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30/06/2006
-
20h39
CRISTIANO MACHADO
Colaboração para a Agência Folha
A descoberta de uma serra e cinco porções de maconha na penitenciária de segurança máxima de Presidente Bernardes (589 km a oeste de SP) coloca em xeque a segurança e o rigor da prisão, considerada modelo pelo governo paulista.
Os objetos foram encontrados na madrugada desta sexta-feira, após sete horas de vistoria por agentes penitenciários, escoltados pela tropa de choque da Polícia Militar.
A blitz ocorreu após um tumulto --o terceiro registrado desde a inauguração da penitenciária, em abril de 2002. Durante a confusão, presos destruíram instalações da penitenciária. É a primeira vez, no entanto, que há apreensão de droga e serra no local.
Segundo a assessoria da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), a serra tinha cerca de 7 cm e a maconha, que não teve a quantidade revelada, estava escondida no colchão de uma das celas.
Os nomes dos presos que estavam com os materiais encontrados não foram revelados. A SAP não se pronunciou sobre a falha na segurança, mas informou que vai apurar o episódio.
Destruição
Durante o tumulto, os presos quebraram 25 vidros de janelas, quatro pias, três vasos sanitários acoplados ao chão, 12 guichês por onde são entregues as refeições e 50 grades de ventilação instaladas na parte superior das portas de aço.
A SAP não informou quais objetos foram usados pelos detentos para cometer os atos. Por causa da destruição, a direção da unidade proibiu visitas por dez dias. Canetas, calçados, espelhos e lâminas de barbear foram retirados das celas.
Na penitenciária vigora o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), considerado o mais rígido do país. A unidade abriga líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) como Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como chefe máximo da facção criminosa.
O tumulto na tarde começou quando promotores chegaram à unidade para ouvir Marcola sobre a morte do bombeiro João Alberto da Costa, uma das vítimas dos ataques de maio em São Paulo.
Após ser retirado da cela, os demais presos da ala de Marcola começaram a bater nas portas de aço, quebrar vidros e gritar, ameaçando os agentes.
Os presos interromperam o tumulto duas horas depois, após os promotores deixarem o presídio sem ouvir Marcola, por causa da ausência de seus advogados. Por volta das 21h30, a tropa de choque da PM entrou no presídio para a vistoria.
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Colaboração para a Agência Folha
A descoberta de uma serra e cinco porções de maconha na penitenciária de segurança máxima de Presidente Bernardes (589 km a oeste de SP) coloca em xeque a segurança e o rigor da prisão, considerada modelo pelo governo paulista.
Os objetos foram encontrados na madrugada desta sexta-feira, após sete horas de vistoria por agentes penitenciários, escoltados pela tropa de choque da Polícia Militar.
A blitz ocorreu após um tumulto --o terceiro registrado desde a inauguração da penitenciária, em abril de 2002. Durante a confusão, presos destruíram instalações da penitenciária. É a primeira vez, no entanto, que há apreensão de droga e serra no local.
Segundo a assessoria da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), a serra tinha cerca de 7 cm e a maconha, que não teve a quantidade revelada, estava escondida no colchão de uma das celas.
Os nomes dos presos que estavam com os materiais encontrados não foram revelados. A SAP não se pronunciou sobre a falha na segurança, mas informou que vai apurar o episódio.
Destruição
Durante o tumulto, os presos quebraram 25 vidros de janelas, quatro pias, três vasos sanitários acoplados ao chão, 12 guichês por onde são entregues as refeições e 50 grades de ventilação instaladas na parte superior das portas de aço.
A SAP não informou quais objetos foram usados pelos detentos para cometer os atos. Por causa da destruição, a direção da unidade proibiu visitas por dez dias. Canetas, calçados, espelhos e lâminas de barbear foram retirados das celas.
Na penitenciária vigora o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), considerado o mais rígido do país. A unidade abriga líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) como Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como chefe máximo da facção criminosa.
O tumulto na tarde começou quando promotores chegaram à unidade para ouvir Marcola sobre a morte do bombeiro João Alberto da Costa, uma das vítimas dos ataques de maio em São Paulo.
Após ser retirado da cela, os demais presos da ala de Marcola começaram a bater nas portas de aço, quebrar vidros e gritar, ameaçando os agentes.
Os presos interromperam o tumulto duas horas depois, após os promotores deixarem o presídio sem ouvir Marcola, por causa da ausência de seus advogados. Por volta das 21h30, a tropa de choque da PM entrou no presídio para a vistoria.
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