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31/10/2006
-
19h33
da Folha Online, em São Paulo e em Brasília
O governo federal anunciou nesta terça-feira mais algumas medidas para conter a crise no tráfego aéreo e reduzir os atrasos nos vôos --que atingem os principais aeroportos do país--, mas admitiu não ter garantias de que a situação se normalize nos próximos dias. Os atrasos podem ser agravados na quarta-feira, véspera do feriado prolongado de Finados (2 de novembro).
"Estamos trabalhando para uma solução mais rápida possível", disse o ministro da Defesa, Waldir Pires, após reunião no Palácio do Planalto, que contou, também, com o presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Entre as medidas previstas para minimizar os transtornos estão o remanejamento de rotas --com o objetivo de evitar o espaço aéreo de Brasília, o que poderá aumentar o tempo dos vôos-- e a criação de um grupo formado por representantes de empresas aéreas, controladores de radar e funcionários da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para avaliar as prioridades dos vôos. Além disso, na próxima segunda-feira (6), será lançado um edital de concurso público para a contratação de controladores civis, com previsão de 64 vagas.
Na segunda-feira (30), o governo já havia anunciado medidas para tentar minimizar a crise. A Aeronáutica restringiu vôos de aeronaves pequenas durante os horários de pico e o ministro da Defesa "convidou" controladores aposentados a auxiliar nos radares.
Segundo Pires, as medidas devem "repor, gradativamente, a eficiência da aviação civil no país". O ministro confirma que o quadro está "difícil", mas diz esperar "redução dos atrasos" nos próximos dias.
Os passageiros enfrentam atrasos de duas horas, em média, nos principais aeroportos do país desde a última sexta-feira (27), quando controladores de tráfego aéreo colocaram em prática a chamada operação-padrão.
A Aeronáutica, que nega a operação, diz que os problemas são conseqüência do controle de fluxo aéreo e admite que a região controlada pelo Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), com sede em Brasília, está desfalcada após o afastamento de oito controladores que estavam de plantão no dia 29 de setembro, quando caiu o Boeing da Gol.
Reuniões
Além da reunião com integrantes do governo, o ministro da Defesa conversou, por aproximadamente duas horas, com controladores de tráfego aéreo. Ele afirmou que os profissionais não apresentaram reivindicações, mas que o governo está disposto a analisar aumentos salariais ou em relação à jornada de trabalho.
Para o ministro, a queda do Boeing da Gol --que causou a morte dos 154 ocupantes do avião-- causou uma situação de "tensão" nos controladores. Com as conversas e medidas, Pires disse esperar que os controladores possam "colaborar mais". "A situação não é de garra no trabalho", afirmou.
Sem admitir a existência da operação-padrão, o ministro afirma que a situação será controlada "na medida em que [os controladores] cumpram todos os passos".
Com PATRÍCIA ZIMMERMANN, da Folha Online, em Brasília, e LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
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O governo federal anunciou nesta terça-feira mais algumas medidas para conter a crise no tráfego aéreo e reduzir os atrasos nos vôos --que atingem os principais aeroportos do país--, mas admitiu não ter garantias de que a situação se normalize nos próximos dias. Os atrasos podem ser agravados na quarta-feira, véspera do feriado prolongado de Finados (2 de novembro).
"Estamos trabalhando para uma solução mais rápida possível", disse o ministro da Defesa, Waldir Pires, após reunião no Palácio do Planalto, que contou, também, com o presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Entre as medidas previstas para minimizar os transtornos estão o remanejamento de rotas --com o objetivo de evitar o espaço aéreo de Brasília, o que poderá aumentar o tempo dos vôos-- e a criação de um grupo formado por representantes de empresas aéreas, controladores de radar e funcionários da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para avaliar as prioridades dos vôos. Além disso, na próxima segunda-feira (6), será lançado um edital de concurso público para a contratação de controladores civis, com previsão de 64 vagas.
Na segunda-feira (30), o governo já havia anunciado medidas para tentar minimizar a crise. A Aeronáutica restringiu vôos de aeronaves pequenas durante os horários de pico e o ministro da Defesa "convidou" controladores aposentados a auxiliar nos radares.
Segundo Pires, as medidas devem "repor, gradativamente, a eficiência da aviação civil no país". O ministro confirma que o quadro está "difícil", mas diz esperar "redução dos atrasos" nos próximos dias.
Os passageiros enfrentam atrasos de duas horas, em média, nos principais aeroportos do país desde a última sexta-feira (27), quando controladores de tráfego aéreo colocaram em prática a chamada operação-padrão.
A Aeronáutica, que nega a operação, diz que os problemas são conseqüência do controle de fluxo aéreo e admite que a região controlada pelo Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), com sede em Brasília, está desfalcada após o afastamento de oito controladores que estavam de plantão no dia 29 de setembro, quando caiu o Boeing da Gol.
Reuniões
Além da reunião com integrantes do governo, o ministro da Defesa conversou, por aproximadamente duas horas, com controladores de tráfego aéreo. Ele afirmou que os profissionais não apresentaram reivindicações, mas que o governo está disposto a analisar aumentos salariais ou em relação à jornada de trabalho.
Para o ministro, a queda do Boeing da Gol --que causou a morte dos 154 ocupantes do avião-- causou uma situação de "tensão" nos controladores. Com as conversas e medidas, Pires disse esperar que os controladores possam "colaborar mais". "A situação não é de garra no trabalho", afirmou.
Sem admitir a existência da operação-padrão, o ministro afirma que a situação será controlada "na medida em que [os controladores] cumpram todos os passos".
Com PATRÍCIA ZIMMERMANN, da Folha Online, em Brasília, e LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
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