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30/09/2006 - 01h56

Familiares e amigos reclamam da falta de informações por parte da Gol

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CLARICE SPITZ
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, no Rio e em Brasília

Parentes e amigos de passageiros do vôo 1907 da Gol, que desapareceu na tarde desta sexta-feira no Pará, reclamam da falta de informações por parte da companhia aérea sobre o que teria acontecido. Familiares e amigos estão em aeroportos em Brasília e no Rio de Janeiro em busca de informações.

A aeronave que fazia o vôo 1907 de Manaus a Brasília, um Boeing 737-800, está desaparecida desde o final da tarde desta sexta-feira. Segundo a Infraero, o avião tinha 154 pessoas, 148 passageiros e seis tripulantes. A lista com os nomes dos passageiros não foi divulgada.

O desaparecimento teria acontecido após a colisão com outra aeronave, entre o norte do Mato Grosso e o sul do Pará, cerca 200 km da serra do Cachimbo, em São Félix do Xingu (PA). O Boeing teria colidido com um avião modelo Legacy, da Embraer, que conseguiu fazer um pouso forçado na base aérea localizada na mesma serra.

Eliete Monteiro foi ao aeroporto de Brasília para tentar conseguir informações sobre o marido, que estaria a bordo do avião da Gol, reclama da falta de informações sobre o desaparecimento da aeronave. Ela disse que foi informada sobre o incidente primeiro pelo filho, que estava em casa, do que pela Gol.

Segundo ela, os parentes e amigos dos passageiros que aguardam pelos ocupantes do vôo ficaram sem informações até às 20h30 de sexta-feira --quando foram levados para um prédio da Infraero. O vôo deveria ter pousado por volta das 18h10 em Brasília.

Os familiares foram informados sobre o desaparecimento do avião somente às 21h10 por Paulo Albano de Godoy Penteado, diretor de segurança aeroportuária da Infraero.

Cerca de 50 pessoas aguardam por informações sobre os passageiros do vôo da Gol. A maioria reclama da falta de informações e muitas estão chorando.

Atendentes da Gol estão servindo água, barras de cereal e salgadinhos para os parentes e amigos dos passageiros do vôo.

No Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Antonio Carlos Jobim, familiares e amigos de passageiros do vôo 1907 também se queixam da falta de informação por parte da companhia aérea.

Miguel Malheiros, tio de Talita Malheiros, que teria embarcado no vôo em Manaus, disse que a empresa nem mesmo liberou uma lista oficial com os nomes dos passgeiros.

"Esta companhia está sonegando informação. Disse que não tem nem lista de passageiros", afirma Malheiros. Ele afirma que chegou a ser ameaçado pelos seguranças quando disse que iria buscar informações junto à imprensa.

André Gemal, diretor do Instituto Nacional de Controle de Qualidade de Saúde, afirma que estranha a falta de informações. "É muito estranho que eles não tenham os nomes. São apenas 150 passageiros", disse. Gemal foi ao aeroporto para tentar conseguir informações sobre funcionários da Fiocruz que teriam embarcado no vôo 1907.

Familiares e amigos que procuram por informações dos passageiros estão sendo encaminhados a uma sala reservada da empresa no aeroporto carioca.



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