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04/09/2006
-
17h53
da Folha Online
A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) do Estado de São Paulo informou nesta segunda-feira que Suzane von Richthofen foi transferida do Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro (175 km de São Paulo) porque a diretora de Segurança e Disciplina da unidade, cujo nome não foi divulgado, permitia que a presidiária usasse o sistema de informática para se comunicar com o mundo exterior.
A diretora do Centro de Ressocialização, Irani Torres, disse não ter autorização para falar sobre o assunto. "Quem concentra essas informações é a SAP", disse. Condenada a 39 anos e seis meses de detenção pela morte dos pais --Manfred e Marísia--, Suzane, 22, foi transferida na noite do último sábado (2) para a Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto (314 km a norte de São Paulo).
A SAP determinou o afastamento da diretora de Segurança e Disciplina e instaurou procedimento administrativo disciplinar, para apurar o grau de envolvimento e a responsabilidade da funcionária de Rio Claro. O procedimento deve ser concluído em 30 dias e será realizado sob sigilo.
Segundo a secretaria, a transferência foi feita para preservar a segurança de Suzane, já que o privilégio irritou as demais detentas do Centro de Ressocialização. "Em casos como este, a administração não tem como norma consultar ou comunicar previamente o defensor constituído, mesmo porque informações como estas não se enquadram às regras de segurança", informou a SAP, por meio de assessoria de imprensa.
O advogado e ex-tutor de Suzane von Richthofen, Denivaldo Barni, disse nesta segunda-feira desconhecer os motivos que levaram à transferência de sua cliente. "A última vez que estive com a menina foi há dez dias e a única coisa que vi é que ela estava com os dedos machucados, de fazer pregadores de roupa", disse.
A SAP informou que não tem qualquer informação de que Suzane esteja com os dedos machucados. "Muito menos existe reclamação ou queixa da presidiária ou de sua defesa", informou a secretaria.
A penitenciária foi inaugurada em março de 2003 e tem capacidade para 310 presas. De acordo com a SAP, em 31 de agosto, o presídio registrava 326 detentas.
Daniel, 25, e Cristian Cravinhos, 30, também condenados pela morte de Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002, estão na Penitenciária 2 de Tremembé (138 km de SP).
Cravinhos
No último dia 22 de agosto, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou pedido de habeas corpus em favor dos irmãos Daniel e Cristian.
O pedido de liberdade foi indeferido pela 6ª Turma do STJ. Quatro magistrados votaram contra a libertação dos dois. Apenas o ministro Nilson Naves votou em favor de Daniel e Cristian.
Daniel e Suzane, namorados na época do crime, pegaram 39 anos e seis meses de prisão. Cristian recebeu pena um ano menor.
Marísia e Manfred foram mortos a golpes de porretes de ferro por Cristian e Daniel, na casa da família, no Brooklin (zona sul de São Paulo). Suzane ajudou a planejar o crime e abriu a porta da casa para que os irmãos executassem o crime.
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Funcionária permitia que Suzane usasse internet em presídio
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A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) do Estado de São Paulo informou nesta segunda-feira que Suzane von Richthofen foi transferida do Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro (175 km de São Paulo) porque a diretora de Segurança e Disciplina da unidade, cujo nome não foi divulgado, permitia que a presidiária usasse o sistema de informática para se comunicar com o mundo exterior.
A diretora do Centro de Ressocialização, Irani Torres, disse não ter autorização para falar sobre o assunto. "Quem concentra essas informações é a SAP", disse. Condenada a 39 anos e seis meses de detenção pela morte dos pais --Manfred e Marísia--, Suzane, 22, foi transferida na noite do último sábado (2) para a Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto (314 km a norte de São Paulo).
A SAP determinou o afastamento da diretora de Segurança e Disciplina e instaurou procedimento administrativo disciplinar, para apurar o grau de envolvimento e a responsabilidade da funcionária de Rio Claro. O procedimento deve ser concluído em 30 dias e será realizado sob sigilo.
Segundo a secretaria, a transferência foi feita para preservar a segurança de Suzane, já que o privilégio irritou as demais detentas do Centro de Ressocialização. "Em casos como este, a administração não tem como norma consultar ou comunicar previamente o defensor constituído, mesmo porque informações como estas não se enquadram às regras de segurança", informou a SAP, por meio de assessoria de imprensa.
O advogado e ex-tutor de Suzane von Richthofen, Denivaldo Barni, disse nesta segunda-feira desconhecer os motivos que levaram à transferência de sua cliente. "A última vez que estive com a menina foi há dez dias e a única coisa que vi é que ela estava com os dedos machucados, de fazer pregadores de roupa", disse.
A SAP informou que não tem qualquer informação de que Suzane esteja com os dedos machucados. "Muito menos existe reclamação ou queixa da presidiária ou de sua defesa", informou a secretaria.
A penitenciária foi inaugurada em março de 2003 e tem capacidade para 310 presas. De acordo com a SAP, em 31 de agosto, o presídio registrava 326 detentas.
Daniel, 25, e Cristian Cravinhos, 30, também condenados pela morte de Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002, estão na Penitenciária 2 de Tremembé (138 km de SP).
Cravinhos
No último dia 22 de agosto, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou pedido de habeas corpus em favor dos irmãos Daniel e Cristian.
O pedido de liberdade foi indeferido pela 6ª Turma do STJ. Quatro magistrados votaram contra a libertação dos dois. Apenas o ministro Nilson Naves votou em favor de Daniel e Cristian.
Daniel e Suzane, namorados na época do crime, pegaram 39 anos e seis meses de prisão. Cristian recebeu pena um ano menor.
Marísia e Manfred foram mortos a golpes de porretes de ferro por Cristian e Daniel, na casa da família, no Brooklin (zona sul de São Paulo). Suzane ajudou a planejar o crime e abriu a porta da casa para que os irmãos executassem o crime.
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