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28/10/2006 - 10h57

Polícia investiga pichações de cunho racista no interior

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KLEBER TOMAZ
da Folha de S.Paulo

A Polícia Civil investiga uma onda de pichações e colagens de cartazes contra negros, homossexuais, judeus, nordestinos e cotas para afrodescendentes em universidades públicas em Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista, no Estado de São Paulo.

Policiais suspeitam que grupos neonazistas sejam os responsáveis pelos ataques no interior. Nesta semana, na zona sul da capital paulista, três homens foram presos ao colar panfletos racistas contra as cotas para os negros em universidades. Nos cartazes, havia menção ao site do grupo neonazista White Power (Poder Branco) São Paulo.

Ao menos oito lugares foram alvos da série de ataques no interior: cinco ocorreram em Várzea, dois em Jundiaí e um em Campo Limpo. As ações na região começaram na madrugada de sábado.

Os locais visados são quase sempre os mesmos: imóveis e pontos de ônibus no centro.

Durante a semana, em Várzea (a 63 km de São Paulo), um salão de cabeleireiros afro e um muro de uma fábrica de tecidos que tem donos judeus foram pichados.

"Os clientes estão com medo. Estamos com receio de trabalhar", disse o cabeleireiro João Batista Braga, 21, proprietário do Função Black, que na última segunda-feira amanheceu com o símbolo da suástica pichado na sua porta.

Na Advance, empresa do ramo têxtil, de propriedade de uma família judia, escreveram "Fora judeus parasitas. O Brasil não é colônia de Israel."

Em Jundiaí (60 km de SP), a igreja evangélica Leão da Tribo de Judá, que possui uma bandeira de Israel na porta, foi pichada com a suástica. Pichações contra nordestinos apareceram num imóvel em Campo Limpo (57 km da capital).

Ontem, houve mais dois ataques. Em Jundiaí, os supostos neonazistas picharam "White Power (Poder Branco)" e o símbolo de uma suástica num outdoor da empresa Comgás.

Em Várzea, o muro de uma casa da avenida Duque de Caxias amanheceu pichado com os seguintes dizeres: "Fora nordestinos imundos. Skinheads (Cabeças Raspadas)."

"As pichações podem ser de simpatizantes de neonazistas", disse o delegado Hamilton de Souza, de Várzea. O prefeito Eduardo Tadeu Pereira (PT), afirmou que a Guarda Civil irá reforçar as rondas na cidade.

Devido às pichações, foi aberto inquérito na delegacia seccional de Jundiaí e região.

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