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02/06/2006
-
11h09
da Folha Online
O TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo deve decidir nesta sexta-feira se a imprensa poderá acompanhar o julgamento dos três acusados pelo assassinato do casal Manfred e Marísia von Richthofen, ocorrido em 2002. O júri ocorre na próxima segunda-feira (5).
Um habeas corpus pede a proibição do acesso da imprensa ao julgamento. No total, 49 veículos foram credenciados para acompanhar o júri.
O pedido foi movido pela defesa de Suzane --filha das vítimas e ré confessa no processo que a acusa do crime. Também são réus confessos os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos.
O habeas corpus extrapola a decisão do desembargador Caio Eduardo Canguçu de Almeida, vice-presidente do TJ, que restringiu os momentos do julgamento que poderão ser filmados pelas emissoras de televisão. Ele alegou, entre outros pontos, que a entrada das câmeras deveria ter sido solicitada com antecedência e que a presença delas constrangeria as testemunhas.
De acordo com a decisão, poderão ser filmadas e exibidas apenas imagens da escolha dos jurados e da leitura da sentença.
O habeas corpus movido pela defesa de Suzane, porém, pretende vetar não apenas as câmeras mas também fotografias e captações de sons. Para os advogados da ré, os equipamentos podem inibir os jurados, que correriam o risco de sofrer represálias caso julguem que Suzane é inocente.
Mais de 5.000 pessoas se inscreveram desde a semana passada pela internet para assistir ao júri. Oitenta foram sorteadas na quinta (1º).
Também na quinta o ministro Nilson Naves, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), julgou outro pedido da defesa de Suzane, que pretendia adiar o júri. O pedido foi negado e o júri deverá ocorrer segunda-feira, no fórum criminal da Barra Funda (zona oeste de São Paulo).
Polêmica
Outro pedido da defesa de Suzane deverá ser avaliado nesta sexta, também pela Justiça paulista. Os advogados querem impedir o Ministério Público Estadual de exibir a entrevista concedida por ela no último mês de abril ao "Fantástico", da Rede Globo, para os jurados e para o público.
Suzane concedeu a entrevista quando estava em liberdade provisória. O material foi ao ar no dia 9 de abril e causou polêmica.
Segundo o material, nos intervalos da gravação, os advogados de Suzane foram flagrados orientando a cliente a chorar e a demonstrar fragilidade diante das câmeras. Segundo a Globo, Suzane interrompeu a entrevista onze vezes para chorar, mas em nenhuma delas tinha sinais de lágrimas.
Um dia após a prisão de Suzane, Barni classificou o episódio como "um verdadeiro mal-entendido". Ele disse que estava pedindo para Suzane "chorar para o irmão".
Prisão domiciliar
Na segunda (29), beneficiada por uma decisão do STJ, Suzane foi levada do Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro (175 km a noroeste de São Paulo) para o apartamento de seu ex-tutor e advogado Denivaldo Barni, no Morumbi (zona oeste de São Paulo).
O mesmo benefício é reivindicado pela defesa dos irmãos Cravinhos, que foram transferidos nesta quinta da penitenciária de Itirapina (231 km a noroeste de São Paulo) para o CDP 1 (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros (zona oeste de São Paulo).
Na quarta-feira (31), Naves decidiu analisar o pedido da defesa dos irmãos como um habeas corpus, e não como uma extensão do benefício concedido a Suzane. Com isso, ficaram bastante reduzidas as chances dos dois deixarem o sistema penitenciário antes do júri.
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Um habeas corpus pede a proibição do acesso da imprensa ao julgamento. No total, 49 veículos foram credenciados para acompanhar o júri.
O pedido foi movido pela defesa de Suzane --filha das vítimas e ré confessa no processo que a acusa do crime. Também são réus confessos os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos.
O habeas corpus extrapola a decisão do desembargador Caio Eduardo Canguçu de Almeida, vice-presidente do TJ, que restringiu os momentos do julgamento que poderão ser filmados pelas emissoras de televisão. Ele alegou, entre outros pontos, que a entrada das câmeras deveria ter sido solicitada com antecedência e que a presença delas constrangeria as testemunhas.
De acordo com a decisão, poderão ser filmadas e exibidas apenas imagens da escolha dos jurados e da leitura da sentença.
O habeas corpus movido pela defesa de Suzane, porém, pretende vetar não apenas as câmeras mas também fotografias e captações de sons. Para os advogados da ré, os equipamentos podem inibir os jurados, que correriam o risco de sofrer represálias caso julguem que Suzane é inocente.
Mais de 5.000 pessoas se inscreveram desde a semana passada pela internet para assistir ao júri. Oitenta foram sorteadas na quinta (1º).
Também na quinta o ministro Nilson Naves, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), julgou outro pedido da defesa de Suzane, que pretendia adiar o júri. O pedido foi negado e o júri deverá ocorrer segunda-feira, no fórum criminal da Barra Funda (zona oeste de São Paulo).
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Outro pedido da defesa de Suzane deverá ser avaliado nesta sexta, também pela Justiça paulista. Os advogados querem impedir o Ministério Público Estadual de exibir a entrevista concedida por ela no último mês de abril ao "Fantástico", da Rede Globo, para os jurados e para o público.
Suzane concedeu a entrevista quando estava em liberdade provisória. O material foi ao ar no dia 9 de abril e causou polêmica.
Segundo o material, nos intervalos da gravação, os advogados de Suzane foram flagrados orientando a cliente a chorar e a demonstrar fragilidade diante das câmeras. Segundo a Globo, Suzane interrompeu a entrevista onze vezes para chorar, mas em nenhuma delas tinha sinais de lágrimas.
Um dia após a prisão de Suzane, Barni classificou o episódio como "um verdadeiro mal-entendido". Ele disse que estava pedindo para Suzane "chorar para o irmão".
Prisão domiciliar
Na segunda (29), beneficiada por uma decisão do STJ, Suzane foi levada do Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro (175 km a noroeste de São Paulo) para o apartamento de seu ex-tutor e advogado Denivaldo Barni, no Morumbi (zona oeste de São Paulo).
O mesmo benefício é reivindicado pela defesa dos irmãos Cravinhos, que foram transferidos nesta quinta da penitenciária de Itirapina (231 km a noroeste de São Paulo) para o CDP 1 (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros (zona oeste de São Paulo).
Na quarta-feira (31), Naves decidiu analisar o pedido da defesa dos irmãos como um habeas corpus, e não como uma extensão do benefício concedido a Suzane. Com isso, ficaram bastante reduzidas as chances dos dois deixarem o sistema penitenciário antes do júri.
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