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21/07/2006
-
11h28
da Folha Online
O Ministério Público tentará provar aos jurados que Suzane von Richthofen, 22, e o então namorado dela, Daniel Cravinhos, 25, foram os mentores da morte dos pais dela --Manfred e Marísia--, e que contaram com a ajuda do irmão dele, Cristian, 30, para executar o crime. O casal foi morto na casa em que a família morava, na zona sul de São Paulo, em outubro de 2002.
Na quinta-feira (20), o promotor Roberto Tardelli disse que pedirá pouco mais de 50 anos de prisão a cada um dos réus, pelo duplo-homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas. A pena pode ser maior porque deverá ser somado o crime de fraude processual, uma vez que os três alteraram a cena do crime para forjar latrocínio (roubo seguido de morte).
Desde o começo do júri, na segunda-feira (17), Suzane acusa Daniel de ter sido o mentor do crime e atribui a motivação aos bens que ela herdaria. Por outro lado, os Cravinhos dizem que Suzane fez relatos de agressões físicas e sexuais para convencê-los a participar do plano, elaborado por ela.
Os três réus negam interesse financeiro na morte do casal, cujos bens são avaliados em R$ 2 milhões.
Daniel tem se comportado de maneira emotiva desde o primeiro dia do júri. O momento mais emocionado, porém, foi conduzido pelo irmão dele, Cristian, que chorou copiosamente ao reconhecer sua participação efetiva no crime. Suzane não foi vista chorando, apesar das declarações de seus advogados.
Para o promotor de Justiça, Daniel apresenta "descontrole emocional", enquanto Suzane demonstra "frieza". "Foi esta mistura explosiva que provocou o crime. Eles precisavam da lógica e da coragem."
Segundo a tese defendida pela promotoria, Suzane encontraria outros comparsas para ajudá-la, caso não tivesse sido capaz de convencer Daniel e Cristian a fazê-lo. No júri, os representantes do Ministério Público são Nadir de Campos Junior e o assistente Alberto Zacharias Toron, além de Tardelli.
Condenação
Na sessão desta sexta será realizado o debate entre acusação e defesa. Primeiro, o Ministério Público terá três horas para acusar os réus. Depois, as defesas de Suzane e dos irmãos Cravinhos dividirão um espaço de três horas. Em seguida, a Promotoria e as defesas terão uma hora cada uma para réplica e tréplica. O júri se reúne após os debates.
O júri, que é considerado o mais esperado do ano em São Paulo, acontece no plenário do 1 Tribunal do Júri de São Paulo, no fórum da Barra Funda (zona oeste de São Paulo). A expectativa é que a sentença seja conhecida entre a noite desta sexta e a madrugada de sábado (22).
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Promotoria quer provar que Suzane e Daniel armaram morte dos Richthofen
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O Ministério Público tentará provar aos jurados que Suzane von Richthofen, 22, e o então namorado dela, Daniel Cravinhos, 25, foram os mentores da morte dos pais dela --Manfred e Marísia--, e que contaram com a ajuda do irmão dele, Cristian, 30, para executar o crime. O casal foi morto na casa em que a família morava, na zona sul de São Paulo, em outubro de 2002.
Na quinta-feira (20), o promotor Roberto Tardelli disse que pedirá pouco mais de 50 anos de prisão a cada um dos réus, pelo duplo-homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas. A pena pode ser maior porque deverá ser somado o crime de fraude processual, uma vez que os três alteraram a cena do crime para forjar latrocínio (roubo seguido de morte).
Desde o começo do júri, na segunda-feira (17), Suzane acusa Daniel de ter sido o mentor do crime e atribui a motivação aos bens que ela herdaria. Por outro lado, os Cravinhos dizem que Suzane fez relatos de agressões físicas e sexuais para convencê-los a participar do plano, elaborado por ela.
André Porto/Folha Imagem |
Algemada, Suzane deixa o 89 DP, onde passou a noite, e vai para júri |
Os três réus negam interesse financeiro na morte do casal, cujos bens são avaliados em R$ 2 milhões.
Daniel tem se comportado de maneira emotiva desde o primeiro dia do júri. O momento mais emocionado, porém, foi conduzido pelo irmão dele, Cristian, que chorou copiosamente ao reconhecer sua participação efetiva no crime. Suzane não foi vista chorando, apesar das declarações de seus advogados.
Para o promotor de Justiça, Daniel apresenta "descontrole emocional", enquanto Suzane demonstra "frieza". "Foi esta mistura explosiva que provocou o crime. Eles precisavam da lógica e da coragem."
Segundo a tese defendida pela promotoria, Suzane encontraria outros comparsas para ajudá-la, caso não tivesse sido capaz de convencer Daniel e Cristian a fazê-lo. No júri, os representantes do Ministério Público são Nadir de Campos Junior e o assistente Alberto Zacharias Toron, além de Tardelli.
Condenação
Na sessão desta sexta será realizado o debate entre acusação e defesa. Primeiro, o Ministério Público terá três horas para acusar os réus. Depois, as defesas de Suzane e dos irmãos Cravinhos dividirão um espaço de três horas. Em seguida, a Promotoria e as defesas terão uma hora cada uma para réplica e tréplica. O júri se reúne após os debates.
O júri, que é considerado o mais esperado do ano em São Paulo, acontece no plenário do 1 Tribunal do Júri de São Paulo, no fórum da Barra Funda (zona oeste de São Paulo). A expectativa é que a sentença seja conhecida entre a noite desta sexta e a madrugada de sábado (22).
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