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12/06/2006
-
09h14
da Folha de S.Paulo, em Brasília e em SP
O cearense Antônio Jussivan Alves dos Santos, o Alemão, pode ser considerado o mais bem-sucedido ladrão do Brasil em uma única ação criminosa, já que, segundo a Polícia Federal, ele liderou a quadrilha que furtou os R$ 164.755.150,00 em cédulas de R$ 50 (três toneladas) do Banco Central em Fortaleza (CE), em agosto de 2005.
Processado na 18ª Vara Criminal Federal, no Ceará, por lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores, Alemão começou a atuar em parceria com a facção criminosa PCC em agosto de 1994, em um assalto a um carro blindado no qual dois vigilantes foram mortos e dois malotes com dinheiro foram levados. Ele está foragido. Segundo a PF, Alemão está no interior de São Paulo, sob proteção de homens do PCC.
O assaltante cearense é considerado um "primo" (simpatizante) do PCC e contribui com a facção de acordo com o que obtém nas ações criminosas que pratica. Em troca, ele recebe proteção da facção e tem à sua disposição armas.
De olho no dinheiro roubado do BC, criminosos seqüestraram Antônio Jussiê dos Santos, irmão de Alemão, em abril. Ele ficou 12 dias em um cativeiro e, após o pagamento de um resgate de R$ 70 mil, foi solto. Alemão esteve no Ceará, segundo a PF, e negociou, pelo celular, a libertação do irmão.
Ações
Entre as ações em que tentam praticar crimes voltados para o chamado capital intensivo e obter verba para a facção, os membros do PCC que atuam no Estado de São Paulo têm uma especialidade: roubar agências da Caixa Econômica Federal, sempre após seqüestrar parentes dos gerentes para obrigá-los a entregar o dinheiro do banco, ou em assaltos convencionais, com armamento.
Nessas ações, nas quais visam forçar os gerentes das agências a entregar todo o dinheiro que existe no cofre do banco, os ladrões seqüestram os familiares dele e, depois de levá-los para um cativeiro e fotografá-los sob a mira de armas ou de explosivos, partem para a pressão psicológica: ou eles facilitam o acesso ao banco, ou os familiares serão mortos.
Segundo o delegado da Polícia Federal Marcelo Sabadin Baltazar, da Delepat (Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio), "a atribuição de investigar o PCC é da Polícia Civil de São Paulo, mas "toda vez que os membros do partido [do crime, como o PCC também é chamado] atravessarem o caminho da União, baterão de frente com a Polícia Federal".
Criada em setembro de 2003, a Delepat já prendeu nos últimos três anos 20 ladrões de bancos ligados ao PCC, todos eles por roubos contra agências da Caixa Econômica Federal no Estado de São Paulo.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, em 2005 foram registrados 133 assaltos a banco em todo o Estado; no 1º trimestre deste ano, 53, ou seja, em apenas três meses de 2006, São Paulo já registrou 40% do total de roubos a banco registrados no ano anterior.
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O cearense Antônio Jussivan Alves dos Santos, o Alemão, pode ser considerado o mais bem-sucedido ladrão do Brasil em uma única ação criminosa, já que, segundo a Polícia Federal, ele liderou a quadrilha que furtou os R$ 164.755.150,00 em cédulas de R$ 50 (três toneladas) do Banco Central em Fortaleza (CE), em agosto de 2005.
Processado na 18ª Vara Criminal Federal, no Ceará, por lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores, Alemão começou a atuar em parceria com a facção criminosa PCC em agosto de 1994, em um assalto a um carro blindado no qual dois vigilantes foram mortos e dois malotes com dinheiro foram levados. Ele está foragido. Segundo a PF, Alemão está no interior de São Paulo, sob proteção de homens do PCC.
O assaltante cearense é considerado um "primo" (simpatizante) do PCC e contribui com a facção de acordo com o que obtém nas ações criminosas que pratica. Em troca, ele recebe proteção da facção e tem à sua disposição armas.
De olho no dinheiro roubado do BC, criminosos seqüestraram Antônio Jussiê dos Santos, irmão de Alemão, em abril. Ele ficou 12 dias em um cativeiro e, após o pagamento de um resgate de R$ 70 mil, foi solto. Alemão esteve no Ceará, segundo a PF, e negociou, pelo celular, a libertação do irmão.
Ações
Entre as ações em que tentam praticar crimes voltados para o chamado capital intensivo e obter verba para a facção, os membros do PCC que atuam no Estado de São Paulo têm uma especialidade: roubar agências da Caixa Econômica Federal, sempre após seqüestrar parentes dos gerentes para obrigá-los a entregar o dinheiro do banco, ou em assaltos convencionais, com armamento.
Nessas ações, nas quais visam forçar os gerentes das agências a entregar todo o dinheiro que existe no cofre do banco, os ladrões seqüestram os familiares dele e, depois de levá-los para um cativeiro e fotografá-los sob a mira de armas ou de explosivos, partem para a pressão psicológica: ou eles facilitam o acesso ao banco, ou os familiares serão mortos.
Segundo o delegado da Polícia Federal Marcelo Sabadin Baltazar, da Delepat (Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio), "a atribuição de investigar o PCC é da Polícia Civil de São Paulo, mas "toda vez que os membros do partido [do crime, como o PCC também é chamado] atravessarem o caminho da União, baterão de frente com a Polícia Federal".
Criada em setembro de 2003, a Delepat já prendeu nos últimos três anos 20 ladrões de bancos ligados ao PCC, todos eles por roubos contra agências da Caixa Econômica Federal no Estado de São Paulo.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, em 2005 foram registrados 133 assaltos a banco em todo o Estado; no 1º trimestre deste ano, 53, ou seja, em apenas três meses de 2006, São Paulo já registrou 40% do total de roubos a banco registrados no ano anterior.
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