Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
07/08/2006 - 10h48

Nova série de ataques criminosos deixa ao menos dois feridos em SP

Publicidade

da Folha Online

Pelo menos duas pessoas ficaram feridas na nova série de ataques contra forças de segurança e alvos civis atribuída ao PCC (Primeiro Comando da Capital) que ocorreu no começo da manhã desta segunda-feira, em diversas cidades do Estado de São Paulo. Não há registro de mortos.

Somente na capital, ataques atingiram prédios públicos, agências bancárias, postos de gasolina e supermercados, além de ônibus. Houve ações também no interior, principalmente em Jundiaí (60 km a noroeste de São Paulo).

Rosa Bastos/Folha Imagem
Incêndio provocado por ataque criminoso atinge banco na zona norte de São Paulo
Incêndio provocado por ataque criminoso atinge banco na zona norte de São Paulo
Por medo dos ataques, as cooperativas de microônibus e vans que operam na zona leste e em parte da zona norte de São Paulo recolheram as frotas. Houve ao menos dois na capital e mais de dez na Grande São Paulo.

Segundo o Corpo de Bombeiros, um homem de 29 anos e uma mulher de 43 ficaram feridos devido a um incêndio provocado por um coquetel molotov lançado por volta das 8h no hipermercado Extra, na avenida Sargento Geraldo Santana, em Interlagos (zona sul de São Paulo).

Os dois foram atingidos por estilhaços de vidro e sofreram ferimentos leves. Eles foram levados ao pronto-socorro Santa Marina e passam bem.

Outro supermercado atacado pelo crime organizado foi um Compre Bem localizado no Carrão (zona leste de São Paulo).

De acordo com informações preliminares da PM (Polícia Militar), dois homens foram presos na avenida Mateo Bei, em São Mateus (zona leste), depois de atearem fogo a um ônibus. Com eles teriam sido apreendidas uma metralhadora e uma espingarda calibre 12.

Ataques

O pior ataque foi contra a sede do Ministério Público Estadual, na rua Riachuelo, no centro de São Paulo. Uma bomba de fabricação caseira foi atirada contra a entrada do prédio. O impacto da explosão destruiu a fachada e estilhaçou, inclusive, janelas dos prédios vizinhos.

Uma bomba caseira atingiu outro prédio na mesma região, o da Secretaria de Estado da Fazenda, localizado na avenida Rangel Pestana, ao lado do Poupatempo Sé.

Outro ataque ocorreu no próprio Deic (Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado), em Santana (zona norte de São Paulo). Dois carros da Polícia Civil que estavam estacionados foram incendiados. Devido à ação, a avenida Zaki Narchi foi interditada e o policiamento, reforçado.

Uma base da GCM (Guarda Civil Metropolitana) foi atacada na rua São Caetano do Sul, em Capela do Socorro (zona sul de São Paulo). Dados preliminares indicam que os ocupantes de um carro atiraram no prédio.

Na cidade de São Paulo, ao menos três postos de gasolina instalados em regiões nobres foram atacados. Um deles na rua Cerro Corá, na Lapa; e outros dois na rua Alagoas e na rua Conselheiro Brotero, em Higienópolis --todos na zona oeste da cidade.

Bancos

Diversas agências bancárias foram atacadas quase simultaneamente em todas as regiões da cidade de São Paulo. O maior número de ataques ocorreu na zona sul.

Na zona sul, foram atacadas uma agência na rua São João da Boa Vista, em Americanópolis; um Bradesco na avenida do Cursino, na Vila Clementino; um Itaú na avenida do Jabaquara, no Jabaquara; e uma agência do Bradesco na avenida Comendador Santana, no Capão Redondo.

Na zona norte, uma agência na rua Conselheiro Moreira de Barros e outra, na Casa Verde, foram atacadas. Na zona leste, os ocupantes de um EcoSport invadiram uma agência do Unibanco e a incendiaram, na Vila Prudente. Uma agência do Banco do Brasil foi atacada na rua Maciel Monteiro, na Vila Santa Teresa.

No centro, uma agência do Unibanco que fica na rua Gabriel dos Santos, em Santa Cecília, também foi atingida.

Violência

Esta é a terceira série de ataques contra forças de segurança e alvos civis --como agências bancárias, postos de gasolina e ônibus-- promovida pelo PCC, desde o começo do ano.

Os primeiros atentados ocorreram entre os dias 12 e 19 de maio. Foram 299 ações, incluindo incêndios a ônibus. Simultaneamente, uma onda de motins atingiu 82 unidades do sistema penitenciário paulista. Na ocasião, a onda de violência foi interpretada como uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção criminosa.

Nos dois meses seguintes, criminosos mataram 16 agentes penitenciários, de acordo com o sindicato que representa a categoria.

Uma segunda série de ataques ocorreu entre os últimos dias 11 e 14 de julho. Desta vez, os principais alvos foram os ônibus. Quase cem foram incendiados ou atacados a tiros, em todo o Estado. Durante os ataques, prédios públicos e particulares, agências bancárias, lojas e agentes de segurança também foram atacados. Oito morreram.

Colaboraram GABRIELA MANZINI, da Folha Online, e RACHEL AÑÓN, da Agência Folha

Leia mais
  • Criminosos fazem cinco ataques em cidade do interior de São Paulo
  • Transporte pára na zona leste de São Paulo após ataques a ônibus
  • São Paulo amanhece sob nova série de ataques do crime organizado

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o PCC
  • Leia a cobertura completa sobre os ataques do PCC
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página