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23/05/2006
-
13h49
da Folha Online
O CRM (Conselho Regional de Medicina) de São Paulo finaliza nesta terça-feira o relatório sobre as mortes dos suspeitos de envolvimento em ações promovidas pelo PCC. A expectativa é que o relatório seja entregue ainda hoje ao Ministério Público Federal.
O documento deve mostrar a descrição de 273 laudos de corpos que chegaram ao IML central, entre os últimos dias 12 e 20. A partir do cruzamento da origem dos corpos, os médicos tentarão identificar o tipo de agressão. O objetivo é saber se inocentes foram mortos pela polícia na última semana, depois do início da onda de ataques atribuída à facção criminosa.
Do total de laudos de necropsia, 95 teriam apontado vítimas de arma de fogo. A Secretaria da Segurança Pública reviu os números da violência e, nesta terça-feira, afirmou que são 79 os suspeitos de envolvimento em ataques do PCC mortos pela polícia no Estado de São Paulo, desde o dia 12. Antes, o número de suspeitos mortos era de 109.
Segundo as assessorias do CRM e da Procuradoria, não há previsão para que o relatório seja divulgado publicamente.
Nomes
O delegado-geral da Polícia Civil, Marco Antonio Desgualdo, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, têm até a próxima quinta-feira (25) para entregar ao Ministério Público Estadual de São Paulo a lista com os nomes das pessoas mortas entre os últimos dias 13 e 19, durante a repressão à onda de violência promovida pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) em todo o Estado.
O pedido feito pelo Gecep (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial) foi entregue nesta segunda-feira e estabeleceu o prazo máximo de 72 horas para a entrega dos documentos. Os promotores querem apurar se houve abuso de poder por parte dos policiais e pedem também as cópias dos boletins de ocorrência referentes às mortes.
Números
Balanço divulgado no último dia 20 pela Secretaria da Segurança aponta que 299 ataques atribuídos ao PCC foram registrados em São Paulo desde o dia 12 --sendo 82 a ônibus e 58 a residências de policiais.
Além dos suspeitos mortos, 125 foram detidos. A polícia afirma ter apreendido 149 armas no período.
As ações deixaram ainda 45 pessoas mortas --23 PMs, sete policiais civis, três guardas municipais, oito agentes penitenciários e quatro civis. Durante a série de rebeliões ocorridas no período, 17 presos também morreram.
Os ataques e rebeliões foram uma resposta do PCC à decisão do governo estadual de isolar lideranças da facção.
Colaboraram LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online e GABRIELA MANZINI, da Folha Online
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CRM finaliza relatório sobre suspeitos mortos em ações do PCC
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O CRM (Conselho Regional de Medicina) de São Paulo finaliza nesta terça-feira o relatório sobre as mortes dos suspeitos de envolvimento em ações promovidas pelo PCC. A expectativa é que o relatório seja entregue ainda hoje ao Ministério Público Federal.
O documento deve mostrar a descrição de 273 laudos de corpos que chegaram ao IML central, entre os últimos dias 12 e 20. A partir do cruzamento da origem dos corpos, os médicos tentarão identificar o tipo de agressão. O objetivo é saber se inocentes foram mortos pela polícia na última semana, depois do início da onda de ataques atribuída à facção criminosa.
Do total de laudos de necropsia, 95 teriam apontado vítimas de arma de fogo. A Secretaria da Segurança Pública reviu os números da violência e, nesta terça-feira, afirmou que são 79 os suspeitos de envolvimento em ataques do PCC mortos pela polícia no Estado de São Paulo, desde o dia 12. Antes, o número de suspeitos mortos era de 109.
Segundo as assessorias do CRM e da Procuradoria, não há previsão para que o relatório seja divulgado publicamente.
Nomes
O delegado-geral da Polícia Civil, Marco Antonio Desgualdo, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, têm até a próxima quinta-feira (25) para entregar ao Ministério Público Estadual de São Paulo a lista com os nomes das pessoas mortas entre os últimos dias 13 e 19, durante a repressão à onda de violência promovida pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) em todo o Estado.
O pedido feito pelo Gecep (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial) foi entregue nesta segunda-feira e estabeleceu o prazo máximo de 72 horas para a entrega dos documentos. Os promotores querem apurar se houve abuso de poder por parte dos policiais e pedem também as cópias dos boletins de ocorrência referentes às mortes.
Números
Balanço divulgado no último dia 20 pela Secretaria da Segurança aponta que 299 ataques atribuídos ao PCC foram registrados em São Paulo desde o dia 12 --sendo 82 a ônibus e 58 a residências de policiais.
Além dos suspeitos mortos, 125 foram detidos. A polícia afirma ter apreendido 149 armas no período.
As ações deixaram ainda 45 pessoas mortas --23 PMs, sete policiais civis, três guardas municipais, oito agentes penitenciários e quatro civis. Durante a série de rebeliões ocorridas no período, 17 presos também morreram.
Os ataques e rebeliões foram uma resposta do PCC à decisão do governo estadual de isolar lideranças da facção.
Colaboraram LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online e GABRIELA MANZINI, da Folha Online
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