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15/09/2006 - 12h22

Justiça determina quebra de sigilo de coronel Ubiratan e outras sete pessoas

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da Folha Online
do Agora

O juiz Richard Chequini, do 1º Tribunal do Júri, determinou nesta sexta-feira a quebra de sigilo telefônico do coronel da reserva da PM de São Paulo e deputado estadual Ubiratan Guimarães, assassinado no último sábado (9), de sua namorada, Carla Cepollina, e de mais seis pessoas.

Chequini aprovou também nesta sexta-feira o pedido do Ministério Público Estadual para que o processo corra em segredo de Justiça --o que impede a divulgação de dados sobre as investigações. O prazo para a conclusão do caso, também determinado pelo juiz, é de 60 dias.

A polícia deverá receber entre terça e quarta-feira as informações de 15 linhas de telefones fixos e celulares, com ligações compreendidas entre os dias 1 e 12 de setembro. A mãe e advogada de Carla Cepollina, Liliana Prinzivalli, também está na lista das pessoas que terão o sigilo telefônico quebrado.

Segundo informou a polícia, na última segunda-feira (11), Cepollina confirmou uma discussão com o coronel depois de um telefonema recebido por Ubiratan no sábado.

Em depoimento à PF (Polícia Federal) de Belém (PA), a delegada Renata Madi disse ao delegado Uálame Machado ter tentado falar com Ubiratan por duas vezes no dia do crime, sem sucesso.

A PF informou que a delegada disse, em depoimento, ter sido atendida por Carla. No segundo telefonema, a namorada de Ubiratan teria relatado uma discussão do casal, segundo Renata.

O deputado federal Vicente Cascione (PTB-SP), advogado da família do coronel Ubiratan, afirmou nesta quarta-feira (13) que o coronel "mantinha um relacionamento" com a delegada da Polícia Federal. O pai de Renata, o empresário João Farid Madi, disse que a filha e o coronel eram amigos.

Nesta quinta-feira (14), a mãe e advogada de Cepollina negou que tenha ocorrido uma briga entre sua filha e Ubiratan, no sábado. A polícia trabalha com a hipótese de que o coronel tenha sido vítima de crime passional.

Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan foi morto com um tiro no abdômen, em seu apartamento, nos Jardins (zona oeste de São Paulo).

A advogada Carla Cepollina foi a última pessoa a ser vista com o coronel reformado da PM. Cepollina foi ouvida pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) três vezes nesta semana. Na segunda-feira, ela deu um depoimento informal. Na terça-feira, falou durante 13 horas com os policiais. Na quarta-feira, chegou às 13h e depôs até 17h30.

O delegado Armando de Oliveira Costa Filho declarou nesta quinta que a polícia paulista já tem elementos suficientes para pedir a prisão do suposto responsável pelo assassinato do coronel Ubiratan. Ele, porém, disse não haver "necessidade" para se efetuar essa prisão agora. O juiz Richard Chequini negou nesta sexta-feira que tenha recebido qualquer pedido de prisão.

Com Folha de S.Paulo

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