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13/08/2006 - 09h48

Seqüestro agrava situação, dizem tucano e petista

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ROGÉRIO PAGNAN
DÉBORA YURI
da Folha de S.Paulo

Os dois candidatos que lideram a disputa pelo governo de São Paulo, segundo pesquisas de intenção de voto, o tucano José Serra e o petista Aloizio Mercadante, destacaram ontem, durante eventos de campanha, que a gravidade da crise de segurança pública em São Paulo aumenta se for confirmada a participação de organizações criminosas no seqüestro da equipe da Rede Globo.

A informação do crime fez com que a coordenação da campanha do candidato petista triplicasse ontem o número de homens que fazem sua segurança. "Se for configurado um ataque a instituição de imprensa, é um ataque a um elemento importante da democracia, e isso deixa essa situação muito mais grave", disse o candidato.

Segundo Mercadante, esse seqüestro demonstra que o governo do Estado precisa aprofundar os diálogos iniciados com a esfera federal.

Serra afirmou que espera uma atuação rápida da polícia no caso. "É muito importante que a polícia atue depressa, que se possa levantar os antecedentes todos, para que se possa encontrar esses rapazes. Fiquei muito consternado. Todos são iguais, todo seqüestro é lamentável, mas não deixa de ter uma gravidade especial quando é ligado à atividade de imprensa."

O ministro Luiz Marinho (Trabalho), que acompanhava Mercadante em caminhada por São Bernardo do Campo, disse que "esse é um fato gravíssimo e demonstra o tamanho e a gravidade do problema da segurança pública em São Paulo".

A crise na segurança pública foi o principal tema do discursos de Mercadante, que voltou a cobrar a constituição de uma força-tarefa entre governos federal e estadual, a despeito do acordo feito anteontem entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Cláudio Lembo.

"Acho necessário [o uso da inteligência das Forças Armadas], mas uma força-tarefa seria o melhor instrumento para derrotar definitivamente essas organizações criminosas, que não podem ficar impunes."

Mercadante, que fez campanha ontem também pela zona norte e por Mauá, ainda criticou a liberação dos presos pela Justiça para a comemoração do Dia dos Pais. Para ele, faltou uma melhor triagem dos beneficiados. "Não é possível o Estado ficar o tempo inteiro fazendo acordo e se rendendo à pressão de organizações criminosas. Eu pergunto se esse é o caminho para nós colocarmos ordem nesse Estado. Não é."

Para Serra, é "dado da realidade" que o PCC faz oposição a seu partido. "O crime organizado não gosta do PSDB. Esse é um dado da realidade e que aparece em todas as gravações e conversações que até hoje vieram a público", disse ontem, em Embu (Grande São Paulo).

"Tem lá gente do PCC conversando, dizendo que se o presidente da Câmara dos Vereadores é do PSDB, deve matar", afirmou, quando questionado se o crime organizado estaria declarando guerra ao PSDB.

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