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21/07/2006
-
22h15
GABRIELA MANZINI
da Folha Online
Os sete jurados que decidem, na noite desta sexta-feira, o futuro da ex-estudante de direito Suzane von Richthofen e dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos deverão permanecer alheios a um dos episódios mais polêmicos do caso, a entrevista concedida pela jovem à Rede Globo, em abril último.
Na reportagem, Suzane --então em liberdade provisória-- aparece usando roupas de temática infantil e pantufas. Ela age timidamente e fala de maneira confusa e chorosa. Interrompe frases para coçar os olhos, como se evitasse lágrimas de caírem. Em diversas ocasiões, abraça os advogados e amigos que a cercam e distrai-se brincado com pássaros.
O material teve sua repercussão ampliada porque, a certa altura, os dois advogados de Suzane, Denivaldo Barni, ex-tutor legal dela, e Mário Sérgio de Oliveira, a orientam a demonstrar fragilidade diante das câmeras.
O caso chegou a ser julgado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo. Os advogados foram absolvidos, sob o argumento de que a filmagem havia rompido o sigilo entre os profissionais e a cliente.
Ficou, porém, a péssima impressão da ré. Conforme outro advogado dela, Mauro Otávio Nacif, admitiu à Folha Online dias antes da primeira data do júri, a reportagem "foi artificial". "Do ponto de vista do leigo, e os jurados são leigos, do ponto de vista do povo, aquilo é um desastre."
Na ocasião, o advogado garantiu que a imagem frágil não corresponde ao comportamento atual de Suzane. "Ela é uma moça normal de 22 anos, inteligente, poliglota." Sobre as roupas de Suzane, ele foi incisivo: "nada de periquito no ombro, nada de sandália de pantufa, de coelhinho".
Na primeira data marcada para seu julgamento, Suzane compareceu com os cabelos tingidos de loiro, blusa amarela, calça jeans e sapatos; e falou de maneira clara. Ela ficou sentada ao lado do ex-namorado, Daniel Cravinhos, mas não olhou para ele um instante sequer, fiel ao arrependimento que sente sobre o crime, segundo seus advogados.
Naquela data, ao comentar a decisão do juiz de adiar o júri, Nacif afirmou que Suzane "ficou contentíssima" com o resultado.
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da Folha Online
Os sete jurados que decidem, na noite desta sexta-feira, o futuro da ex-estudante de direito Suzane von Richthofen e dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos deverão permanecer alheios a um dos episódios mais polêmicos do caso, a entrevista concedida pela jovem à Rede Globo, em abril último.
Na reportagem, Suzane --então em liberdade provisória-- aparece usando roupas de temática infantil e pantufas. Ela age timidamente e fala de maneira confusa e chorosa. Interrompe frases para coçar os olhos, como se evitasse lágrimas de caírem. Em diversas ocasiões, abraça os advogados e amigos que a cercam e distrai-se brincado com pássaros.
O material teve sua repercussão ampliada porque, a certa altura, os dois advogados de Suzane, Denivaldo Barni, ex-tutor legal dela, e Mário Sérgio de Oliveira, a orientam a demonstrar fragilidade diante das câmeras.
O caso chegou a ser julgado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo. Os advogados foram absolvidos, sob o argumento de que a filmagem havia rompido o sigilo entre os profissionais e a cliente.
Ficou, porém, a péssima impressão da ré. Conforme outro advogado dela, Mauro Otávio Nacif, admitiu à Folha Online dias antes da primeira data do júri, a reportagem "foi artificial". "Do ponto de vista do leigo, e os jurados são leigos, do ponto de vista do povo, aquilo é um desastre."
Na ocasião, o advogado garantiu que a imagem frágil não corresponde ao comportamento atual de Suzane. "Ela é uma moça normal de 22 anos, inteligente, poliglota." Sobre as roupas de Suzane, ele foi incisivo: "nada de periquito no ombro, nada de sandália de pantufa, de coelhinho".
Na primeira data marcada para seu julgamento, Suzane compareceu com os cabelos tingidos de loiro, blusa amarela, calça jeans e sapatos; e falou de maneira clara. Ela ficou sentada ao lado do ex-namorado, Daniel Cravinhos, mas não olhou para ele um instante sequer, fiel ao arrependimento que sente sobre o crime, segundo seus advogados.
Naquela data, ao comentar a decisão do juiz de adiar o júri, Nacif afirmou que Suzane "ficou contentíssima" com o resultado.
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