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09/10/2006 - 10h46

FAB retoma buscas por 25 corpos de vítimas de acidente aéreo

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da Folha Online

Os corpos de 25 das 154 pessoas mortas na queda do vôo 1907 da Gol no Mato Grosso no último dia 29, continuavam desaparecidos até a manhã desta segunda-feira. No domingo (8), a Polícia Civil do Distrito Federal confirmou que, do total, apenas 61 estão identificados. Três passarão por exames de DNA.

Os trabalhos de localização e resgate dos corpos na mata fechada são conduzidos por equipes da FAB (Força Aérea Brasileira). Para chegar ao local do acidente, os militares tiveram que descer em rapel no local do acidente ou em pára-quedas na fazenda Jarinã --que concentra as equipes de resgate. Uma clareira precisou ser aberta na mata, e árvores de aproximadamente 40 metros de altura precisaram ser derrubadas.

Conforme são encontrados, ensacados e pré-identificados por uma equipe de peritos, os corpos são levados para a base da FAB instalada na fazenda Jarinã e, em seguida, para a da serra do Cachimbo. De lá saem as aeronaves da corporação que transportam os corpos para Brasília, onde os peritos da Polícia Civil assumem a tarefa de identificá-los.

O método preferencialmente usado para identificar os corpos é o confronto entre as impressões digitais e os registros de cada pessoa mantidos pelos Estados. Esses registros são elaborados quando o cidadão pede a emissão da carteira de identidade. Quando a coleta de impressões digitais não é possível, os corpos passam por exames de DNA.

Uma vez definitivamente identificados, os corpos são remetidos ao IML (Instituto Médico Legal), que os liberam para os familiares.

Vôo 1907

O acidente com o Boeing da Gol é o maior da história aeronáutica do Brasil. Ele caiu depois de colidir no ar com um Legacy da empresa norte-americana de táxi aéreo ExcelAire. Os dois voavam na mesma altura --a 37 mil pés (cerca de 11,2 km)-- quando ocorreu a batida. De acordo com o plano de vôo, o Legacy deveria estar a 36 mil pés naquele momento.

Depois do choque, o Legacy conseguiu pousar e nenhum ocupante ficou ferido. O Boeing, porém, caiu em uma mata fechada no Mato Grosso. Seus 154 ocupantes morreram.

Investigações

O acidente está sendo investigado por uma comissão integrada por autoridades brasileiras e norte-americanas do setor, conforme a legislação aeronáutica internacional.

O piloto Joseph Lepore e o co-piloto Jan Paladino, que conduziam o Legacy no momento do acidente, tiveram seus passaportes apreendidos pela PF (Polícia Federal) por força de uma ordem judicial e, consequentemente, estão impedidos de deixar o país. Eles são considerados testemunhas-chave no caso.

A retenção dos passaportes repercutiu mal diante dos americanos. Um repórter do "New York Times" que estava a bordo do Legacy, Joe Sharkey, fez críticas ao controle de tráfego aéreo brasileiro e à condução das investigações sobre o caso. No último dia 6, três deputados pediram a intervenção do Departamento de Estado para liberar os dois pilotos.

No dia 7, o desembargador João Mariosi, corregedor de Justiça do Distrito Federal, determinou que o Legacy fique no Brasil até a conclusão das apurações. Ele acredita que a aeronave pode assegurar o pagamento de indenizações aos herdeiros das vítimas, por parte da ExcelAire, caso o avião particular seja culpado pela queda do Boeing.

No dia 8, o plano de vôo da aeronave da Gol foi encontrado ao lado do corpo do co-piloto Thiago Jordão Cruso, 29, entre os destroços. O documento foi encaminhado à Aeronáutica, que lidera a investigação sobre as circunstâncias do acidente --o maior da história brasileira.

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