sociedade. Nenhum representante da secretaria vai se pronunciar até que a reunião com o Ministério Público ocorra, nesta segunda.

Baixas

Segundo balanço divulgado pela Secretaria de Segurança Pública, desde o último dia 12 ocorreram 299 ataques promovidos pela facção criminosa. Ao todo, foram apreendidas 149 armas.

Dos 109 suspeitos mortos pela polícia durante os ataques, 85 já passaram pelo IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo. Segundo informações do instituto, 12 corpos ainda não foram identificados; outros 24 estão em IMLs do interior, litoral e Grande São Paulo.

Apenas um corpo não identificado foi enterrado como indigente --o prazo normal para a identificação é de 72 horas.

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