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22/07/2006
-
09h02
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
da Folha de S.Paulo
Uma área equivalente a 12 quadras em uma das regiões mais valorizadas de São Paulo, ao lado do parque Villa-Lobos (Alto de Pinheiros, zona oeste), está prestes a mudar de mãos: do governo do Estado para quem se dispuser a pagar cerca de R$ 120 milhões.
O primeiro passo do negócio foi dado pelo governador Cláudio Lembo (PFL), que enviou à Assembléia o pedido de autorização para vender a área, de 121 mil m2, onde há hoje um pátio de obras do Metrô.
Segundo a Embraesp, empresa especializada em avaliação de patrimônio imobiliário, o terreno vale, em média, R$ 1.000 o m2, e pode ser ocupado tanto por conjuntos residenciais como por grandes empreendimentos comerciais, graças à sua localização.
Fica a 2,5 km da praça Panamericana, uma espécie de referência para imóveis de alto padrão na zona oeste.
"São poucas as restrições para construir ali. E há investimentos imobiliários em terrenos bem próximos", afirma o engenheiro Reinaldo Fincatti, 31, avaliador da Embraesp.
A área também fica próxima ao shopping Villa-Lobos e à Cidade Universitária e tem acesso fácil às zonas sul e oeste e a algumas das principais rodovias que chegam a São Paulo. Há uma estação da CPTM a poucos metros do local.
Outro causa da valorização são os investimentos no parque, que ficou abandonado durante anos e começou a receber mais 12 mil árvores. Há também uma ciclovia em obras bem na divisa entre o parque e o terreno a ser vendido.
Para se ter uma idéia, um apartamento de 500 m2 em condomínio com vista para o parque está sendo vendido por R$ 5 milhões, segundo a corretora Lilian Marques, da Valentina Caran Imóveis.
Outro atrativo, explica o corretor Roberto Nicastro Capuano, 36, é a vizinhança, tomada por imóveis térreos. "Isso garante a vista e uma grande quantidade de verde. O shopping ajuda a valorizar ainda mais. Alto de Pinheiros se tornou bairro da moda", avalia. "É outra coisa você abrir a janela e ver um parque em frente."
Na opinião de Fincatti, porém, há possibilidades para muitos tipos de empreendimentos, devido às dimensões do terreno. "Pode-se fazer shopping, hipermercado, hotel, e ainda sobraria terreno para um condomínio, por exemplo."
Indagado sobre a intenção do governo, o prefeito Gilberto Kassab (PFL) disse desconhecer o projeto, mas prevê que a região deve sofrer mudanças nos próximos anos, com investimentos públicos e privados.
A venda do terreno será colocada em discussão na próxima reunião do Conselho de Orientação do Parque Villa-Lobos, um órgão consultivo, e deve sofrer resistência por parte dos moradores do entorno.
O projeto já sofre oposição do líder do PT na Assembléia, Enio Tatto, que propõe repassar a área para a construção de imóveis populares.
O terreno faz parte da gleba de cerca de 770 mil m2 desapropriada pelo então governador Orestes Quércia (PMDB) em 1988. A maior parte do local deu lugar ao parque.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o parque Villa-Lobos
Estado quer vender área milionária vizinha ao parque Villa-Lobos
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da Folha de S.Paulo
Uma área equivalente a 12 quadras em uma das regiões mais valorizadas de São Paulo, ao lado do parque Villa-Lobos (Alto de Pinheiros, zona oeste), está prestes a mudar de mãos: do governo do Estado para quem se dispuser a pagar cerca de R$ 120 milhões.
O primeiro passo do negócio foi dado pelo governador Cláudio Lembo (PFL), que enviou à Assembléia o pedido de autorização para vender a área, de 121 mil m2, onde há hoje um pátio de obras do Metrô.
Segundo a Embraesp, empresa especializada em avaliação de patrimônio imobiliário, o terreno vale, em média, R$ 1.000 o m2, e pode ser ocupado tanto por conjuntos residenciais como por grandes empreendimentos comerciais, graças à sua localização.
Fica a 2,5 km da praça Panamericana, uma espécie de referência para imóveis de alto padrão na zona oeste.
"São poucas as restrições para construir ali. E há investimentos imobiliários em terrenos bem próximos", afirma o engenheiro Reinaldo Fincatti, 31, avaliador da Embraesp.
A área também fica próxima ao shopping Villa-Lobos e à Cidade Universitária e tem acesso fácil às zonas sul e oeste e a algumas das principais rodovias que chegam a São Paulo. Há uma estação da CPTM a poucos metros do local.
Outro causa da valorização são os investimentos no parque, que ficou abandonado durante anos e começou a receber mais 12 mil árvores. Há também uma ciclovia em obras bem na divisa entre o parque e o terreno a ser vendido.
Para se ter uma idéia, um apartamento de 500 m2 em condomínio com vista para o parque está sendo vendido por R$ 5 milhões, segundo a corretora Lilian Marques, da Valentina Caran Imóveis.
Outro atrativo, explica o corretor Roberto Nicastro Capuano, 36, é a vizinhança, tomada por imóveis térreos. "Isso garante a vista e uma grande quantidade de verde. O shopping ajuda a valorizar ainda mais. Alto de Pinheiros se tornou bairro da moda", avalia. "É outra coisa você abrir a janela e ver um parque em frente."
Na opinião de Fincatti, porém, há possibilidades para muitos tipos de empreendimentos, devido às dimensões do terreno. "Pode-se fazer shopping, hipermercado, hotel, e ainda sobraria terreno para um condomínio, por exemplo."
Indagado sobre a intenção do governo, o prefeito Gilberto Kassab (PFL) disse desconhecer o projeto, mas prevê que a região deve sofrer mudanças nos próximos anos, com investimentos públicos e privados.
A venda do terreno será colocada em discussão na próxima reunião do Conselho de Orientação do Parque Villa-Lobos, um órgão consultivo, e deve sofrer resistência por parte dos moradores do entorno.
O projeto já sofre oposição do líder do PT na Assembléia, Enio Tatto, que propõe repassar a área para a construção de imóveis populares.
O terreno faz parte da gleba de cerca de 770 mil m2 desapropriada pelo então governador Orestes Quércia (PMDB) em 1988. A maior parte do local deu lugar ao parque.
Especial
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