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03/10/2006
-
10h10
JANAINA LAGE
da Folha de S.Paulo, no Rio
O especialista em segurança de vôo do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), Ronaldo Jenkins, afirma que o país ainda é considerado um dos mais seguros na aviação comercial, com número de acidentes abaixo da média mundial, de 1,2 por milhão de decolagens. Segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a média de acidentes no país é de 0,87 por milhão de decolagem. Leia a entrevista.
FOLHA - Com o que já se sabe até agora, que hipóteses explicam o acidente?
RONALDO JENKINS - Não temos hipóteses, duas aeronaves se chocaram em pleno vôo. Não temos informações liberadas ainda, não se sabe se o acidente ocorreu no nível do Boeing ou do Legacy. A única coisa que sabemos é que não há sobreviventes.
FOLHA - Há sinais de que o avião sofreu queda vertical?
JENKINS - Queda vertical é pura especulação. Provavelmente não caiu na vertical porque, pela fotografia divulgada, aparece a asa inteira e o dorso.
FOLHA - Por que o avião não explodiu depois de uma queda como essa?
JENKINS - Não sabemos ainda se o motor apagou ou se tinha fonte de fogo. Na hora do choque, o combustível pode ter vazado pela abertura no avião, mas os dados ainda não são conclusivos.
FOLHA - O Brasil ainda é um país seguro para voar?
JENKINS - O Brasil está dentro dos padrões dos melhores países do mundo em segurança de vôo. Há quanto tempo não temos acidentes com mortes? Foi um choque para todo mundo, mas a investigação vai revelar o que houve. O país está abaixo da média mundial, de 1,2 acidente por milhão de decolagem. O Brasil tem 0,87 acidente.
FOLHA - Quais são os próximos passos da investigação?
JENKINS - A investigação está fazendo trabalho de campo. Todos os dados que vão coletar, como fotografia dos destroços do Boeing, do Legacy, todas as gravações, imagem de radar do controle de tráfego e da parte de comunicações serão analisadas, assim como os gravadores de dados de vôo e de voz do Legacy e do Boeing. O depoimento do pessoal do Legacy que sobreviveu é uma peça importante.
FOLHA - Qual é a razão mais freqüente para os acidentes que ocorreram no país?
JENKINS - Falha humana. O equipamento contribui muito pouco.
FOLHA - O sr. trabalha no setor há 36 anos. O que diferencia o caso da Gol dos demais?
JENKINS - O que causa surpresa nessa história é a natureza do acidente. Um acidente de choque de aeronaves no ar é uma coisa inusitada, muito difícil. Já ocorreram poucos no Brasil. Lembro de um na década de 1950 e outro no começo da década de 1980. Esse tipo de acidente é como encontrar duas agulhas no palheiro, a natureza do acidente é inusitada.
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Brasil tem índice de acidente aéreo tido como baixo
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da Folha de S.Paulo, no Rio
O especialista em segurança de vôo do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), Ronaldo Jenkins, afirma que o país ainda é considerado um dos mais seguros na aviação comercial, com número de acidentes abaixo da média mundial, de 1,2 por milhão de decolagens. Segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a média de acidentes no país é de 0,87 por milhão de decolagem. Leia a entrevista.
FOLHA - Com o que já se sabe até agora, que hipóteses explicam o acidente?
RONALDO JENKINS - Não temos hipóteses, duas aeronaves se chocaram em pleno vôo. Não temos informações liberadas ainda, não se sabe se o acidente ocorreu no nível do Boeing ou do Legacy. A única coisa que sabemos é que não há sobreviventes.
FOLHA - Há sinais de que o avião sofreu queda vertical?
JENKINS - Queda vertical é pura especulação. Provavelmente não caiu na vertical porque, pela fotografia divulgada, aparece a asa inteira e o dorso.
FOLHA - Por que o avião não explodiu depois de uma queda como essa?
JENKINS - Não sabemos ainda se o motor apagou ou se tinha fonte de fogo. Na hora do choque, o combustível pode ter vazado pela abertura no avião, mas os dados ainda não são conclusivos.
FOLHA - O Brasil ainda é um país seguro para voar?
JENKINS - O Brasil está dentro dos padrões dos melhores países do mundo em segurança de vôo. Há quanto tempo não temos acidentes com mortes? Foi um choque para todo mundo, mas a investigação vai revelar o que houve. O país está abaixo da média mundial, de 1,2 acidente por milhão de decolagem. O Brasil tem 0,87 acidente.
FOLHA - Quais são os próximos passos da investigação?
JENKINS - A investigação está fazendo trabalho de campo. Todos os dados que vão coletar, como fotografia dos destroços do Boeing, do Legacy, todas as gravações, imagem de radar do controle de tráfego e da parte de comunicações serão analisadas, assim como os gravadores de dados de vôo e de voz do Legacy e do Boeing. O depoimento do pessoal do Legacy que sobreviveu é uma peça importante.
FOLHA - Qual é a razão mais freqüente para os acidentes que ocorreram no país?
JENKINS - Falha humana. O equipamento contribui muito pouco.
FOLHA - O sr. trabalha no setor há 36 anos. O que diferencia o caso da Gol dos demais?
JENKINS - O que causa surpresa nessa história é a natureza do acidente. Um acidente de choque de aeronaves no ar é uma coisa inusitada, muito difícil. Já ocorreram poucos no Brasil. Lembro de um na década de 1950 e outro no começo da década de 1980. Esse tipo de acidente é como encontrar duas agulhas no palheiro, a natureza do acidente é inusitada.
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