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08/06/2006
-
22h26
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
Detentos do Presídio Estadual de Iraí (460 km ao norte de Porto Alegre) foram utilizados como objeto de teste para a aplicação de vacinas BCG, por funcionários da Secretaria Municipal da Saúde, no início de maio. Dos 93 presidiários, ao menos 31 foram alvo do teste.
De acordo com a secretaria, o conteúdo das seringas era água destilada, o que seria inofensivo para a saúde. Os presidiários receberam a aplicação, feita por cinco funcionários municipais, sob o aviso de que se tratava de vacinação contra a tuberculose. Depois, porém, ficaram sabendo que era um teste e que havia água nas seringas.
Definindo os presidiários como cobaias, cinco funcionárias da prefeitura denunciaram o caso para a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa. O presidente da comissão, deputado estadual Dionilso Marcon (PT), acionou o Ministério Público Estadual, que determinou a abertura de inquérito policial.
O secretário da Saúde de Iraí, Volmir José Bielski, confirma os testes e os justifica dizendo que fazem parte do treinamento para aplicação da vacina BCG. De acordo com a prefeitura, a água destilada "não representa perigo à saúde", e o presídio e os presidiários foram consultados a respeito.
O presidente do Cremers (Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul), Luiz Augusto Pereira, contesta a prefeitura. Não se pode, segundo ele, dizer que procedimentos invasivos, mesmo tendo como conteúdo água destilada, sejam inofensivos à saúde.
A Delegacia de Polícia de Iraí começou a ouvir testemunhas para saber se realmente houve a autorização por parte das "cobaias".
O administrador do presídio, Gelson Bündschen, disse desconhecer a utilização da água e do teste. "Estamos na expectativa para ver até se era mesmo água. As pessoas não podem ser usadas como cobaia", afirmou o deputado Marcon.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre vacinas
Prefeitura usa detentos para testar vacina no RS
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da Agência Folha, em Porto Alegre
Detentos do Presídio Estadual de Iraí (460 km ao norte de Porto Alegre) foram utilizados como objeto de teste para a aplicação de vacinas BCG, por funcionários da Secretaria Municipal da Saúde, no início de maio. Dos 93 presidiários, ao menos 31 foram alvo do teste.
De acordo com a secretaria, o conteúdo das seringas era água destilada, o que seria inofensivo para a saúde. Os presidiários receberam a aplicação, feita por cinco funcionários municipais, sob o aviso de que se tratava de vacinação contra a tuberculose. Depois, porém, ficaram sabendo que era um teste e que havia água nas seringas.
Definindo os presidiários como cobaias, cinco funcionárias da prefeitura denunciaram o caso para a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa. O presidente da comissão, deputado estadual Dionilso Marcon (PT), acionou o Ministério Público Estadual, que determinou a abertura de inquérito policial.
O secretário da Saúde de Iraí, Volmir José Bielski, confirma os testes e os justifica dizendo que fazem parte do treinamento para aplicação da vacina BCG. De acordo com a prefeitura, a água destilada "não representa perigo à saúde", e o presídio e os presidiários foram consultados a respeito.
O presidente do Cremers (Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul), Luiz Augusto Pereira, contesta a prefeitura. Não se pode, segundo ele, dizer que procedimentos invasivos, mesmo tendo como conteúdo água destilada, sejam inofensivos à saúde.
A Delegacia de Polícia de Iraí começou a ouvir testemunhas para saber se realmente houve a autorização por parte das "cobaias".
O administrador do presídio, Gelson Bündschen, disse desconhecer a utilização da água e do teste. "Estamos na expectativa para ver até se era mesmo água. As pessoas não podem ser usadas como cobaia", afirmou o deputado Marcon.
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