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15/07/2006
-
09h38
da Folha de S.Paulo
Suzane von Richthofen, 22, abriu mão de sua parte na herança dos pais, a quem ajudou a matar a golpes de ferro. Vai apenas administrar a parte do irmão, Andreas, sem cobrar nada, só porque ele faz faculdade de farmácia e estágio, e não tem tempo de cuidar do dinheiro.
Isso foi o que disseram ontem os advogados de defesa dela, que, às vésperas do julgamento do processo criminal, marcado para segunda-feira, convocaram a imprensa para falar da parte civil:
"Só tocamos nesse assunto agora porque a juíza quebrou o segredo de Justiça", explica o advogado Denivaldo Barni, que era amigo do pai de Suzane, Manfred, e acolheu a moça em casa depois do crime. O espólio do inventário soma cerca de R$ 2 milhões.
"Ela abriu mão de tudo desde o início. Disse que não queria nada, com a condição de que o irmão não movesse um processo de exclusão de herança contra ela. Queria evitar uma atitude "feia" dele, mas não conseguiu o acordo. Mesmo assim, porque gosta muito do Andreas, quer administrar a herança", diz Mauro Nacif, um dos advogados de Suzane.
"Papo furado", reage Alberto Zacharias Toron, da acusação. "Ela sempre teve interesse na herança, tanto que resistiu ao processo movido pelo irmão. Eles [os advogados de defesa] falam o contrário agora, três anos depois, porque querem humanizar a vilã."
Segundo a defesa, os bens de Suzane se resumem a R$ 5.000, de uma conta bancária que ela dividia com a mãe. E o carro? "É um Golzinho comprado com a poupança que a avó fez para ela", explica Barni.
E o apartamento que ela pediu para morar quando saísse da cadeia? "Ela não pretendia vendê-lo, apenas habitar", diz Mario Sérgio de Oliveira, da defesa.
Ia viver de quê, se não quer a herança nem tem emprego? "Ela pretende partir do zero", diz Oliveira, que explica que o direito se baseia em fatos concretos, não em presunções.
Existe alguma orientação com relação à atitude da ré no tribunal? Deve chorar de novo? "Contará apenas a verdade. Sua biografia, uma história que muitos não sabem."
A acusação diz que vai usar o argumento de "coação moral irresistível" que Suzane teria sofrido por parte de seu então namorado, Daniel Cravinhos.
"Eles querem afastar o motivo torpe que a levou a praticar o crime. Mas não adianta, ela matou os pais para ficar com a herança", diz Toron.
Uma outra audiência está agendada para o dia 18 de setembro, acreditam os advogados, apenas para o caso de acontecer um imprevisto na segunda-feira.
Especial
Leia a cobertura completa sobre o júri do caso Richthofen
Leia o que já foi publicado sobre a morte do casal Richthofen
Suzane abre mão da herança, mas quer gerir bens do irmão
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Suzane von Richthofen, 22, abriu mão de sua parte na herança dos pais, a quem ajudou a matar a golpes de ferro. Vai apenas administrar a parte do irmão, Andreas, sem cobrar nada, só porque ele faz faculdade de farmácia e estágio, e não tem tempo de cuidar do dinheiro.
Isso foi o que disseram ontem os advogados de defesa dela, que, às vésperas do julgamento do processo criminal, marcado para segunda-feira, convocaram a imprensa para falar da parte civil:
"Só tocamos nesse assunto agora porque a juíza quebrou o segredo de Justiça", explica o advogado Denivaldo Barni, que era amigo do pai de Suzane, Manfred, e acolheu a moça em casa depois do crime. O espólio do inventário soma cerca de R$ 2 milhões.
"Ela abriu mão de tudo desde o início. Disse que não queria nada, com a condição de que o irmão não movesse um processo de exclusão de herança contra ela. Queria evitar uma atitude "feia" dele, mas não conseguiu o acordo. Mesmo assim, porque gosta muito do Andreas, quer administrar a herança", diz Mauro Nacif, um dos advogados de Suzane.
"Papo furado", reage Alberto Zacharias Toron, da acusação. "Ela sempre teve interesse na herança, tanto que resistiu ao processo movido pelo irmão. Eles [os advogados de defesa] falam o contrário agora, três anos depois, porque querem humanizar a vilã."
Segundo a defesa, os bens de Suzane se resumem a R$ 5.000, de uma conta bancária que ela dividia com a mãe. E o carro? "É um Golzinho comprado com a poupança que a avó fez para ela", explica Barni.
E o apartamento que ela pediu para morar quando saísse da cadeia? "Ela não pretendia vendê-lo, apenas habitar", diz Mario Sérgio de Oliveira, da defesa.
Ia viver de quê, se não quer a herança nem tem emprego? "Ela pretende partir do zero", diz Oliveira, que explica que o direito se baseia em fatos concretos, não em presunções.
Existe alguma orientação com relação à atitude da ré no tribunal? Deve chorar de novo? "Contará apenas a verdade. Sua biografia, uma história que muitos não sabem."
A acusação diz que vai usar o argumento de "coação moral irresistível" que Suzane teria sofrido por parte de seu então namorado, Daniel Cravinhos.
"Eles querem afastar o motivo torpe que a levou a praticar o crime. Mas não adianta, ela matou os pais para ficar com a herança", diz Toron.
Uma outra audiência está agendada para o dia 18 de setembro, acreditam os advogados, apenas para o caso de acontecer um imprevisto na segunda-feira.
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