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08/11/2006 - 15h10

Promotoria denuncia Carla Cepollina por morte do coronel Ubiratan

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da Folha Online

O promotor Luiz Fernando Vaggione apresentou nesta quarta-feira denúncia (acusação formal) contra a advogada Carla Cepollina, suspeita de ter matado o namorado, o coronel da reserva da PM e deputado estadual Ubiratan Guimarães, 63. O crime ocorreu em setembro último.

Para Vaggione, o crime foi cometido por vingança, porque Carla viu que o relacionamento amoroso "estava em decadência". Como agravantes, o promotor atribuiu motivo torpe e dificuldade de defesa da vítima.

"Ela cometeu o crime por vingança, ao ver-se rejeitada pelo amante. Essa vingança evidenciou seu desprezo pela vida de Ubiratan Guimarães, além de egoístico sentimento de posse que impunha arrogantemente à vítima. Agiu, pois, por motivo torpe", diz a denúncia.

Caberá à Justiça aceitar ou não a denúncia. Se for aceita, a advogada será processada. Ela nega envolvimento no assassinato.

Segundo Vaggione, se o processo for aberto, a pena contra Carla pode aumentar pelo fato de o crime ter sido cometido contra pessoa sexagenária.

A mãe de Carla, Liliana Prinzivalli, que também é advogada, esteve presente ao anúncio do promotor. Ela interrompeu Vaggione por diversas vezes, contestando a acusação.

Ela afirmou ter protocolado na Corregedoria da Polícia e na Corregedoria do Tribunal de Justiça denúncia de abusos de autoridade contra os delegados do caso e também contra o promotor. De acordo com ela, o abuso de autoridade ocorreu quando os policiais entraram em sua casa, na noite de 25 de setembro, e apreenderam armas --que seriam de seu pai, Luigi Prinzivalli, que morreu em 2002.

Na ocasião, Liliana foi presa em flagrante e autuada por posse irregular de armas. Ela foi liberada pela polícia depois de pagar fiança.

Inquérito

O inquérito sobre a morte de Ubiratan havia sido concluído pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) no dia 13 de outubro. Para a Polícia Civil, Carla é a única responsável pelo crime e teria agido por ciúme. Ela foi indiciada por homicídio duplamente qualificado --por motivo fútil (ciúme) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima (Ubiratan estava desarmado).

Em outubro, a 9ª Câmara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça) negou o pedido de habeas corpus preventivo movido por Cepollina.

Crime

Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan foi baleado em seu apartamento, nos Jardins (zona oeste de São Paulo). O crime ocorreu no dia 9 de setembro, mas o corpo foi encontrado na noite seguinte, enrolado em uma toalha.

Segundo a polícia, o coronel foi morto com um tiro de uma de suas armas --um revólver calibre 38 que não foi encontrado no local do crime.

Especial
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