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13/11/2006
-
15h17
da Folha Online
O ministro da Defesa, Waldir Pires, considerou normais os atrasos de vôos ocorridos em diferentes aeroportos do país no fim de semana. A espera se agravou no domingo (12) e persiste nesta segunda-feira.
"Não houve nada. Quantas vezes temos atrasos de duas, três horas? São atrasos de vôos, de empresas", afirmou Pires, de acordo com informações da Agência Brasil. Ele negou que a espera tenha sido resultado de uma nova operação-padrão por parte dos controladores de tráfego aéreo.
Os atrasos passaram de três horas, em alguns terminais, entre a manhã e a tarde desta segunda. A situação ainda não foi normalizada, segundo registros da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária). Ontem, a espera passou de oito horas em alguns casos.
Os atrasos foram registrados em São Paulo, no Rio, em Minas e em Brasília, entre outras localidades. Da da 0h às 9h desta segunda, ao menos 148 vôos sofreram atrasos no país, de acordo com balanço parcial da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária). O número equivale a 31,8% do total.
Representantes do Ministério da Defesa, da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), da Infraero e dos controladores devem se reunir hoje em Brasília para discutir a crise no setor.
Controladores
No fim de semana, atrasos foram atribuídos à falta de operadores. O setor, já desfalcado com o afastamento de controladores após a queda do Boeing da Gol, ficou sem outros dois profissionais no sábado --um teve um problema familiar e outro, quebrou a perna, de acordo com Wellington Rodrigues, presidente da ABCTA (Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo.
Nesta segunda, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica negou que os problemas ainda sejam causados pelo desfalque e admitiu que, no fim de semana, houve gerenciamento do tráfego aéreo --com maior espaçamento entre as aeronaves. O motivo, porém, não foi confirmado.
A Aeronáutica informou que, nesta segunda, não há problemas de fluxo e todos os consoles operam conforme a necessidade do sistema, com o número necessário de controladores.
Crise
No final de outubro, os controladores de tráfego aéreo decidiram, de forma isolada, iniciar a chamada operação-padrão, com maior espaçamento entre as decolagens. O objetivo seria garantir a segurança dos vôos. As normas internacionais determinam que cada operador deve controlar, no máximo, 14 aeronaves no mesmo instante.
O resultado da operação-padrão foi uma seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos. No dia 2, feriado de Finados, o tráfego aéreo entrou em colapso. Milhares de passageiros sofreram com esperas de até 20 horas e os prejuízos chegaram à rede hoteleira. Na ocasião, o governo acionou uma operação emergencial para pôr fim aos atrasos, o que desagradou muitos controladores.
A falta de operadores em Brasília foi agravada após a queda do Boeing da Gol, em 29 de setembro, que resultou na morte dos 154 ocupantes. Após o acidente, ocorrido em Mato Grosso, um grupo de controladores foi afastado.
A reportagem apurou que alguns controladores estão insatisfeitos com as negociações feitas com o governo federal. O fato indica que a categoria poderia ter aumentado o intervalo entre as aeronaves nos horários de pico, desde quinta, como uma espécie de operação-padrão, em menor escala que a registrada no início do mês, como forma de pressionar o governo. A Aeronáutica nega.
Colaborou LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online. Com informações da Agência Brasil e da Folha de S.Paulo
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Ministro da Defesa considera normais os atrasos nos aeroportos
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O ministro da Defesa, Waldir Pires, considerou normais os atrasos de vôos ocorridos em diferentes aeroportos do país no fim de semana. A espera se agravou no domingo (12) e persiste nesta segunda-feira.
"Não houve nada. Quantas vezes temos atrasos de duas, três horas? São atrasos de vôos, de empresas", afirmou Pires, de acordo com informações da Agência Brasil. Ele negou que a espera tenha sido resultado de uma nova operação-padrão por parte dos controladores de tráfego aéreo.
Os atrasos passaram de três horas, em alguns terminais, entre a manhã e a tarde desta segunda. A situação ainda não foi normalizada, segundo registros da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária). Ontem, a espera passou de oito horas em alguns casos.
Os atrasos foram registrados em São Paulo, no Rio, em Minas e em Brasília, entre outras localidades. Da da 0h às 9h desta segunda, ao menos 148 vôos sofreram atrasos no país, de acordo com balanço parcial da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária). O número equivale a 31,8% do total.
Representantes do Ministério da Defesa, da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), da Infraero e dos controladores devem se reunir hoje em Brasília para discutir a crise no setor.
Controladores
No fim de semana, atrasos foram atribuídos à falta de operadores. O setor, já desfalcado com o afastamento de controladores após a queda do Boeing da Gol, ficou sem outros dois profissionais no sábado --um teve um problema familiar e outro, quebrou a perna, de acordo com Wellington Rodrigues, presidente da ABCTA (Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo.
Nesta segunda, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica negou que os problemas ainda sejam causados pelo desfalque e admitiu que, no fim de semana, houve gerenciamento do tráfego aéreo --com maior espaçamento entre as aeronaves. O motivo, porém, não foi confirmado.
A Aeronáutica informou que, nesta segunda, não há problemas de fluxo e todos os consoles operam conforme a necessidade do sistema, com o número necessário de controladores.
Crise
No final de outubro, os controladores de tráfego aéreo decidiram, de forma isolada, iniciar a chamada operação-padrão, com maior espaçamento entre as decolagens. O objetivo seria garantir a segurança dos vôos. As normas internacionais determinam que cada operador deve controlar, no máximo, 14 aeronaves no mesmo instante.
O resultado da operação-padrão foi uma seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos. No dia 2, feriado de Finados, o tráfego aéreo entrou em colapso. Milhares de passageiros sofreram com esperas de até 20 horas e os prejuízos chegaram à rede hoteleira. Na ocasião, o governo acionou uma operação emergencial para pôr fim aos atrasos, o que desagradou muitos controladores.
A falta de operadores em Brasília foi agravada após a queda do Boeing da Gol, em 29 de setembro, que resultou na morte dos 154 ocupantes. Após o acidente, ocorrido em Mato Grosso, um grupo de controladores foi afastado.
A reportagem apurou que alguns controladores estão insatisfeitos com as negociações feitas com o governo federal. O fato indica que a categoria poderia ter aumentado o intervalo entre as aeronaves nos horários de pico, desde quinta, como uma espécie de operação-padrão, em menor escala que a registrada no início do mês, como forma de pressionar o governo. A Aeronáutica nega.
Colaborou LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online. Com informações da Agência Brasil e da Folha de S.Paulo
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