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18/11/2006
-
08h27
da Folha de S. Paulo
As maiores agências do país decidiram ontem que vão exigir atestado médico e exame de sangue para contratar novas modelos. Elas terão que refazer o exame a cada seis meses.
A medida foi tomada depois da morte da modelo Ana Carolina Reston, vítima de anorexia nervosa. Engloba as agências Mega, Elite, L'Equipe, Ford, Marilyn, Ten e One, que juntas têm mais de 90% do mercado.
De acordo com o diretor da Mega Model, Eli Hadid, o objetivo é evitar que meninas que desejam ser modelos façam regimes malucos. "Vou batalhar para que isso vire lei", disse.
Segundo a vice-presidente da Ford, Denise Céspedes, as modelos são todas "meninas saudáveis". "Isso é uma prevenção. É para que as meninas que estão em casa, fora do mercado, entendam que não adianta fazer regime radical que não serão aceitas se não estiverem bem de saúde", disse.
A modelo Franciele Almeida, 16, diz conhecer muitas colegas que ficam dias sem comer para fazer um trabalho. "Eu como e depois faço exercícios para compensar. Mas, na semana passada, fiquei quase dois dias sem comer porque estava me achando gorda", diz. Ela conta que comeu frutas e tomou muito café no período. "Depois, não conseguia dormir à noite. Percebi que não vale a pena."
O agente de Ana Carolina, Ademir Albino, que participou da reunião das agências, disse que na última vez em que a viu ela estava com uns "51 kg". Isso foi no dia 18 de outubro, três dias antes de ser internada. Nesse dia, ela fez fotos para um editorial de bolsas do site Chic.
Segundo o booker da L'Equipe, a modelo nunca falou em emagrecer nem comentou sobre dieta. "Ela passava a imagem de uma menina feliz, alegre. Sempre brincava muito, ríamos juntos", afirmou.
No site Chic, Glória Kalil diz que ela comentou com a equipe sobre dificuldades na carreira e na alimentação. "Em nenhum momento tivemos a impressão de que ela estava doente, pois não era excessivamente magra e tinha pernas torneadas e fortes", afirma a jornalista no site.
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As maiores agências do país decidiram ontem que vão exigir atestado médico e exame de sangue para contratar novas modelos. Elas terão que refazer o exame a cada seis meses.
A medida foi tomada depois da morte da modelo Ana Carolina Reston, vítima de anorexia nervosa. Engloba as agências Mega, Elite, L'Equipe, Ford, Marilyn, Ten e One, que juntas têm mais de 90% do mercado.
De acordo com o diretor da Mega Model, Eli Hadid, o objetivo é evitar que meninas que desejam ser modelos façam regimes malucos. "Vou batalhar para que isso vire lei", disse.
Segundo a vice-presidente da Ford, Denise Céspedes, as modelos são todas "meninas saudáveis". "Isso é uma prevenção. É para que as meninas que estão em casa, fora do mercado, entendam que não adianta fazer regime radical que não serão aceitas se não estiverem bem de saúde", disse.
A modelo Franciele Almeida, 16, diz conhecer muitas colegas que ficam dias sem comer para fazer um trabalho. "Eu como e depois faço exercícios para compensar. Mas, na semana passada, fiquei quase dois dias sem comer porque estava me achando gorda", diz. Ela conta que comeu frutas e tomou muito café no período. "Depois, não conseguia dormir à noite. Percebi que não vale a pena."
O agente de Ana Carolina, Ademir Albino, que participou da reunião das agências, disse que na última vez em que a viu ela estava com uns "51 kg". Isso foi no dia 18 de outubro, três dias antes de ser internada. Nesse dia, ela fez fotos para um editorial de bolsas do site Chic.
Segundo o booker da L'Equipe, a modelo nunca falou em emagrecer nem comentou sobre dieta. "Ela passava a imagem de uma menina feliz, alegre. Sempre brincava muito, ríamos juntos", afirmou.
No site Chic, Glória Kalil diz que ela comentou com a equipe sobre dificuldades na carreira e na alimentação. "Em nenhum momento tivemos a impressão de que ela estava doente, pois não era excessivamente magra e tinha pernas torneadas e fortes", afirma a jornalista no site.
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