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14/11/2006 - 10h18

No 4º dia da nova crise aérea, SP e Rio registram mais atrasos em vôos

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da Folha Online

Os passageiros que passavam pelos aeroportos internacionais Tom Jobim, no Rio, e de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), enfrentavam mais atrasos, na manhã desta terça-feira. É o quarto dia de atrasos na primeira crise após o "apagão aéreo" do feriado de Finados.

No Tom Jobim, às 10h, havia 21 pousos atrasados e mais cinco cancelados. O caso mais grave era um vôo da Varig saído de Bogotá (Colômbia) que estava marcado para chegar às 6h07, mas ainda não havia pousado. Havia também seis decolagens atrasadas e três canceladas, sendo todas vôos da BRA e da TAM com destino a Brasília (DF).

Em Guarulhos, até as 9h40, havia 16 pousos e 16 decolagens atrasados. O maior atraso era de um vôo das Aerolineas Argentinas com destino a Buenos Aires (Argentina) que deveria ter saído às 8h35 e só tinha previsão para decolar às 11h30. Não havia cancelamentos.

No aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo), havia oito pousos e oito decolagens atrasadas, às 10h. Um vôo da TAM que deveria ter chegado de Belém (PA) às 7h35, ainda não havia pousado, naquele horário.

No Santos-Dumont, havia apenas dois pousos atrasados, às 10h. Eram vôo vindos de Macaé (RJ) que deveriam ter chegado entre as 8h26 e as 8h35, mas ainda não haviam pousado.

Em Minas, o aeroporto internacional Tancredo Neves, em Confins (Grande Belo Horizonte), tinha cinco atrasos, sendo o pior o de um vôo da TAM que deveria ter chegado de Maceió (AL) às 6h20, mas ainda não havia pousado, até as 10h.

No aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, e Juscelino Kubitschek, em Brasília (DF), a situação era normal, também até as 10h.

Controle de tráfego

O presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, afirmou na segunda-feira (13) que ainda faltam controladores de tráfego aéreo em Brasília e disse que os atrasos nos aeroportos devem persistir enquanto esse número não for suficiente. No mesmo dia, o setor de Comunicação da Aeronáutica negou o desfalque, e informou que todos os consoles operavam normalmente, apesar da série de atrasos.

A Aeronáutica nega também que os problemas tenham sido causados por nova operação-padrão --aumento no intervalo entre os vôos e redução no número de vôos por profissional-- realizada pelos controladores de tráfego aéreo.

Representantes dos operadores afirmam o controle aéreo continua afogado e que as medidas adotadas até agora são precárias. Com isso, a situação de hoje e dos próximos feriados (Proclamação da República, amanhã, e Dia Nacional da Consciência Negra, na segunda) ainda é incerta. Agências de viagens e hotéis temem desistências.

Atrasos

Na segunda, ao menos 629 dos 1.487 dos vôos atrasaram entre a meia-noite e as 19h50. O número representa 42,3% dos vôos.

Após uma reunião de três horas e meia com representantes da Infraero, da Aeronáutica, do Ministério da Defesa e Anac com a ministra Dilma Rousseff, a Casa Civil prometeu, em nota, que as "medidas necessárias" serão tomadas para acabar com os atrasos dos vôos.

A nota, no entanto, não explica quais medidas serão tomadas e nem quando. "Foi determinado aos participantes que adotem todas as medidas necessárias para sanar os problemas [atrasos nos vôos]."

Com isso, os controladores de vôo continuam sem sinalização clara sobre a promessa de atendimento de suas reivindicações --contratação de mais profissionais, regulamentação da carreira, criação de gratificação e desmilitarização do setor.

Apesar dos atrasos e da falta de informações nos aeroportos, o ministro da Defesa, Waldir Pires, disse considerar normal a situação. "Não houve nada. Quantas vezes temos atrasos de duas, três horas?", afirmou ontem, de acordo com informações da Agência Brasil.

As empresas aéreas estimam prejuízos que superam R$ 40 milhões por problemas nos dez piores dias de crise.

Com Folha de S.Paulo e Agência Brasil

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