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01/06/2006 - 22h17

Colunista se surpreendeu com reação de Lembo contra a "elite branca"

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da Folha Online

A colunista Mônica Bergamo, 38, participou na tarde desta quinta-feira de um bate-papo com 521 internautas sobre a crise da segurança em São Paulo e sobre a entrevista com o governador Cláudio Lembo, publicada dia 18 de maio, na qual ele atribuiu à "elite branca" parte da culpa pela violência.

Ela disse aos internautas que ficou "muito surpresa" com a reação do governador. "Achei que ele ficaria na 'defensiva' e ele partiu para o ataque à 'elite branca', aos tucanos. Achei que ele estava tenso, mas muito lúcido e sabendo muito bem o que dizia, e como tudo repercutiria."

O governador falou à colunista em meio à série de ataques contra forças de segurança e de rebeliões promovida pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) em diversos pontos do Estado. Bergamo revelou que, desde o início, estava "decidida" a "fazer uma entrevista abordando outros aspectos da questão que não só os relativos à política de segurança".

"Eu achava que um homem público, ocupando cargos públicos por 30 anos, num partido sempre próximo do poder, teria que ser cobrado também por outras questões que, a meu ver, contribuíram para que chegássemos a essa situação. Comecei então a fazer perguntas sobre a realidade da periferia paulistana, a responsabilidade dos governos do PSDB nos episódios, etc."

Para a colunista, embora o governador tenha se referido à "elite branca" de todo o país, a "de São Paulo tem especificidades, porque a cidade tem muito dinheiro". "Existem apartamentos de R$ 18 milhões à venda na cidade, a frota de helicópteros é uma das maiores do mundo."

Ela observou, porém, que ninguém admite se identificar com o rótulo. "É curioso porque ninguém se acha parte da 'elite branca'. É aquilo, o problema sempre está nos outros, nunca em nós mesmos."

Bergamo disse acreditar que o governador "é uma pessoa muito experiente e já viveu crises piores".

"Ele foi expulso da Arena, por exemplo, por ter se encontrado com Leonel Brizola no exterior no tempo em que o ex-governador não podia pisar no Brasil. (Recorreu da expulsão e ficou no partido). Ele era presidente da Arena em SP quando o jornalista Vlado foi assassinado, na maior crise do governo Geisel. Enfim, me parece que o governador Lembo já enfrentou crises tão ou mais graves do que esta."

Leia mais
  • Confira a íntegra do bate-papo com Mônica Bergamo
  • Leia a entrevista com o governador Claudio Lembo

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