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11/09/2006
-
09h20
RICARDO FELTRIN
Editor-chefe da Folha Online
Apesar das ameaças de morte que vinha recebendo havia pelo menos 14 anos, sempre em ligações anônimas feitas à sua casa ou em seu gabinete de deputado, o coronel Ubiratan Guimarães nunca andou com seguranças. O coronel dizia não se importar com ameaças, porque era um policial "ágil".
"Só preciso deste segurança aqui", dizia enquanto dava dois ou três tapinhas em seu revólver 38 inseparável, o qual ele carregava inclusive nas sessões da Assembléia Legislativa.
O coronel foi morto dentro de seu apartamento com um tiro neste fim de semana, nos Jardins, em São Paulo.
Temido por bandidos e respeitado tanto por policiais militares como civis, Ubiratan era um homem sociável, quase bonachão, e seu gabinete sempre foi muito acessível. E ele recebia não só eleitores, mas também fãs.
Nas últimas eleições, em 2002, obteve 56.148 votos (então pelo PPB de Maluf, de quem também era amigo) e, aparentemente, não teria problemas em se reeleger este ano.
"Só uma parte da imprensa me acusa de assassino. A maioria das pessoas me considera um herói", costumava dizer a respeito do massacre de 111 presos em 1992, a repórteres que cobriam a Assembléia de São Paulo.
No último pronunciamento registrado que fez em plenário, no último dia 15 de maio, em plena onda de ataques do PCC em São Paulo, criticou duramente a atuação do atual comandante da PM, Eliseu Eclair Teixeira, atacou o silêncio das entidades de direitos humanos ("por que agora estão todos quietinhos?", bradou) e se disse "perplexo com o número de policiais mortos" pela facção criminosa.
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Apesar das ameaças de morte que vinha recebendo havia pelo menos 14 anos, sempre em ligações anônimas feitas à sua casa ou em seu gabinete de deputado, o coronel Ubiratan Guimarães nunca andou com seguranças. O coronel dizia não se importar com ameaças, porque era um policial "ágil".
"Só preciso deste segurança aqui", dizia enquanto dava dois ou três tapinhas em seu revólver 38 inseparável, o qual ele carregava inclusive nas sessões da Assembléia Legislativa.
O coronel foi morto dentro de seu apartamento com um tiro neste fim de semana, nos Jardins, em São Paulo.
Temido por bandidos e respeitado tanto por policiais militares como civis, Ubiratan era um homem sociável, quase bonachão, e seu gabinete sempre foi muito acessível. E ele recebia não só eleitores, mas também fãs.
Nas últimas eleições, em 2002, obteve 56.148 votos (então pelo PPB de Maluf, de quem também era amigo) e, aparentemente, não teria problemas em se reeleger este ano.
"Só uma parte da imprensa me acusa de assassino. A maioria das pessoas me considera um herói", costumava dizer a respeito do massacre de 111 presos em 1992, a repórteres que cobriam a Assembléia de São Paulo.
No último pronunciamento registrado que fez em plenário, no último dia 15 de maio, em plena onda de ataques do PCC em São Paulo, criticou duramente a atuação do atual comandante da PM, Eliseu Eclair Teixeira, atacou o silêncio das entidades de direitos humanos ("por que agora estão todos quietinhos?", bradou) e se disse "perplexo com o número de policiais mortos" pela facção criminosa.
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