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27/10/2006
-
18h18
da Folha Online
O delegado Renato Sayão, da PF (Polícia Federal), deve ouvir na próxima semana os depoimentos de dez controladores de tráfego aéreo e supervisores, como parte das investigações sobre a queda do Boeing da Gol, ocorrida dia 29 do mês passado em Mato Grosso.
Os depoimentos, previstos para ocorrer na segunda e na terça-feira, serão realizados em local reservado, cedido pela Aeronáutica, para evitar vazamento de informação.
A PF também quer ouvir três controladores de São José dos Campos (SP), de onde decolou o jato Legacy, também envolvido no acidente. A data, porém, ainda não foi confirmada.
O delegado também deve pedir, na próxima semana, a renovação do inquérito por mais 60 dias. Os trabalhos se encerram no dia cinco de novembro. A Polícia Civil de Mato Grosso também deve pedir mais prazo para concluir as investigações.
O pedido de Sayão deve ser entregue na quarta-feira (1º de novembro), quando ele, que está em Brasília, desembarca em Sinop (MT) para se encontrar com o juiz federal Charles Renaud Frazão de Moraes e discutir o inquérito.
Foi o juiz quem determinou a apreensão dos passaportes do piloto de Legacy, os americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino --que permanecem no país. Nesta semana, Moraes decidiu que a competência para decidir sobre o pedido feito pelo delegado, que quer ter acesso ao conteúdo das caixas-pretas dos aviões, é do STJ (Superior Tribunal de Justiça). A Aeronáutica negou o acesso da PF às investigação.
Depoimentos
Na quinta-feira (26), Sayão ouviu Daniel Robert Bachmann, gerente de comunicação e marketing para jatos executivos da Embraer --fabricante do Legacy-- e que estava a bordo da aeronave envolvida no acidente. O depoimento durou aproximadamente duas horas, mas o teor não foi divulgado.
No último dia 20, o delegado ouviu Sérgio Mauro Costa, diretor do Departamento de Ensaios da Embraer. Na ocasião, Costa informou que o Legacy funcionava normalmente e passou por sete testes --sendo três vôos de aceitação-- antes de ser entregue à proprietária --a empresa de táxi aéreo americana ExcelAire.
O Legacy teria colidido com o Boeing, provocando a queda do avião da Gol, que fazia o vôo 1907. Foi o maior acidente aéreo do país. O Legacy, apesar de danos na asa, conseguiu pousar na base aérea do Cachimbo, e nenhum dos sete ocupantes ficou ferido.
Caixa de voz
Na última terça-feira (24), militares que trabalham na área de mata fechada onde caiu o Boeing encontraram a caixa de gravação de voz do avião, considerada peça importante nas investigações do acidente.
O equipamento será levado para a Organização Internacional de Aviação Civil, com sede no Canadá, como foi feito com a outra caixa-preta do Boeing e as do jato Legacy. A expectativa é que a caixa seja aberta na segunda-feira (30).
Com LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online e ANDREZA MATAIS, da Folha Online, em Brasília
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PF deve ouvir controladores na próxima semana sobre acidente aéreo
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O delegado Renato Sayão, da PF (Polícia Federal), deve ouvir na próxima semana os depoimentos de dez controladores de tráfego aéreo e supervisores, como parte das investigações sobre a queda do Boeing da Gol, ocorrida dia 29 do mês passado em Mato Grosso.
Os depoimentos, previstos para ocorrer na segunda e na terça-feira, serão realizados em local reservado, cedido pela Aeronáutica, para evitar vazamento de informação.
A PF também quer ouvir três controladores de São José dos Campos (SP), de onde decolou o jato Legacy, também envolvido no acidente. A data, porém, ainda não foi confirmada.
O delegado também deve pedir, na próxima semana, a renovação do inquérito por mais 60 dias. Os trabalhos se encerram no dia cinco de novembro. A Polícia Civil de Mato Grosso também deve pedir mais prazo para concluir as investigações.
O pedido de Sayão deve ser entregue na quarta-feira (1º de novembro), quando ele, que está em Brasília, desembarca em Sinop (MT) para se encontrar com o juiz federal Charles Renaud Frazão de Moraes e discutir o inquérito.
Foi o juiz quem determinou a apreensão dos passaportes do piloto de Legacy, os americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino --que permanecem no país. Nesta semana, Moraes decidiu que a competência para decidir sobre o pedido feito pelo delegado, que quer ter acesso ao conteúdo das caixas-pretas dos aviões, é do STJ (Superior Tribunal de Justiça). A Aeronáutica negou o acesso da PF às investigação.
Depoimentos
Na quinta-feira (26), Sayão ouviu Daniel Robert Bachmann, gerente de comunicação e marketing para jatos executivos da Embraer --fabricante do Legacy-- e que estava a bordo da aeronave envolvida no acidente. O depoimento durou aproximadamente duas horas, mas o teor não foi divulgado.
No último dia 20, o delegado ouviu Sérgio Mauro Costa, diretor do Departamento de Ensaios da Embraer. Na ocasião, Costa informou que o Legacy funcionava normalmente e passou por sete testes --sendo três vôos de aceitação-- antes de ser entregue à proprietária --a empresa de táxi aéreo americana ExcelAire.
O Legacy teria colidido com o Boeing, provocando a queda do avião da Gol, que fazia o vôo 1907. Foi o maior acidente aéreo do país. O Legacy, apesar de danos na asa, conseguiu pousar na base aérea do Cachimbo, e nenhum dos sete ocupantes ficou ferido.
Caixa de voz
Na última terça-feira (24), militares que trabalham na área de mata fechada onde caiu o Boeing encontraram a caixa de gravação de voz do avião, considerada peça importante nas investigações do acidente.
O equipamento será levado para a Organização Internacional de Aviação Civil, com sede no Canadá, como foi feito com a outra caixa-preta do Boeing e as do jato Legacy. A expectativa é que a caixa seja aberta na segunda-feira (30).
Com LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online e ANDREZA MATAIS, da Folha Online, em Brasília
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