Publicidade
Publicidade
03/07/2006
-
21h03
MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Campinas
O fichário com fotos, nomes, endereços e escala de trabalho de agentes penitenciários que atuam no complexo Campinas-Hortolândia desapareceu do arquivo localizado na administração do presídio, de acordo com o sindicato da categoria.
O complexo Campinas-Hortolândia --formado por seis unidades prisionais-- tem cerca de 7.000 presos e ao menos 1.100 agentes trabalham no local. O sindicato não soube informar quantos fichários desapareceram.
No último sábado (1º), um agente penitenciário que trabalha no complexo penitenciário Campinas-Hortolândia foi alvo de ataque a tiros. Ele conseguiu escapar sem ferimentos.
Na manhã desta segunda-feira, um outro agente do complexo foi ameaçado por telefone. Minutos antes, a mulher dele teve o carro fechado em Hortolândia (105 km de SP).
O agente relatou à polícia a ameaça sofrida por ele ao telefone: "Nós sabemos onde você mora e que carro você tem".
A Polícia Civil investiga os dois casos. O sindicato da categoria diz acreditar que as informações contidas nos fichários possam estar em posse de criminosos ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital).
O desaparecimento dos documentos pode ter ocorrido durante a megarrebelião ocorrida em maio, mas só na sexta-feira, durante a assembléia dos agentes, um funcionário trouxe a informação. No motim, os presos invadiram o escritório da administração.
Por causa do desaparecimento dos documentos e da ameaça, o Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo) orientou os agentes para que saiam do trabalho em grupo, mudem o itinerário do retorno e evitem parar no caminho de casa.
Ataques
O ataque de sábado foi o primeiro contra agentes na região de Campinas. Dois homens em uma moto dispararam de seis a oito tiros.
O crime ocorreu quando o agente Júlio César Cavalcanti, 33, saía de moto de sua casa, às 18h35. Dois homens em uma moto CB-400 estavam parados em frente à casa dele e usavam capacetes. Um deles se aproximou de Cavalcanti, que fugiu.
"O agente fugiu e, quando percebeu que seria alcançado, abandonou a moto na pista marginal da rodovia Anhangüera e a atravessou a pé. Os dois homens pararam a moto e disparam, mas não o atingiram. Ele escapou por pouco", disse o presidente do Sifuspesp, João Rinaldo Machado.
Cavalcanti se escondeu atrás de uma mureta de concreto da rodovia. Segundo Machado, o atentado ficou evidente porque os criminosos não quiseram roubar a moto com a chave que o agente abandonou.
Leia mais
Paralisação de agentes penitenciários afeta 30 unidades, diz governo
Sindicato orienta agentes penitenciários de São Paulo a parar
Polícia prende suspeito de matar carcereiro em Itapecerica da Serra
Especial
Leia a cobertura completa sobre os ataques em São Paulo
Fichas de agentes penitenciários somem de complexo no interior de SP
Publicidade
da Agência Folha, em Campinas
O fichário com fotos, nomes, endereços e escala de trabalho de agentes penitenciários que atuam no complexo Campinas-Hortolândia desapareceu do arquivo localizado na administração do presídio, de acordo com o sindicato da categoria.
O complexo Campinas-Hortolândia --formado por seis unidades prisionais-- tem cerca de 7.000 presos e ao menos 1.100 agentes trabalham no local. O sindicato não soube informar quantos fichários desapareceram.
No último sábado (1º), um agente penitenciário que trabalha no complexo penitenciário Campinas-Hortolândia foi alvo de ataque a tiros. Ele conseguiu escapar sem ferimentos.
Na manhã desta segunda-feira, um outro agente do complexo foi ameaçado por telefone. Minutos antes, a mulher dele teve o carro fechado em Hortolândia (105 km de SP).
O agente relatou à polícia a ameaça sofrida por ele ao telefone: "Nós sabemos onde você mora e que carro você tem".
A Polícia Civil investiga os dois casos. O sindicato da categoria diz acreditar que as informações contidas nos fichários possam estar em posse de criminosos ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital).
O desaparecimento dos documentos pode ter ocorrido durante a megarrebelião ocorrida em maio, mas só na sexta-feira, durante a assembléia dos agentes, um funcionário trouxe a informação. No motim, os presos invadiram o escritório da administração.
Por causa do desaparecimento dos documentos e da ameaça, o Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo) orientou os agentes para que saiam do trabalho em grupo, mudem o itinerário do retorno e evitem parar no caminho de casa.
Ataques
O ataque de sábado foi o primeiro contra agentes na região de Campinas. Dois homens em uma moto dispararam de seis a oito tiros.
O crime ocorreu quando o agente Júlio César Cavalcanti, 33, saía de moto de sua casa, às 18h35. Dois homens em uma moto CB-400 estavam parados em frente à casa dele e usavam capacetes. Um deles se aproximou de Cavalcanti, que fugiu.
"O agente fugiu e, quando percebeu que seria alcançado, abandonou a moto na pista marginal da rodovia Anhangüera e a atravessou a pé. Os dois homens pararam a moto e disparam, mas não o atingiram. Ele escapou por pouco", disse o presidente do Sifuspesp, João Rinaldo Machado.
Cavalcanti se escondeu atrás de uma mureta de concreto da rodovia. Segundo Machado, o atentado ficou evidente porque os criminosos não quiseram roubar a moto com a chave que o agente abandonou.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice