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31/10/2006
-
08h57
da Folha Online
O aeroporto internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília (DF), registrou novos atrasos em vôos na manhã desta terça-feira. Somente entre as 6h e as 7h, sete decolagens sofreram pelo menos duas horas de atraso, segundo informações disponibilizadas pela Infraero pela internet. Um dos casos mais graves era de um vôo da Gol que decolaria às 7h40 com destino ao aeroporto do Galeão, no Rio, e tinha previsão para deixar o solo apenas às 11h.
Os atrasos ocorrem desde a última sexta-feira (27), quando os operadores de vôo de Brasília decidiram colocar a chamada operação-padrão em prática. Ela consiste em dobrar, de 5 milhas para 10 milhas náuticas, a distância entre os aviões. Isso implica coibir pousos e decolagens com pouco intervalo. No limite, os aviões acabam proibidos de deixar o solo. Também reduziram o número de aviões que são "vigiados" por cada controlador. A Aeronáutica nega.
A equipe de cerca de 60 operadores de Brasília, todos militares de baixa patente, está desfalcada de oito profissionais, afastados desde a queda do Boeing da Gol, um mês atrás.
Reportagem publicada segunda (30) pela Folha mostra que os atrasos em alguns dos principais aeroportos do país, representam uma tentativa de preservar a segurança dos passageiros, de acordo com Jorge Botelho, presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, entidade que reúne os civis que atuam como controladores de vôos.
De acordo com dois controladores de vôo ouvidos pela reportagem, se não houver um "enquadramento" por parte do Comando da Aeronáutica, quarta-feira deverá ser o "dia D" do protesto atual. O motivo é a véspera do feriado prolongado, quando os aeroportos normalmente já ficam mais lotados do que na média.
Para tentar conter a insatisfação dos controladores, o governo anunciou um investimento de cerca de R$ 10 milhões na melhoria do tráfego aéreo de Brasília. Além disso, a Aeronáutica diz que controladores de outros Estados estão sendo remanejados para Brasília.
Reunião
Na sexta-feira (27), os controladores de tráfego aéreo se reuniram em Brasília, em sigilo, para discutir as dificuldades do setor e definir uma forma de pressionar o governo a atender a reivindicação por melhores salários, menor carga horária e a contratação de mais profissionais.
A Aeronáutica nega que os problemas sejam conseqüência de uma operação-padrão por parte dos controladores e afirmou que os atrasos foram provocados pelo excesso do tráfego aéreo, o que obrigou as aeronaves em solo aguardar um maior espaçamento para decolar.
Os controladores de tráfego aéreo sofrem com a pressão e ainda estão sob efeito do maior acidente aéreo do país e, segundo a Folha Online apurou, poderiam fazer uma "greve branca", como o atraso proposital dos vôos. A maioria dos controladores é militar, por isso estão proibidos por lei de fazer greve.
Na manhã de sexta (27), ao menos 32 aeronaves com destino a São Paulo, Cuiabá, Campo Grande e à região Sul do país decolaram do aeroporto de Brasília com atrasos de uma hora e meia, em média. No sábado, o problema voltou a atingir vôos entre as principais capitais do país. As decolagens atrasam até quatro horas entre os aeroportos de São Paulo, Rio e Brasília e os pousos chegam a atrasar duas horas.
Medidas
Em nota enviada no sábado (28), a FAB (Força Aérea Brasileira) informou que "estão sendo implementadas medidas" para tentar resolver o problema do aumento de tráfego aéreo em Brasília e os atrasos nos vôos.
Entre as medidas estão o remanejamento de controladores de tráfego para Brasília, onde ocuparão as vagas dos operadores afastados depois do acidente com o vôo 1907, da Gol. Na ocasião, 154 pessoas morreram.
A nota também promete "um aumento substancial do número de controladores de tráfego aéreo".
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Aeroporto de Brasília registra novos atrasos em decolagens
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O aeroporto internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília (DF), registrou novos atrasos em vôos na manhã desta terça-feira. Somente entre as 6h e as 7h, sete decolagens sofreram pelo menos duas horas de atraso, segundo informações disponibilizadas pela Infraero pela internet. Um dos casos mais graves era de um vôo da Gol que decolaria às 7h40 com destino ao aeroporto do Galeão, no Rio, e tinha previsão para deixar o solo apenas às 11h.
Os atrasos ocorrem desde a última sexta-feira (27), quando os operadores de vôo de Brasília decidiram colocar a chamada operação-padrão em prática. Ela consiste em dobrar, de 5 milhas para 10 milhas náuticas, a distância entre os aviões. Isso implica coibir pousos e decolagens com pouco intervalo. No limite, os aviões acabam proibidos de deixar o solo. Também reduziram o número de aviões que são "vigiados" por cada controlador. A Aeronáutica nega.
A equipe de cerca de 60 operadores de Brasília, todos militares de baixa patente, está desfalcada de oito profissionais, afastados desde a queda do Boeing da Gol, um mês atrás.
Reportagem publicada segunda (30) pela Folha mostra que os atrasos em alguns dos principais aeroportos do país, representam uma tentativa de preservar a segurança dos passageiros, de acordo com Jorge Botelho, presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, entidade que reúne os civis que atuam como controladores de vôos.
De acordo com dois controladores de vôo ouvidos pela reportagem, se não houver um "enquadramento" por parte do Comando da Aeronáutica, quarta-feira deverá ser o "dia D" do protesto atual. O motivo é a véspera do feriado prolongado, quando os aeroportos normalmente já ficam mais lotados do que na média.
Para tentar conter a insatisfação dos controladores, o governo anunciou um investimento de cerca de R$ 10 milhões na melhoria do tráfego aéreo de Brasília. Além disso, a Aeronáutica diz que controladores de outros Estados estão sendo remanejados para Brasília.
Reunião
Na sexta-feira (27), os controladores de tráfego aéreo se reuniram em Brasília, em sigilo, para discutir as dificuldades do setor e definir uma forma de pressionar o governo a atender a reivindicação por melhores salários, menor carga horária e a contratação de mais profissionais.
A Aeronáutica nega que os problemas sejam conseqüência de uma operação-padrão por parte dos controladores e afirmou que os atrasos foram provocados pelo excesso do tráfego aéreo, o que obrigou as aeronaves em solo aguardar um maior espaçamento para decolar.
Os controladores de tráfego aéreo sofrem com a pressão e ainda estão sob efeito do maior acidente aéreo do país e, segundo a Folha Online apurou, poderiam fazer uma "greve branca", como o atraso proposital dos vôos. A maioria dos controladores é militar, por isso estão proibidos por lei de fazer greve.
Na manhã de sexta (27), ao menos 32 aeronaves com destino a São Paulo, Cuiabá, Campo Grande e à região Sul do país decolaram do aeroporto de Brasília com atrasos de uma hora e meia, em média. No sábado, o problema voltou a atingir vôos entre as principais capitais do país. As decolagens atrasam até quatro horas entre os aeroportos de São Paulo, Rio e Brasília e os pousos chegam a atrasar duas horas.
Medidas
Em nota enviada no sábado (28), a FAB (Força Aérea Brasileira) informou que "estão sendo implementadas medidas" para tentar resolver o problema do aumento de tráfego aéreo em Brasília e os atrasos nos vôos.
Entre as medidas estão o remanejamento de controladores de tráfego para Brasília, onde ocuparão as vagas dos operadores afastados depois do acidente com o vôo 1907, da Gol. Na ocasião, 154 pessoas morreram.
A nota também promete "um aumento substancial do número de controladores de tráfego aéreo".
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