Publicidade
Publicidade
21/07/2006
-
14h52
GABRIELA MANZINI
TATHIANA BARBAR
da Folha Online
Daniel Cravinhos, 25, réu confesso no processo que o acusa de ter planejado e matado os pais da então namorada, Suzane von Richthofen, 22, em 2002, chorou compulsivamente nesta sexta-feira ao ser agressivamente acusado pelo promotor Nadir de Campos Junior durante os debates do júri do caso.
"É nojento, é asqueroso o que você fez e, depois, pedir a suíte presidencial de um motel", disse Campos Junior. Imediatamente, Daniel começou a chorar muito e foi abraçado pelo irmão e também réu no processo, Cristian Cravinhos, 30. Cristian envolveu o pescoço do irmão com os braços, embora estivesse algemado.
Os ataques do promotor provocaram uma reação imediata e explosiva da advogada dos irmãos, Gislaine Jabur. Ela discutiu com Campos Junior e exigiu uma mudança no tratamento dado por eles aos réus que, para Jabur, estavam sendo "humilhados". "Eles estão algemados", disse.
Os soluços e a intensidade do choro de Daniel alertaram os policiais militares, que acompanham os réus e retiraram os irmãos do plenário.
Suzane esteve presente durante toda a exposição de Campos Junior e, com o rosto permanentemente abaixado, não esboçou nenhuma reação. O advogado Mauro Nacif ficou de pé, ao lado dela, envolvendo-a pelos ombros, enquanto o promotor se dirigia à jovem. "Você provocou a morte de seus pais em busca da sua própria felicidade."
"Sociedade"
Para o Ministério Público, Suzane e Daniel conceberam o plano de matar os pais dela e, em seguida, chamaram Cristian para ajudá-los. Os dois rapazes, segundo os promotores, agiram motivados pelo dinheiro, e não pelo amor; enquanto Suzane agiu em busca da própria liberdade.
Em sua fala, o promotor Roberto Tardelli disse que Suzane e Daniel tinham "uma sociedade", uma "empresa Cravinhos/Richthofen para matar". "Na hora em que eles foram presos, a sociedade quebrou. Agora é preciso demonizar a Suzane, demonizar o Daniel e reduzir Cristian a um idiota. Não é verdade."
"Ninguém percebeu nada. A menina meiga e o rapaz meigo continuaram meigos. O casal que está ali, [Nadja e Astrogildo Cravinhos] nada percebeu. O casal que não está ali [os Richthofen] nada percebeu."
Ele ressaltou que a morte dos Richthofen foi agônica e insinuou que o casal tenha percebido o envolvimento de Suzane no crime. "A gente sabe quando o filho chega, e a porta abre."
Leia mais
Júri do caso Richthofen entra na fase final nesta sexta-feira
Defesa diz que espera absolvição de Suzane von Richthofen
Promotoria quer provar que Suzane e Daniel armaram morte dos Richthofen
Especial
Leia a cobertura completa sobre o júri do caso Richthofen
Leia o que já foi publicado sobre a morte do casal Richthofen
Gritos fazem Daniel chorar; promotoria acusa casal de "sociedade"
Publicidade
TATHIANA BARBAR
da Folha Online
Daniel Cravinhos, 25, réu confesso no processo que o acusa de ter planejado e matado os pais da então namorada, Suzane von Richthofen, 22, em 2002, chorou compulsivamente nesta sexta-feira ao ser agressivamente acusado pelo promotor Nadir de Campos Junior durante os debates do júri do caso.
"É nojento, é asqueroso o que você fez e, depois, pedir a suíte presidencial de um motel", disse Campos Junior. Imediatamente, Daniel começou a chorar muito e foi abraçado pelo irmão e também réu no processo, Cristian Cravinhos, 30. Cristian envolveu o pescoço do irmão com os braços, embora estivesse algemado.
Os ataques do promotor provocaram uma reação imediata e explosiva da advogada dos irmãos, Gislaine Jabur. Ela discutiu com Campos Junior e exigiu uma mudança no tratamento dado por eles aos réus que, para Jabur, estavam sendo "humilhados". "Eles estão algemados", disse.
André Porto/Folha Imagem |
Suzane von Richthofen deixa delegacia rumo ao fórum da Barra Funda, em São Paulo |
Os soluços e a intensidade do choro de Daniel alertaram os policiais militares, que acompanham os réus e retiraram os irmãos do plenário.
Suzane esteve presente durante toda a exposição de Campos Junior e, com o rosto permanentemente abaixado, não esboçou nenhuma reação. O advogado Mauro Nacif ficou de pé, ao lado dela, envolvendo-a pelos ombros, enquanto o promotor se dirigia à jovem. "Você provocou a morte de seus pais em busca da sua própria felicidade."
"Sociedade"
Para o Ministério Público, Suzane e Daniel conceberam o plano de matar os pais dela e, em seguida, chamaram Cristian para ajudá-los. Os dois rapazes, segundo os promotores, agiram motivados pelo dinheiro, e não pelo amor; enquanto Suzane agiu em busca da própria liberdade.
Em sua fala, o promotor Roberto Tardelli disse que Suzane e Daniel tinham "uma sociedade", uma "empresa Cravinhos/Richthofen para matar". "Na hora em que eles foram presos, a sociedade quebrou. Agora é preciso demonizar a Suzane, demonizar o Daniel e reduzir Cristian a um idiota. Não é verdade."
"Ninguém percebeu nada. A menina meiga e o rapaz meigo continuaram meigos. O casal que está ali, [Nadja e Astrogildo Cravinhos] nada percebeu. O casal que não está ali [os Richthofen] nada percebeu."
Ele ressaltou que a morte dos Richthofen foi agônica e insinuou que o casal tenha percebido o envolvimento de Suzane no crime. "A gente sabe quando o filho chega, e a porta abre."
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice