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14/11/2006 - 16h54

Balanço parcial mostra atraso de 33% dos vôos no país

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da Folha Online

Ao menos 315 dos 955 vôos previstos para decolar até a tarde desta terça-feira sofreram atrasos, segundo balanço parcial divulgado pela Infraero (estatal que administra os aeroportos) por volta das 14h30. O número corresponde a 33% dos vôos.

Os dados levam em conta atrasos que ultrapassam 15 minutos. Em nota, a estatal afirma que a espera pode ocorrer "por motivos diversos", como condições meteorológicas, problemas técnicos --da própria empresa aérea-- ou problemas no tráfego aéreo.

Nesta terça, os passageiros enfrentam o quatro dia de atrasos na primeira crise após o "apagão aéreo" de Finados. Ontem, os atrasos atingiram 42% dos vôos, de acordo com balanço divulgado no início da noite.

Medida emergencial

Controladores de tráfego aéreo voltaram a ser convocados pelo Comando da Aeronáutica em nova tentativa de pôr fim aos atrasos. A medida também foi adotada no dia 2 de novembro, quando o setor entrou em colapso.

O Comando da Aeronáutica afirma que o esquema emergencial foi acionado com o objetivo de normalizar as escalas de serviço. Afirma, ainda, que o plano é "um procedimento administrativo previsto na legislação e tem o objetivo "de reunir, no menor tempo, todo o efetivo de uma unidade a fim de atender a possíveis situações especiais ou emergenciais".

Durante o período em que o esquema vigorar --ainda não confirmado--, os controladores do Cindacta 1 deverão permanecer na organização, "de maneira a atender às necessidades operacionais de serviço", diz a Aeronáutica em nota. O Comando afirma que serão cumpridos os horários de descanso e a jornada de trabalho.

Falta de controladores

O presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, disse na segunda-feira (13) acreditar que os atrasos deverão persistir enquanto o número de controladores de tráfego de Brasília não for suficiente. No mesmo dia, o setor de Comunicação da Aeronáutica havia negado o desfalque e informado que todos os consoles operavam normalmente, apesar da série de atrasos.

O setor, já desfalcado com o afastamento de controladores após a queda do Boeing da Gol, no dia 29 de setembro, ficou sem outros dois profissionais no último sábado (11) --um teve um problema familiar e outro, quebrou a perna, de acordo com Wellington Rodrigues, presidente da ABCTA (Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo.

No final de outubro, os controladores de tráfego aéreo decidiram, de forma isolada, iniciar a chamada operação-padrão, com maior espaçamento entre as decolagens. O objetivo seria garantir a segurança dos vôos. As normas internacionais determinam que cada operador deve controlar, no máximo, 14 aeronaves no mesmo instante. O resultado do movimento foi uma seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos.

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