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21/07/2006 - 20h31

Após debates, Promotoria dispensa réplica em júri do caso Richthofen

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da Folha Online

O Ministério Público decidiu abrir mão do tempo reservado para a réplica, após os debates entre acusação e defesa do caso Richthofen, nesta sexta-feira, quinto dia do júri --que ocorre no fórum da Barra Funda (zona oeste de São Paulo).

O tempo previsto era de uma hora para a réplica e mais uma hora para a tréplica. Com a dispensa da continuidade dos debates, o próximo passo é a reunião dos sete jurados, que decidirão o futuro de Suzane von Richthofen, 22, e os irmãos Daniel, 25, e Cristian Cravinhos, 30. Os três são réus confessos no processo que os acusa de ter planejado e matado os pais dela --Manfred e Marísia--, em 2002.

A leitura da sentença será estabelecida e lida pelo juiz Alberto Anderson Filho, presidente do 1º Tribunal do Júri, ainda na noite desta sexta-feira.
André Porto/Folha Imagem
Suzane von Richthofen deixa delegacia rumo ao fórum da Barra Funda, em São Paulo
Suzane von Richthofen deixa delegacia rumo ao fórum da Barra Funda, em São Paulo


Manfred e Marísia foram assassinados com golpes de barra de ferro em 30 de outubro de 2002, enquanto dormiam, em casa, no Brooklin (zona sul de São Paulo).

O júri é considerado o mais esperado em São Paulo. Começou na última segunda-feira (17), quando foram interrogados os réus.

Acusação e defesa

Nos debates ocorridos nesta sexta, os três representantes do Ministério Público acusaram a tese de defesa de Suzane, de preconceito social para tentar convencer os jurados a condená-la pela participação na morte de seus pais.

Ao ser acusado pelo promotor Nadir de Campos Junior, Daniel Cravinhos teve uma crise de choro. Os soluços e a intensidade do choro de Daniel alertaram os policiais militares, que acompanham os réus e retiraram os irmãos do plenário.

"É nojento, é asqueroso o que você fez e, depois, pedir a suíte presidencial de um motel", disse Campos Junior. Imediatamente, Daniel começou a chorar muito e foi abraçado pelo irmão e também réu no processo, Cristian Cravinhos, 30. Cristian envolveu o pescoço do irmão com os braços, embora estivesse algemado.

Suzane esteve presente durante toda a exposição de Campos Junior e, com o rosto permanentemente abaixado, não esboçou nenhuma reação. O advogado Mauro Nacif ficou de pé, ao lado dela, envolvendo-a pelos ombros, enquanto o promotor se dirigia à jovem. "Você provocou a morte de seus pais em busca da sua própria felicidade."

A defesa dos Cravinhos causou espanto e risos na platéia que acompanha o júri do caso, ao compará-lo a novelas.

Primeiro, Jabur afirmou que a filha do casal, Suzane von Richthofen, 22, também ré confessa de sua participação na morte dos pais, é "meio parecida" com Bia Falcão, vilã interpretada por Fernanda Montenegro na última novela das oito da Rede Globo, a "Belíssima".

Em seguida, ele comparou o namoro de Daniel e Suzane, ao qual os pais dela se opunham, ao relacionamento entre os personagens Safira e Pascoal, da mesma novela. Na trama, Safira e o mecânico Pascoal viviam um romance proibido.

Quase no final de sua fala, durante os debates que precedem a decisão dos jurados sobre a culpa de cada réu, ele ainda comparou a jovem à também vilã Leona, personagem de Carolina Dieckmann na novela "Cobras e Lagartos", também da Rede Globo. Jabur mostrou aos jurados a capa de uma revista com uma foto da atriz. A manchete fazia referência à personagem: "A vitória da loira má".

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