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09/08/2006
-
12h50
da Folha Online
Mais de 150 alvos foram atingidos em todo o Estado de São Paulo desde segunda-feira (7), nesta terceira série de ataques promovida pelo PCC. Entre os locais estão prédios públicos, forças de segurança, bancos, postos de gasolina, supermercados e ônibus.
Na noite de terça-feira (8), o comandante-geral da PM (Polícia Militar), Elizeu Eclair Teixeira, divulgou um balanço que contabilizada 144 alvos e a morte de cinco suspeitos, sendo quatro em supostos confrontos com a própria corporação e um com a GCM (Guarda Civil Metropolitana).
Entre a madrugada de segunda e a noite de terça, 28 suspeitos foram presos. Destes, de acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública, 18 tinham antecedentes criminais, dos quais 12 estavam ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital).
Na madrugada desta quarta, os criminosos retomaram os ataques, mas o ritmo caiu drasticamente.
Na capital, a ocorrência de maior repercussão foi o encontro de uma mala abandonada na avenida Paulista (centro de São Paulo), um dos principais endereços da cidade. Como havia suspeitas de que a mala guardava uma bomba, o local teve que ser isolado e o artefato, detonado.
O local ficou interditado por aproximadamente 13 minutos. Segundo o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), na mala havia só papéis e tecidos.
Pouco antes, às 23h30, criminosos haviam ateado fogo a um carro guardado na garagem da Secretaria Estadual da Justiça, na avenida Prefeito Passos, na Liberdade (centro de São Paulo).
Outros dois ataques ocorreram em regiões nobres da zona oeste da cidade. Bombas caseiras foram arremessadas contra duas agências bancárias: uma Nossa Caixa na avenida Teodoro Sampaio, em Pinheiros, à 0h50; e outra no Bradesco na avenida Giovanni Gronchi, no Morumbi, à 1h30.
Interior
Em Itu (103 km a noroeste de São Paulo), dois ataques atingiram forças de segurança.
O primeiro ocorreu às 22h30 de terça. Dois homens em uma motocicleta jogaram duas bombas de fabricação caseira contra o 2º DP, no Jardim Convenção. Os artefatos explodiram, espalhando pregos e parafusos. Um carro e as paredes da delegacia foram danificadas. Como o local estava fechado no horário, ninguém ficou ferido.
Cerca de duas horas mais tarde, também em Itu, criminosos jogaram uma bomba caseira na casa de um policial. A bomba não explodiu. O policial e os familiares dele, que estavam dentro do imóvel no momento em que o ataque ocorreu, foram retirados.
Em Sumaré (120 km a noroeste de São Paulo), um ônibus foi incendiado em uma garagem da prefeitura, no bairro Matão, por volta das 23h.
Em Campos de Jordão (167 km a nordeste de São Paulo), dois homens atiraram coquetéis molotov contra dois carros da GCM que guardavam a prefeitura, no morro do Elefante. Ninguém ficou ferido.
Terceira vez
Esta é a terceira série de ataques contra forças de segurança e alvos civis --como agências bancárias, postos de gasolina e ônibus-- promovida pelo PCC, desde o começo do ano.
Os primeiros atentados ocorreram entre os dias 12 e 19 de maio. Foram 299 ações, incluindo incêndios a ônibus. Simultaneamente, uma onda de motins atingiu 82 unidades do sistema penitenciário paulista. Na ocasião, a onda de violência foi interpretada como uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção criminosa.
Nos dois meses seguintes, criminosos mataram 16 agentes penitenciários, de acordo com o sindicato que representa a categoria.
Uma segunda série de ataques ocorreu entre os últimos dias 11 e 14 de julho. Desta vez, os principais alvos foram os ônibus. Quase cem foram incendiados ou atacados a tiros, em todo o Estado. Durante os ataques, prédios públicos e particulares, agências bancárias, lojas e agentes de segurança também foram atacados. Oito morreram.
