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21/07/2006
-
11h45
da Folha Online
Os defensores de Daniel e Cristian Cravinhos, acusados de terem planejado e matado Manfred e Marísia von Richthofen em 2002, dirão nos debates desta sexta-feira, durante o júri realizado em São Paulo, que eles foram usados pela filha mais velha do casal, Suzane, 22, como instrumentos para a execução do crime. Eles admitirão ainda a culpa dos irmãos, mas querem que cada um deles seja condenado por apenas uma morte.
O júri dos três começou na segunda-feira (17). Manfred e Marísia foram surpreendidos enquanto dormiam e mortos a golpes de bastões, na casa em que a família vivia, no Brooklin (zona sul), em outubro de 2002.
Quando foram interrogados, no primeiro dia do julgamento, os irmãos Cravinhos sustentaram uma tese contrária à do inquérito policial. Eles disseram que, quando entraram no quarto do casal, Cristian desistiu de ajudar o irmão no crime. Daniel, então, teria golpeado ambos à morte, sob o olhar do irmão mais velho.
O próprio Cristian decidiu desmentir a versão dois dias depois. No final da noite de quarta (19), ele pediu para ser submetido a um novo interrogatório, no qual diria "a verdade". Ele teria decidido fazê-lo depois de ouvir a mãe, Nadja Cravinhos de Paula e Silva, dizer que os filhos deveriam pagar "por aquilo que fizeram".
Outro ponto que deverá pautar a argumentação da defesa dos Cravinhos nesta sexta é o de que os dois relatam momentos nos quais Suzane contou a eles que sofria agressões físicas e sexuais por parte do pai para convencê-los a ajudá-la em seu plano. Eles alegam que a moça dizia "não ter vida" com os pais.
Pena
Na quinta-feira (20), o promotor Roberto Tardelli disse que pedirá pouco mais de 50 anos de prisão a cada um dos réus, pelo duplo-homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas. No Brasil, o prazo máximo de prisão é de 30 anos.
O advogado dos irmãos Cravinhos, Geraldo Jabur, no entanto, sustenta que cada um dos seus clientes deve ser julgado por apenas uma das mortes, já que Daniel golpeou Manfred enquanto Cristian atacou Marísia. Neste caso, a pena-base, sem contar as qualificadoras, é de 25 anos de reclusão.
Ele informou na manhã desta sexta-feira, ao chegar ao fórum da Barra Funda (zona oeste de São Paulo), onde acontece o júri, que não pretende recorrer da pena aplicada pelo juiz Alberto Anderson Filho, caso a considere "justa".
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Os defensores de Daniel e Cristian Cravinhos, acusados de terem planejado e matado Manfred e Marísia von Richthofen em 2002, dirão nos debates desta sexta-feira, durante o júri realizado em São Paulo, que eles foram usados pela filha mais velha do casal, Suzane, 22, como instrumentos para a execução do crime. Eles admitirão ainda a culpa dos irmãos, mas querem que cada um deles seja condenado por apenas uma morte.
O júri dos três começou na segunda-feira (17). Manfred e Marísia foram surpreendidos enquanto dormiam e mortos a golpes de bastões, na casa em que a família vivia, no Brooklin (zona sul), em outubro de 2002.
Quando foram interrogados, no primeiro dia do julgamento, os irmãos Cravinhos sustentaram uma tese contrária à do inquérito policial. Eles disseram que, quando entraram no quarto do casal, Cristian desistiu de ajudar o irmão no crime. Daniel, então, teria golpeado ambos à morte, sob o olhar do irmão mais velho.
Ayrton Vignola/Folha Imagem |
Irmãos Cravinhos deixam o 2ºDP e seguem para o fórum da Barra Funda |
O próprio Cristian decidiu desmentir a versão dois dias depois. No final da noite de quarta (19), ele pediu para ser submetido a um novo interrogatório, no qual diria "a verdade". Ele teria decidido fazê-lo depois de ouvir a mãe, Nadja Cravinhos de Paula e Silva, dizer que os filhos deveriam pagar "por aquilo que fizeram".
Outro ponto que deverá pautar a argumentação da defesa dos Cravinhos nesta sexta é o de que os dois relatam momentos nos quais Suzane contou a eles que sofria agressões físicas e sexuais por parte do pai para convencê-los a ajudá-la em seu plano. Eles alegam que a moça dizia "não ter vida" com os pais.
Pena
Na quinta-feira (20), o promotor Roberto Tardelli disse que pedirá pouco mais de 50 anos de prisão a cada um dos réus, pelo duplo-homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas. No Brasil, o prazo máximo de prisão é de 30 anos.
O advogado dos irmãos Cravinhos, Geraldo Jabur, no entanto, sustenta que cada um dos seus clientes deve ser julgado por apenas uma das mortes, já que Daniel golpeou Manfred enquanto Cristian atacou Marísia. Neste caso, a pena-base, sem contar as qualificadoras, é de 25 anos de reclusão.
Ele informou na manhã desta sexta-feira, ao chegar ao fórum da Barra Funda (zona oeste de São Paulo), onde acontece o júri, que não pretende recorrer da pena aplicada pelo juiz Alberto Anderson Filho, caso a considere "justa".
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