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25/11/2006
-
10h48
LUCIANA CONSTANTINO
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O Brasil registrou, entre 2001 e 2005, um pequeno aumento no número de dependentes de bebidas alcoólicas e de tabaco. Além disso, cresceu o consumo de alguns tipos de medicamento, principalmente drogas para emagrecer. O país já é apontado por organismos internacionais como o maior consumidor desse tipo de remédio.
Segundo o "2º Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil", divulgado ontem, o índice de dependentes de álcool passou de 11,2% para 12,3% no período, o que representa cerca de 5,799 milhões de brasileiros com idade entre 12 e 65 anos. Já os dependentes de tabaco subiram de 9% para 10,1% --4,7 milhões de pessoas. A maconha aparece em terceiro lugar, com 1,4% de dependentes. Em relação ao álcool, a preocupação é o consumo cada vez mais precoce.
Foram entrevistadas 7.939 pessoas de agosto a dezembro de 2005 em cidades com mais de 200 mil habitantes.
A pesquisa, feita pelo Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas), aponta que, ao excluir álcool e tabaco, houve também crescimento dos que dizem ter consumido algum tipo de droga pelo menos uma vez na vida. Sobe de 19,4% para 22,8%. De sete drogas mais apontadas, apenas a maconha é ilícita.
Nas outras posições estão estimulantes e tranqüilizantes, ambos usados para emagrecer e que tiveram as maiores altas. O percentual de brasileiros que disseram ter tomado tranqüilizante (benzodiazepínico) subiu de 3,3% para 5,6%. Entre mulheres, o consumo é ainda maior --6,9%. É seguido pelos remédios para estimular o apetite, para os quais não há nenhum tipo de controle para a venda --4,1% afirmaram ter consumido pelo menos uma vez.
Já os estimulantes passaram de 1,5% para 3,2%. "Alguns médicos saem da ética médica e prescrevem essas drogas por razões estéticas, não por razões médicas", diz Elisaldo Carlini, do Cebrid. "Além de ter de se manter magra, há um padrão de que a mulher não pode ser histérica", brinca ele.
Já o secretário nacional Antidrogas, Paulo Roberto Uchôa, diz que o país vem procurando intensificar, além das apreensões, os programas educativos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Cebrid
Brasileiros consomem mais álcool, cigarro e remédios para emagrecer
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O Brasil registrou, entre 2001 e 2005, um pequeno aumento no número de dependentes de bebidas alcoólicas e de tabaco. Além disso, cresceu o consumo de alguns tipos de medicamento, principalmente drogas para emagrecer. O país já é apontado por organismos internacionais como o maior consumidor desse tipo de remédio.
Segundo o "2º Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil", divulgado ontem, o índice de dependentes de álcool passou de 11,2% para 12,3% no período, o que representa cerca de 5,799 milhões de brasileiros com idade entre 12 e 65 anos. Já os dependentes de tabaco subiram de 9% para 10,1% --4,7 milhões de pessoas. A maconha aparece em terceiro lugar, com 1,4% de dependentes. Em relação ao álcool, a preocupação é o consumo cada vez mais precoce.
Foram entrevistadas 7.939 pessoas de agosto a dezembro de 2005 em cidades com mais de 200 mil habitantes.
A pesquisa, feita pelo Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas), aponta que, ao excluir álcool e tabaco, houve também crescimento dos que dizem ter consumido algum tipo de droga pelo menos uma vez na vida. Sobe de 19,4% para 22,8%. De sete drogas mais apontadas, apenas a maconha é ilícita.
Nas outras posições estão estimulantes e tranqüilizantes, ambos usados para emagrecer e que tiveram as maiores altas. O percentual de brasileiros que disseram ter tomado tranqüilizante (benzodiazepínico) subiu de 3,3% para 5,6%. Entre mulheres, o consumo é ainda maior --6,9%. É seguido pelos remédios para estimular o apetite, para os quais não há nenhum tipo de controle para a venda --4,1% afirmaram ter consumido pelo menos uma vez.
Já os estimulantes passaram de 1,5% para 3,2%. "Alguns médicos saem da ética médica e prescrevem essas drogas por razões estéticas, não por razões médicas", diz Elisaldo Carlini, do Cebrid. "Além de ter de se manter magra, há um padrão de que a mulher não pode ser histérica", brinca ele.
Já o secretário nacional Antidrogas, Paulo Roberto Uchôa, diz que o país vem procurando intensificar, além das apreensões, os programas educativos.
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