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26/09/2006
-
20h42
da Folha Online
O Sepex (Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior de São Paulo) prevê que cerca 20 mil pessoas fiquem sem trabalho por causa do projeto de lei aprovado nesta terça-feira pela Câmara Municipal de São Paulo, que impede a instalação de outdoors e painéis eletrônicos na cidade.
"O setor vai entrar em liquidação. São cerca de duzentas empresas que serão liquidadas e 20 mil pessoas que vão ficar sem trabalho", afirma Júlio Albieri Neto, presidente do Sepex.
Batizado de Cidade Limpa, o projeto havia sido encaminhado à Câmara pelo prefeito Gilberto Kassab (PFL) e foi aprovado em segunda votação pela Câmara, por meio de um substitutivo.
Além de impedir os outdoors, o projeto revoga outras leis que regulavam a publicidade externa em São Paulo, mas não extingue a publicidade externa. O projeto prevê uma licitação que ficará a cargo da prefeitura para a implantação de publicidade no mobiliário público --pontos de ônibus, bancos de praça, relógios entre outros--, o que deve manter a publicidade externa nas mãos da administração municipal. "É no mínimo estranho", avalia Albieri Neto.
Para o vereador Gilson Barreto (PSDB), líder do governo na Câmara, não há contradição entre o fim dos outdoors e o uso do mobiliário público para publicidade. "A prefeitura não está se importando com o lucro, senão não abriria mão da receita de R$ 57 milhões. Ela [prefeitura] vai explorar tudo dentro de um ordenamento. São lugares onde é coerente colocar publicidade", afirma Barreto. "O projeto só visa a impedir a poluição visual de São Paulo e melhorar a qualidade de vida das pessoas", diz.
O vereador minimizou a possibilidade das empresas fecharem por causa da lei. "Elas podem trabalhar em outras cidades da Grande São Paulo e do Estado. O mercado será capaz de absorver", avalia.
O projeto que regulamenta a licitação pode ser apresentado a qualquer momento na Câmara, mas o vereador acredita que ele não seja votado antes do término das eleições.
Votação
Quarenta e seis vereadores estavam presentes no plenário quando a votação ocorreu. O único que votou contra foi o vereador Dalton Silvano (PSDB). O projeto deve ser encaminhado para sanção do prefeito.
Com a aprovação, ficará proibida a maioria dos anúncios existentes hoje. Propagandas eleitorais serão permitidas de acordo com a lei federal, mas ficam proibidas em muros, por exemplo.
De acordo com a prefeitura, há cerca de 4.500 anúncios regulares na cidade e 15 mil irregulares. Por ano, a arrecadação com eles é de R$ 3 milhões. "A receita é baixa e vamos abrir mão dela para ter uma cidade mais bonita", disse o prefeito.
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O Sepex (Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior de São Paulo) prevê que cerca 20 mil pessoas fiquem sem trabalho por causa do projeto de lei aprovado nesta terça-feira pela Câmara Municipal de São Paulo, que impede a instalação de outdoors e painéis eletrônicos na cidade.
"O setor vai entrar em liquidação. São cerca de duzentas empresas que serão liquidadas e 20 mil pessoas que vão ficar sem trabalho", afirma Júlio Albieri Neto, presidente do Sepex.
Batizado de Cidade Limpa, o projeto havia sido encaminhado à Câmara pelo prefeito Gilberto Kassab (PFL) e foi aprovado em segunda votação pela Câmara, por meio de um substitutivo.
Além de impedir os outdoors, o projeto revoga outras leis que regulavam a publicidade externa em São Paulo, mas não extingue a publicidade externa. O projeto prevê uma licitação que ficará a cargo da prefeitura para a implantação de publicidade no mobiliário público --pontos de ônibus, bancos de praça, relógios entre outros--, o que deve manter a publicidade externa nas mãos da administração municipal. "É no mínimo estranho", avalia Albieri Neto.
Para o vereador Gilson Barreto (PSDB), líder do governo na Câmara, não há contradição entre o fim dos outdoors e o uso do mobiliário público para publicidade. "A prefeitura não está se importando com o lucro, senão não abriria mão da receita de R$ 57 milhões. Ela [prefeitura] vai explorar tudo dentro de um ordenamento. São lugares onde é coerente colocar publicidade", afirma Barreto. "O projeto só visa a impedir a poluição visual de São Paulo e melhorar a qualidade de vida das pessoas", diz.
O vereador minimizou a possibilidade das empresas fecharem por causa da lei. "Elas podem trabalhar em outras cidades da Grande São Paulo e do Estado. O mercado será capaz de absorver", avalia.
O projeto que regulamenta a licitação pode ser apresentado a qualquer momento na Câmara, mas o vereador acredita que ele não seja votado antes do término das eleições.
Votação
Quarenta e seis vereadores estavam presentes no plenário quando a votação ocorreu. O único que votou contra foi o vereador Dalton Silvano (PSDB). O projeto deve ser encaminhado para sanção do prefeito.
Com a aprovação, ficará proibida a maioria dos anúncios existentes hoje. Propagandas eleitorais serão permitidas de acordo com a lei federal, mas ficam proibidas em muros, por exemplo.
De acordo com a prefeitura, há cerca de 4.500 anúncios regulares na cidade e 15 mil irregulares. Por ano, a arrecadação com eles é de R$ 3 milhões. "A receita é baixa e vamos abrir mão dela para ter uma cidade mais bonita", disse o prefeito.
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