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08/08/2006 - 05h39

Ataques atingem alvos no interior; transporte em SP funciona normalmente

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da Folha Online
da Agência Folha

Os ataques atribuídos à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), iniciados no domingo (6), continuaram ao longo da madrugada desta terça-feira, principalmente no interior do Estado de São Paulo, mas sem deixar mortos nem feridos.

Apesar disso, a maior parte do transporte público iniciou o dia funcionando normalmente na cidade de São Paulo. Segundo a SPTrans, apenas duas cooperativas demoraram a colocar os ônibus nas ruas: a Nova Aliança, que atende à zona leste e a Transcooper, que opera na zona norte.

A Nova Aliança normalizou a situação por volta das 5h, mas os microônibus da Transcooper continuavam na garagem até as 5h30. A SPTrans afirmou que entraria em contato com a empresa para saber o motivo do atraso.

Ataques

Um dos alvos dos ataques foi o departamento pessoal da prefeitura de Miguelópolis (460 km ao norte de São Paulo). À 1h30 de terça, criminosos jogaram um artefato explosivo no local através de uma janela. O mesmo grupo também incendiou um prédio da Igreja Internacional da Graça de Deus, próximo a prefeitura. Como a cidade não tem Corpo de Bombeiros, os incêndios foram controlados por caminhões-pipa da prefeitura e de uma usina da região.

Os ataques também atingiram a cidade de Hortolândia (105 km a noroeste da capital). Criminosos armados com pistolas .40 e .380, em três veículos, dispararam vários tiros contra o 2º Distrito Policial da cidade, que estava fechada no momento do ataque --22h30 de segunda-feira (7). Vinte minutos depois, a casa de um guarda municipal, localizada no Jardim Amanda, foi alvejada por tiros. A mulher do guarda estava em casa, mas não se feriu. Na mesma cidade, um ônibus e uma agência bancária foram incendiados.

Um coquetel molotov foi atirado contra a Câmara Municipal de Sumaré (120 km a noroeste de São Paulo), à 1h20. Dois homens numa moto metralharam uma base fixa da Guarda Civil Municipal de Piracicaba (162 km a noroeste da capital), à 0h desta terça-feira. Um ônibus também foi incendiado em Piracicaba.

Após roubar um carro no Jabaquara (zona sul da cidade de São Paulo), dois homens trocaram tiros com policiais militares da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) na rua Gabriel Alves, no Jardim Míriam, às 20h10 de segunda. Segundo a polícia, um dos suspeitos, Ulicio Machado Ribeiro, 50, com várias passagens por roubo, morreu em confronto com a polícia. O outro conseguiu escapar. Aparentemente, de acordo com a Polícia Civil, o caso não tem relação com os atentados do PCC.

Terceira leva

Foram registrados mais de 80 ataques contra mais de 100 alvos --agências bancárias, ônibus, prédios públicos, estabelecimentos comerciais e forças de segurança pública-- no Estado de São Paulo, desde as 23h de domingo (6).

Os ataques atingiram os prédios da Assembléia Legislativa, do Poupatempo da Luz, do Ministério Público Estadual e da Secretaria de Estado da Fazenda.

Esta é a terceira série de ataques promovida pelo PCC desde o começo do ano.

Os primeiros atentados ocorreram entre os dias 12 e 19 de maio. Foram 299 ações, incluindo incêndios a ônibus. Simultaneamente, uma onda de motins atingiu 82 unidades do sistema penitenciário paulista. Na ocasião, a onda de violência foi interpretada como uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção criminosa.

Nos dois meses seguintes, criminosos mataram 16 agentes penitenciários, de acordo com o sindicato que representa a categoria.

Uma segunda série de ataques ocorreu entre os últimos dias 11 e 14 de julho. Desta vez, os principais alvos foram os ônibus. Quase cem foram incendiados ou atacados a tiros, em todo o Estado. Durante os ataques, prédios públicos e particulares, agências bancárias, lojas e agentes de segurança também foram atacados. Oito morreram.

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