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23/10/2006 - 10h17

Sem verbas, Lembo reduz ritmo de obras

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ALENCAR IZIDORO
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
da Folha de S.Paulo

Algumas das principais obras e projetos de infra-estrutura de transporte do Estado de São Paulo tiveram seu ritmo reduzido drasticamente ou foram até paralisadas pelo governo de Cláudio Lembo (PFL), que conta os dias para terminar seu mandato e procura cortar gastos para não descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Os atrasos ou as interrupções dos investimentos --situação que será herdada por José Serra (PSDB) em 2007-- foram intensificados nos últimos meses e envolvem de rodovias do interior à expansão da rede sobre trilhos da Grande São Paulo, do Rodoanel ao recapeamento das marginais Pinheiros e Tietê.

A LRF proíbe os governantes de deixar pendências financeiras para os seus sucessores. Na metade do ano, Lembo enviou ofício a todos os secretários vetando novos investimentos e determinando "redobrada atenção" e "rigorosa austeridade nos gastos públicos".

O secretário de Estado de Planejamento, Fernando Braga, afirma que os cortes são necessários para adaptar os gastos à realidade orçamentária, mas que não haverá déficit.

O trecho sul do Rodoanel, que ligará a Régis Bittencourt a Mauá, no ABC paulista, obteve a licença definitiva no final de agosto. No mês seguinte, foi aberta uma única frente de trabalho --das cinco previstas.

Dos R$ 200 milhões esperados para a construção em 2006, Lembo deve investir menos de R$ 80 milhões --parte devido à demora para iniciar, mas parte em razão da própria orientação de tocá-la em marcha lenta.

Meses após firmar três convênios com a Prefeitura de São Paulo, comandada por Gilberto Kassab (PFL), para desembolsar mais de R$ 100 milhões em 2006 para o recapeamento de 32 km das marginais, o Expresso Tiradentes (antigo Fura-Fila) e para obras na região da av. Roberto Marinho, Lembo teve que desistir dos investimentos.

Redução de 80%

Das obras em curso de recuperação ou ampliação de estradas, a Folha apurou que a redução do ritmo em diversos casos é de 80%. A orientação é que alguns empregados sejam mantidos, evitando a desativação de canteiros, o que elevaria os custos para a retomada.

Entre as afetadas, a interligação da av. Mário Covas, em São José dos Campos, com a rodovia dos Tamoios, principal acesso ao litoral norte, num total superior a R$ 50 milhões. Ficaria pronta no fim do ano.

Só a Secretaria dos Transportes diminuiu em mais de R$ 200 milhões as obras programadas e decidiu que nem as já licitadas pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem) terão suas ordens de serviço concedidas até dezembro.

Antes de sair do governo para se candidatar à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB) firmou contratos de R$ 176 milhões para reformar 156 km de estradas, incluindo um trecho de serra da SP-125 (Oswaldo Cruz), muito utilizada por quem viaja ao litoral norte.

O lote fazia parte de um programa do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e as obras começaram até maio. A partir de agosto, foram interrompidas. O Estado, nesse caso, culpa a demora do governo federal para a aprovação do financiamento do BID.

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