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15/07/2006 - 19h20

Criminosos incendeiam ônibus em Campinas; agentes estão parados

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da Folha Online

Um ônibus foi incendiado às 12h25 deste sábado na avenida Paulo Provença Sobrinho, no bairro Jardim Novo Campos Elíseos, na periferia de Campinas (95 km a noroeste de São Paulo). Um suspeito sofreu queimaduras, mas não havia informações sobre o estado de saúde dele, às 18h30.

O incêndio ao ônibus em Campinas é o último ataque atribuído ao PCC (Primeiro Comando da Capital) desde a madrugada deste sábado.

De acordo com dados preliminares da PM (Polícia Militar), o fogo foi iniciado por três homens armados que pediram para os passageiros descerem e, em seguida, espalharam gasolina pelo interior do ônibus.

Neste sábado, os agentes penitenciários que atuam nas seis unidades do complexo Campinas-Hortolândia pararam. Eles suspenderam os banhos de sol e as visitas, o que provocou atrito com familiares de detentos.

Segundo o Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo), a paralisação é um protesto pela morte do agente Abner Machado da Silveira, 53, atacado a tiros na última quarta (12). O agente foi atacado pelos ocupantes de um Corsa enquanto escoltava detentos do regime semi-aberto para seus locais de trabalho.

Em assembléia realizada na última terça-feira (11), o sindicato decidiu que, a cada morte de um agente penitenciário, as atividades serão paralisadas no final de semana seguinte.

Nas demais unidades do interior do Estado, houve paralisações também nos CDPs (Centros de Detenção Provisória) de Americana e Ribeirão Preto e nas penitenciárias 1 e 2 de Presidente Venceslau, conforme admitiu a própria SAP (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária).

Policiais atacados

Na noite de sexta-feira (14), o tenente aposentado da PM Neuton Santos Ramos, 57, foi morto diante da mulher e do filho de sete anos por quatro homens que invadiram a casa dele, em Praia Grande (litoral de São Paulo). Três dos criminosos usavam capuzes.

Também na noite de sexta, um PM à paisana foi atacado a tiros enquanto dirigia seu carro particular, em Itatiba, por duas pessoas encapuzadas. O PM não ficou ferido.

Durante a madrugada, a casa de um PM foi atingida por um coquetel molotov, em Araras. Ninguém ficou ferido. Na tarde de sexta, uma casa vizinha à de um guarda municipal foi atingida por tiros. Há suspeitas de que os criminosos tenham cometido um engano.

Em Franca houve um ataque à casa de um policial civil. O imóvel foi atingido por tiros, mas ninguém ficou ferido.

Em Mogi Mirim, na noite de sexta, a casa da família de um policial militar foi atingida por tiros. Em São Vicente, o ataque foi contra a casa de um agente penitenciário. Nas duas ocorrências, ninguém ficou ferido.

Outros ataques

Na capital, os criminosos incendiaram o terceiro caminhão de coleta de lixo em dois dias, na zona leste. A empresa responsável pelo serviço na região, EcoUrbis, ameaçou interrompê-lo e, agora, passará a contar com o acompanhamento da GCM (Guarda Civil Metropolitana).

Entre a noite de sexta e a madrugada deste sábado, agências do Itaú, da Caixa Econômica Federal e do Banco Real foram atingidas por cinco tiros cada uma, em Ribeirão Preto (314 km a norte de São Paulo). Os disparos teriam sido efetuados pelos ocupantes de uma moto. Eles atingiram paredes, portas e janelas, mas não feriram ninguém.

Outra agência bancária foi atacada também na noite de sexta, em Sumaré.

Também em Ribeirão Preto, três bombas caseiras foram lançadas em um estacionamento e um caminhão de cargas foi incendiado no bairro Ipiranga, um dos mais antigos da cidade. No estacionamento, só uma das bombas explodiu, e um carro pegou fogo.

Dois ônibus de trabalhadores rurais foram queimados na sexta (14), em Ituverava. Os ônibus estavam sem passageiros e estacionados. O primeiro foi queimado ás 22h e o segundo, 40 minutos depois. A polícia não tem suspeita dos autores dos ataques.

No centro de São Joaquim da Barra, usando coquetéis molotov, criminosos incendiaram um Fusca que estava em um estacionamento, às 5h30.

Em Morro Agudo, no Parque Dom Pedro, por volta das 4h, um caminhão carregado com 28 toneladas de açúcar foi incendiado e parte da carga, queimada.

Em Limeira, dois carros da prefeitura foram incendiados no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), na noite de sexta. Havia ao menos dez carros pertencentes à prefeitura estacionados na garagem.

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