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21/11/2006
-
12h25
da Folha Online
Dos 755 vôos programados para a manhã desta terça-feira no país, 255 --o que corresponde a 33,8%-- sofreram atrasos de mais de 15 minutos, segundo balanço divulgado por volta das 12h pela Infraero (estatal que administra os aeroportos).
A estatal considera toleráveis atrasos de até 45 minutos. Nesse caso, índice de espera é de 24,9% --188 vôos.
Os atrasos que causaram transtornos aos passageiros nos principais aeroportos do país entre o último domingo e segunda-feira (20) diminuíram, mas a espera passou de uma hora em alguns terminais.
Também nesta terça, uma audiência pública no Senado discute a crise aérea brasileira. Com o debate, os parlamentares esperam buscar soluções para minimizar os transtornos.
O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, afirmou aos senadores que a crise nos aeroportos estará controlada até o final do ano. Segundo ele, os passageiros não terão problemas nos feriados do Natal e de Ano Novo e nas viagens de férias.
O ministro da Defesa, Waldir Pires, que também participa da audiência, reiterou que "todo o esforço e empenho do governo" é para que a situação esteja normalizada em dezembro. Na última semana, Pires disse que apenas em 60 dias o problema estaria resolvido.
Crise
Desde o final de outubro, os passageiros têm enfrentado constantes atrasos nos principais aeroportos do país.
Inicialmente, os atrasos foram causados pela chamada operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo, que, de forma isolada, decidiram aumentar o espaçamento entre as decolagens. O objetivo seria garantir a segurança dos vôos. As normas internacionais determinam que cada operador deve controlar, no máximo, 14 aeronaves no mesmo instante.
O resultado do movimento foi uma seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos. O setor entrou em colapso na madrugada do último dia 2, feriado de Finados. Na ocasião, o comando da Aeronáutica convocou controladores para o trabalho, como medida emergencial.
O aquartelamento voltou a ocorrer no último dia 14, véspera do feriado da Proclamação da República, quando atrasos eram registrados nos principais aeroportos do país. Na ocasião, os problemas seriam resultado da falta de controladores no Cindacta 1, em Brasília. A medida foi suspensa no dia seguinte, quando a situação era considerada tranqüila nos terminais.
Entre o último domingo e a segunda-feira (20), os passageiros voltaram a enfrentar transtornos. Os problemas, desta vez, foram atribuídos pela Aeronáutica à chuva e ao efeito bola-de-neve causado pelo rompimento um cabo de fibra ótica do Cindacta 2 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo) --que coordena o tráfego na região Sul. A falha afetou a transmissão de dados necessária para o controle do tráfego aéreo e prejudica vôos nacionais e internacionais, inclusive aqueles que passam pela região Sul sem pousar na região.
Além disso, um avião de pequeno porte que deslizou e parou no gramado do aeroporto de Congonhas, na noite de domingo, fechou a pista principal por aproximadamente duas horas e também teria causado reflexos. Durante o período, as operações foram feitas pela pista auxiliar.
Na segunda-feira (20), o balanço das 19h da Infraero apontava atrasos de mais de 15 minutos em 754 dos 1.453 vôos programados --51,9% do total--. Na ocasião, a espera de mais de 45 minutos atingiu 43,2% dos vôos.
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Dos 755 vôos programados para a manhã desta terça-feira no país, 255 --o que corresponde a 33,8%-- sofreram atrasos de mais de 15 minutos, segundo balanço divulgado por volta das 12h pela Infraero (estatal que administra os aeroportos).
A estatal considera toleráveis atrasos de até 45 minutos. Nesse caso, índice de espera é de 24,9% --188 vôos.
Os atrasos que causaram transtornos aos passageiros nos principais aeroportos do país entre o último domingo e segunda-feira (20) diminuíram, mas a espera passou de uma hora em alguns terminais.
Também nesta terça, uma audiência pública no Senado discute a crise aérea brasileira. Com o debate, os parlamentares esperam buscar soluções para minimizar os transtornos.
O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, afirmou aos senadores que a crise nos aeroportos estará controlada até o final do ano. Segundo ele, os passageiros não terão problemas nos feriados do Natal e de Ano Novo e nas viagens de férias.
O ministro da Defesa, Waldir Pires, que também participa da audiência, reiterou que "todo o esforço e empenho do governo" é para que a situação esteja normalizada em dezembro. Na última semana, Pires disse que apenas em 60 dias o problema estaria resolvido.
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Desde o final de outubro, os passageiros têm enfrentado constantes atrasos nos principais aeroportos do país.
Inicialmente, os atrasos foram causados pela chamada operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo, que, de forma isolada, decidiram aumentar o espaçamento entre as decolagens. O objetivo seria garantir a segurança dos vôos. As normas internacionais determinam que cada operador deve controlar, no máximo, 14 aeronaves no mesmo instante.
O resultado do movimento foi uma seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos. O setor entrou em colapso na madrugada do último dia 2, feriado de Finados. Na ocasião, o comando da Aeronáutica convocou controladores para o trabalho, como medida emergencial.
O aquartelamento voltou a ocorrer no último dia 14, véspera do feriado da Proclamação da República, quando atrasos eram registrados nos principais aeroportos do país. Na ocasião, os problemas seriam resultado da falta de controladores no Cindacta 1, em Brasília. A medida foi suspensa no dia seguinte, quando a situação era considerada tranqüila nos terminais.
Entre o último domingo e a segunda-feira (20), os passageiros voltaram a enfrentar transtornos. Os problemas, desta vez, foram atribuídos pela Aeronáutica à chuva e ao efeito bola-de-neve causado pelo rompimento um cabo de fibra ótica do Cindacta 2 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo) --que coordena o tráfego na região Sul. A falha afetou a transmissão de dados necessária para o controle do tráfego aéreo e prejudica vôos nacionais e internacionais, inclusive aqueles que passam pela região Sul sem pousar na região.
Além disso, um avião de pequeno porte que deslizou e parou no gramado do aeroporto de Congonhas, na noite de domingo, fechou a pista principal por aproximadamente duas horas e também teria causado reflexos. Durante o período, as operações foram feitas pela pista auxiliar.
Na segunda-feira (20), o balanço das 19h da Infraero apontava atrasos de mais de 15 minutos em 754 dos 1.453 vôos programados --51,9% do total--. Na ocasião, a espera de mais de 45 minutos atingiu 43,2% dos vôos.
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