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27/09/2006
-
15h35
da Folha Online
O advogado Antônio Carlos Carvalho Pinto criticou nesta quarta-feira a polícia paulista, que considerou sua cliente, a também advogada Carla Cepollina, 40, culpada pelo assassinato do deputado estadual e coronel da PM Ubiratan Guimarães, 63.
Para o advogado, o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) deveria ser mais "prudente". Carla, que voltou a ser ouvida hoje sobre a morte do coronel, deve deixar o prédio da Polícia Civil indiciada por homicídio duplamente qualificado --por motivo fútil (ciúme) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima (Ubiratan estava desarmado), de acordo com o delegado Armando de Oliveira Costa Filho.
"Sou capaz de entender o indiciamento, mas considero prematuro. O DHPP deveria ser mais prudente e mais cauteloso", afirmou o advogado.
O promotor Luiz Fernando Vaggione, que acompanha as investigações, afirma que há "uma avalanche de indícios" contra Carla. O advogado de defesa rebateu a afirmação do promotor. "Só se [as provas] não foram juntadas ainda no inquérito e o Ministério Público tem conhecimento e nós, não."
Entre os indícios apontados pela Promotoria está uma blusa de cor clara que Carla teria usado no dia do crime. À polícia ela entregou uma blusa escura.
Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan morreu com um tiro no abdômen, na noite do último dia 9. O corpo foi encontrado na noite seguinte, enrolado em uma toalha, no apartamento dele, nos jardins, zona oeste de São Paulo.
Armas
A mãe de Carla, a também advogada Liliana Prinzivalli, disse nesta quarta-feira não ser contra o fato de ter sido autuada por posse irregular de armas --que, de acordo com ela, seriam recordações de seu pai, morto em 2002. "Eu sou, sim, contra o fato de pessoas afirmarem que Carla matou o coronel Ubiratan sem nenhuma prova contundente."
As armas --dois revólveres calibre 38, que tinham documentação; e uma pistola e uma espingarda, ambas irregulares-- foram encontradas no apartamento em que Liliana vive com Carla, no Brooklin (zona sul), durante buscas feitas na noite da última segunda-feira.
Por causa da posse da pistola e da espingarda, que não tinham documentação em ordem, Liliana foi presa e autuada. Levada ao DHPP, ela pagou fiança de R$ 800 e foi liberada.
Com TATIANA FÁVARO, da Folha Online e LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
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Advogado critica polícia paulista por acusação contra Carla Cepollina
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O advogado Antônio Carlos Carvalho Pinto criticou nesta quarta-feira a polícia paulista, que considerou sua cliente, a também advogada Carla Cepollina, 40, culpada pelo assassinato do deputado estadual e coronel da PM Ubiratan Guimarães, 63.
Para o advogado, o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) deveria ser mais "prudente". Carla, que voltou a ser ouvida hoje sobre a morte do coronel, deve deixar o prédio da Polícia Civil indiciada por homicídio duplamente qualificado --por motivo fútil (ciúme) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima (Ubiratan estava desarmado), de acordo com o delegado Armando de Oliveira Costa Filho.
"Sou capaz de entender o indiciamento, mas considero prematuro. O DHPP deveria ser mais prudente e mais cauteloso", afirmou o advogado.
Caio Guatelli/Folha Imagem |
Liliana Prinzivalli e a filha, Carla Cepollina, chegam escoltadas ao DHPP |
O promotor Luiz Fernando Vaggione, que acompanha as investigações, afirma que há "uma avalanche de indícios" contra Carla. O advogado de defesa rebateu a afirmação do promotor. "Só se [as provas] não foram juntadas ainda no inquérito e o Ministério Público tem conhecimento e nós, não."
Entre os indícios apontados pela Promotoria está uma blusa de cor clara que Carla teria usado no dia do crime. À polícia ela entregou uma blusa escura.
Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan morreu com um tiro no abdômen, na noite do último dia 9. O corpo foi encontrado na noite seguinte, enrolado em uma toalha, no apartamento dele, nos jardins, zona oeste de São Paulo.
Armas
A mãe de Carla, a também advogada Liliana Prinzivalli, disse nesta quarta-feira não ser contra o fato de ter sido autuada por posse irregular de armas --que, de acordo com ela, seriam recordações de seu pai, morto em 2002. "Eu sou, sim, contra o fato de pessoas afirmarem que Carla matou o coronel Ubiratan sem nenhuma prova contundente."
As armas --dois revólveres calibre 38, que tinham documentação; e uma pistola e uma espingarda, ambas irregulares-- foram encontradas no apartamento em que Liliana vive com Carla, no Brooklin (zona sul), durante buscas feitas na noite da última segunda-feira.
Por causa da posse da pistola e da espingarda, que não tinham documentação em ordem, Liliana foi presa e autuada. Levada ao DHPP, ela pagou fiança de R$ 800 e foi liberada.
Com TATIANA FÁVARO, da Folha Online e LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
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