Colaboraram FAUSTO SALVADORI e GABRIELA MANZINI, da Folha Online, e a Agência Folha
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Mais de 150 alvos foram atingidos em todo o Estado de São Paulo desde segunda-feira (7), nesta terceira série de ataques promovida pelo PCC. Entre os locais estão prédios públicos, forças de segurança, bancos, postos de gasolina, supermercados e ônibus.
Na noite de terça-feira (8), o comandante-geral da PM (Polícia Militar), Elizeu Eclair Teixeira, divulgou um balanço que contabilizada 144 alvos e a morte de cinco suspeitos, sendo quatro em supostos confrontos com a própria corporação e um com a GCM (Guarda Civil Metropolitana).
Entre a madrugada de segunda e a noite de terça, 28 suspeitos foram presos. Destes, de acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública, 18 tinham antecedentes criminais, dos quais 12 estavam ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital).
Na madrugada desta quarta, os criminosos retomaram os ataques, mas o ritmo caiu drasticamente.
Na capital, a ocorrência de maior repercussão foi o encontro de uma mala abandonada na avenida Paulista (centro de São Paulo), um dos principais endereços da cidade. Como havia suspeitas de que a mala guardava uma bomba, o local teve que ser isolado e o artefato, detonado.
O local ficou interditado por aproximadamente 13 minutos. Segundo o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), na mala havia só papéis e tecidos.
Pouco antes, às 23h30, criminosos haviam ateado fogo a um carro guardado na garagem da Secretaria Estadual da Justiça, na avenida Prefeito Passos, na Liberdade (centro de São Paulo).
Outros dois ataques ocorreram em regiões nobres da zona oeste da cidade. Bombas caseiras foram arremessadas contra duas agências bancárias: uma Nossa Caixa na avenida Teodoro Sampaio, em Pinheiros, à 0h50; e outra no Bradesco na avenida Giovanni Gronchi, no Morumbi, à 1h30.
Interior
Em Itu (103 km a noroeste de São Paulo), dois ataques atingiram forças de segurança.
O primeiro ocorreu às 22h30 de terça. Dois homens em uma motocicleta jogaram duas bombas de fabricação caseira contra o 2º DP, no Jardim Convenção. Os artefatos explodiram, espalhando pregos e parafusos. Um carro e as paredes da delegacia foram danificadas. Como o local estava fechado no horário, ninguém ficou ferido.
Cerca de duas horas mais tarde, também em Itu, criminosos jogaram uma bomba caseira na casa de um policial. A bomba não explodiu. O policial e os familiares dele, que estavam dentro do imóvel no momento em que o ataque ocorreu, foram retirados.
Em Sumaré (120 km a noroeste de São Paulo), um ônibus foi incendiado em uma garagem da prefeitura, no bairro Matão, por volta das 23h.
Em Campos de Jordão (167 km a nordeste de São Paulo), dois homens atiraram coquetéis molotov contra dois carros da GCM que guardavam a prefeitura, no morro do Elefante. Ninguém ficou ferido.
Terceira vez
Esta é a terceira série de ataques contra forças de segurança e alvos civis --como agências bancárias, postos de gasolina e ônibus-- promovida pelo PCC, desde o começo do ano.
Os primeiros atentados ocorreram entre os dias 12 e 19 de maio. Foram 299 ações, incluindo incêndios a ônibus. Simultaneamente, uma onda de motins atingiu 82 unidades do sistema penitenciário paulista. Na ocasião, a onda de violência foi interpretada como uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção criminosa.
Nos dois meses seguintes, criminosos mataram 16 agentes penitenciários, de acordo com o sindicato que representa a categoria.
Uma segunda série de ataques ocorreu entre os últimos dias 11 e 14 de julho. Desta vez, os principais alvos foram os ônibus. Quase cem foram incendiados ou atacados a tiros, em todo o Estado. Durante os ataques, prédios públicos e particulares, agências bancárias, lojas e agentes de segurança também foram atacados. Oito morreram.
Colaboraram FAUSTO SALVADORI e GABRIELA MANZINI, da Folha Online, e a Agência Folha
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