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04/07/2006 - 16h17

Ex-secretário diz que candidatura de Alckmin detonou ataques do PCC

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da Folha Online

Em depoimento à CPI do Tráfico de Armas, o ex-secretário da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo Nagashi Furukawa disse que o PCC ordenou a série de ataques contra forças de segurança e de rebeliões de maio último para "desestabilizar" a candidatura do ex-governador do Estado Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência, nesta terça-feira.

Furukawa ainda comandava a secretaria quando os ataques ocorreram. Ele pediu demissão logo após o controle do problema.

Em sua fala de abertura, o ex-secretário lembrou que, durante a gestão do ex-governador tucano, diversos presos do PCC (Primeiro Comando da Capital) foram transferidos para o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), que impõe regras mais rígidas aos detentos.

Muitas transferências ocorreram antes do ataques, entre os meses de dezembro de 2005 e abril último, quando ocorreram 13 rebeliões e 27 tumultos em unidades prisionais do Estado.

Durante a audiência, Furukawa voltou a negar que tenha feito acordo para encerrar os ataques. "Não houve acordo nenhum." Ele, porém, também ter aberto uma exceção para que uma advogada indicada pelo PCC se reunisse com o chefe da organização criminosa, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dia antes do término das rebeliões.

"Ela só foi levada depois de todas as autoridades discutirem e concordarem com que ajudasse a resolver a situação." De acordo com Furukawa, a visita não foi extraordinária. "A legislação permite esse acesso [de advogados a prisões] mesmo sem procuração."

Furukawa deveria ter sido ouvido pelos parlamentares na semana passada, mas ele alegou problemas de saúde e não compareceu.

Por telefone, a reportagem tentou entrar em contato com os assessores de imprensa da campanha de Alckmin por meio de sete telefones, mas não conseguiu. Foram deixados recados em duas caixas postais.

Trabalhos

No último dia 9 de junho, os parlamentares ouviram o chefe do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, na penitenciária de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo). No dia 21, quatro parlamentares foram a Recife (PE) para ouvir presos considerados braços do CV (Comando Vermelho) e do PCC na região Nordeste.

Na semana passada, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), aprovou a prorrogação dos trabalhos da CPI por 60 dias. O prazo inicial terminaria na segunda-feira (3).

Com Agência Câmara

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