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30/05/2006
-
14h19
da Folha Online
Os interessados em assistir ao julgamento de Suzane von Richthofen, 22 --ré confessa no processo que a acusa de ter matado os pais--, congestionaram o site do Tribunal de Justiça de São Paulo. Cerca de 3.000 pessoas se inscreveram entre a última sexta-feira (26) e a segunda (29). Serão disponibilizadas 80 vagas.
De acordo com informações do 1º Tribunal do Júri, a sobrecarga de acessos causou uma pane no site. A expectativa é que o problema seja solucionado até o início da noite desta terça-feira.
O julgamento de Suzane e dos outros dois acusados no caso --os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos-- está marcado para o próximo dia 5 de junho. As inscrições deveriam terminar hoje, mas, devido à falha, serão prorrogadas por mais 24 horas. Com isso, o sorteio das vagas deverá ser realizado na quinta-feira (1º de junho).
Assim que o problema for solucionado, as inscrições voltarão a ser feitas pelo endereço www.tribunaldejustica.com.br/sorteio.
Prisão domiciliar
Desde segunda-feira (29), Suzane cumpre prisão domiciliar, beneficiada por uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Sob escolta policial, ela foi transferida do Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro (175 km a noroeste de São Paulo) para o apartamento de seu ex-tutor e advogado Denivaldo Barni, no Morumbi (zona oeste de São Paulo).
Suzane, que em 2005 recebeu do STJ o benefício da liberdade provisória, estava presa no interior do Estado desde abril último, quando voltou a ter a prisão decretada pelo juiz Richard Francisco Chequini, do 1º Tribunal do Júri de São Paulo. Na ocasião, o magistrado entendeu que a liberdade representava um risco para o irmão, Andreas, com quem Suzane disputa a administração dos bens da família.
O mandado foi expedido após a jovem conceder uma entrevista ao "Fantástico", da Rede Globo, onde aparece sendo orientada por seus advogados a chorar diante das câmeras.
Para o ministro Nilson Naves, do STJ, a prisão não poderia ter sido decretada por Chequini, já que uma instância superior havia decidido por conceder liberdade provisória à jovem.
No pedido que resultou na prisão domiciliar, a defesa alegou que, enquanto esteve livre, Suzane "respondeu a todas as expectativas sociais de um comportamento ajustado" e negou que ela tivesse representado uma ameaça.
Crime
Os pais de Suzane --Manfred e Marísia-- foram surpreendidos enquanto dormiam em casa, no Brooklin (zona sul de São Paulo) e golpeados com bastões, ainda na cama, em outubro de 2002.
O crime teria sido motivado pela proibição do namoro de Suzane e Daniel e a conseqüente herança deixada pelo casal. Após o crime, Suzane afirmou que planejou a morte dos pais "por amor" ao namorado.
Suzane, Daniel e Cristian foram denunciados (acusados formalmente) pelo Ministério Público por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. São acusados também de fraude processual, por terem alterado a cena do crime para forjar um latrocínio (roubo seguido de morte).
Os irmãos permanecem presos. Em junho de 2005, o STJ estendeu a eles o benefício da liberdade provisória concedido, à época, a Suzane. Porém, no início de 2006, eles voltaram a ser presos depois de conceder uma entrevista à rádio "Jovem Pan".
LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
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Os interessados em assistir ao julgamento de Suzane von Richthofen, 22 --ré confessa no processo que a acusa de ter matado os pais--, congestionaram o site do Tribunal de Justiça de São Paulo. Cerca de 3.000 pessoas se inscreveram entre a última sexta-feira (26) e a segunda (29). Serão disponibilizadas 80 vagas.
De acordo com informações do 1º Tribunal do Júri, a sobrecarga de acessos causou uma pane no site. A expectativa é que o problema seja solucionado até o início da noite desta terça-feira.
O julgamento de Suzane e dos outros dois acusados no caso --os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos-- está marcado para o próximo dia 5 de junho. As inscrições deveriam terminar hoje, mas, devido à falha, serão prorrogadas por mais 24 horas. Com isso, o sorteio das vagas deverá ser realizado na quinta-feira (1º de junho).
Assim que o problema for solucionado, as inscrições voltarão a ser feitas pelo endereço www.tribunaldejustica.com.br/sorteio.
Prisão domiciliar
Desde segunda-feira (29), Suzane cumpre prisão domiciliar, beneficiada por uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Sob escolta policial, ela foi transferida do Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro (175 km a noroeste de São Paulo) para o apartamento de seu ex-tutor e advogado Denivaldo Barni, no Morumbi (zona oeste de São Paulo).
A.Porto/ Folha Imagem |
Suzane chega com advogado a apartamento onde cumprirá prisão domiciliar em SP |
Suzane, que em 2005 recebeu do STJ o benefício da liberdade provisória, estava presa no interior do Estado desde abril último, quando voltou a ter a prisão decretada pelo juiz Richard Francisco Chequini, do 1º Tribunal do Júri de São Paulo. Na ocasião, o magistrado entendeu que a liberdade representava um risco para o irmão, Andreas, com quem Suzane disputa a administração dos bens da família.
O mandado foi expedido após a jovem conceder uma entrevista ao "Fantástico", da Rede Globo, onde aparece sendo orientada por seus advogados a chorar diante das câmeras.
Para o ministro Nilson Naves, do STJ, a prisão não poderia ter sido decretada por Chequini, já que uma instância superior havia decidido por conceder liberdade provisória à jovem.
No pedido que resultou na prisão domiciliar, a defesa alegou que, enquanto esteve livre, Suzane "respondeu a todas as expectativas sociais de um comportamento ajustado" e negou que ela tivesse representado uma ameaça.
Crime
Os pais de Suzane --Manfred e Marísia-- foram surpreendidos enquanto dormiam em casa, no Brooklin (zona sul de São Paulo) e golpeados com bastões, ainda na cama, em outubro de 2002.
O crime teria sido motivado pela proibição do namoro de Suzane e Daniel e a conseqüente herança deixada pelo casal. Após o crime, Suzane afirmou que planejou a morte dos pais "por amor" ao namorado.
Suzane, Daniel e Cristian foram denunciados (acusados formalmente) pelo Ministério Público por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. São acusados também de fraude processual, por terem alterado a cena do crime para forjar um latrocínio (roubo seguido de morte).
Os irmãos permanecem presos. Em junho de 2005, o STJ estendeu a eles o benefício da liberdade provisória concedido, à época, a Suzane. Porém, no início de 2006, eles voltaram a ser presos depois de conceder uma entrevista à rádio "Jovem Pan".
LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
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