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07/08/2006 - 12h29

Governador e secretário da Segurança de SP criticam União

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FELIPE NEVES
TATIANA FÁVARO
da Folha Online

O governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), e o secretário estadual da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, criticaram duramente as propostas de ajuda feitas pelo governo federal por meio do ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, nesta segunda-feira.

No começo da manhã desta segunda, o Estado de São Paulo sofreu mais uma série de ataques a forças de segurança e alvos civis atribuída ao PCC (Primeiro Comando da Capital). Somente na capital, os atentados atingiram prédios públicos, agências bancárias, postos de gasolina e supermercados, além de ônibus. Houve ações também no interior.

Em outro evento realizado também na manhã desta segunda, Bastos afirmou que "também está amedrontado" com os ataques e reforçou sua proposta de acionar as Forças Armadas para reforçar a segurança. No domingo (6), ele havia anunciado a criação de um mutirão para revisar os processos dos 140 mil presos paulistas, por R$ 1 milhão.

Durante uma cerimônia de entrega de carros à Polícia Militar, Lembo afirmou que a ajuda do governo federal "são só palavras".

O secretário da Segurança, Abreu Filho, fez críticas mais duras e disse que as propostas da União são "óbvias". "Por lei, o governo já tem que visitar os presídios e ver a execução da pena de cada réu. E já faz isso ao lado da OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] e da Defensoria Pública."

"Tenho certeza de que esse R$ 1 milhão não vem para São Paulo, mas para alguma ong amiga", disse Abreu Filho.

Segundo o secretário, os R$ 100 milhões prometidos pela União no mês passado para reforma de prisões ainda não foram entregues.

O ministério da Justiça informou, no entanto, que o Estado não apresentou nenhum projeto para explicar onde pretende gastar a verba federal. E que, sem essa formalização, o dinheiro não pode ser liberado.

Lembo e Abreu Filho se encontraram na cerimônia de entrega de mais de 200 carros à Polícia Civil.

Violência

Esta é a terceira série de ataques contra forças de segurança e alvos civis --como agências bancárias, postos de gasolina e ônibus-- promovida pelo PCC, desde o começo do ano.

Os primeiros atentados ocorreram entre os dias 12 e 19 de maio. Foram 299 ações, incluindo incêndios a ônibus. Simultaneamente, uma onda de motins atingiu 82 unidades do sistema penitenciário paulista. Na ocasião, a onda de violência foi interpretada como uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção criminosa.

Nos dois meses seguintes, criminosos mataram 16 agentes penitenciários, de acordo com o sindicato que representa a categoria.

Uma segunda série de ataques ocorreu entre os últimos dias 11 e 14 de julho. Desta vez, os principais alvos foram os ônibus. Quase cem foram incendiados ou atacados a tiros, em todo o Estado. Durante os ataques, prédios públicos e particulares, agências bancárias, lojas e agentes de segurança também foram atacados. Oito morreram.

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