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02/06/2006 - 18h19

TJ proíbe gravações do julgamento do caso Richthofen

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da Folha Online

O desembargador José Damião Pinheiro Machado Cogan, da 5ª Câmara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo, proibiu nesta sexta-feira a gravação de imagens ou de sons do julgamento de Suzane von Richthofen e dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, que acontece segunda-feira (5).

Suzane, Daniel e Cristian são réus confessos no processo que os acusa de ter planejado e matado os pais dela, Manfred e Marísia von Richthofen, na casa da família, no Brooklin (zona sul de São Paulo), em 2002.

Com a decisão, o desembargador acata parcialmente o pedido da defesa de Suzane que pretendia proibir a entrada de qualquer integrante da imprensa no plenário do Tribunal do Júri. Ficaram proibidos os registros, mas cerca de 30 jornalistas ainda poderão acompanhar a sessão.

O argumento usado pelos advogados de Suzane para defender a restrição foi o de que a presença de câmeras de televisão e gravadores constrangeria a ré, as testemunhas e os jurados, que temeriam ser alvo de retaliação caso julguem que ela é inocente.

Mais cedo, o TJ havia negado outro pedido da defesa de Suzane, também relativo à imprensa. Os advogados da ré queriam proibir que a polêmica entrevista concedida por ela à Rede Globo no último mês de abril fosse apresentada para os jurados e para o público durante o julgamento.

Polêmica

Segundo a própria reportagem, nos intervalos da gravação, os advogados de Suzane foram flagrados orientando a cliente a chorar. Em determinado momento, o ex-tutor legal e advogado de Suzane, Denivaldo Barni, pede a ela que chore. Ela responde: "Não vou conseguir."

De acordo com a Globo, Suzane interrompeu a entrevista 11 vezes para chorar, mas em nenhuma delas havia sinais de lágrimas.

O material causou polêmica e a conduta de Barni e do outro advogado de Suzane que aparece na fita, Mário Sérgio de Oliveira, acabou sendo alvo de uma avaliação ética-disciplinar por parte da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil Secção São Paulo).

O comportamento dos advogados foi considerado legal em audiência realizada também nesta sexta, na OAB.

No dia seguinte à exibição da entrevista, o juiz Richard Francisco Chequini, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de São Paulo, decretou a nova prisão de Suzane sob o argumento de que sua liberdade ameaçava o irmão da jovem, com quem disputa a gerência dos bens da família.

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