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05/12/2006 - 15h14

Laudo descarta cocaína em mamadeira de menina morta em Taubaté

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da Folha Online

Laudo do IC (Instituto de Criminalística) aponta que não havia cocaína na mamadeira da menina de um ano e três meses morta no dia 29 de outubro em Taubaté (130 km a nordeste de São Paulo). A mãe da criança foi presa no mesmo dia da morte da menina por suspeita de ter forçado a criança a ingerir a droga junto ao leite.

A criança foi levada ao hospital com parada cardíaca, reanimada, mas não resistiu. Os médicos encontraram uma substância branca na língua e garganta da menina. Desconfiados, chamaram a Polícia Civil.

De acordo com a Polícia Civil, o exame preliminar apontou que um pó encontrado na garganta da menina e resquícios da mamadeira eram cocaína. Com isso, a mulher foi presa. No entanto, um laudo definitivo apontou que a substância não é cocaína.

"Ainda falta o laudo anátomo patológico [que analisa as vísceras] que apontará o que causou a morte da criança. Esse laudo deve ficar pronto em 30 dias", disse o delegado-seccional de Taubaté, Roberto Martins de Barros.

O promotor João Carlos de Camargo Maia afirmou que não pedirá a liberdade da mãe da criança. Ele a denunciou [acusou formalmente] por homicídio duplamente qualificado.

"A prisão dela não foi fundamentada somente pelo exame que mostrou cocaína. O comportamento dela e o depoimento de testemunhas são suficientes para mantê-la presa. Aconteceram, por exemplo, várias reincidências de internações, que podem ser indícios de maus tratos", afirmou o promotor.

Maia acredita que o laudo anátomo patológico ainda pode apresentar a presença de alguma substância tóxica que pode ter causado a morte da menina.

Agressões

A mulher acusada de envenenar a filha foi espancada pelas companheiras de cela dois dias depois da prisão. A polícia afirmou que as detentas agrediram a presa porque souberam da acusação pela morte da filha.

Segundo Barros, uma presa foi indiciada por lesão corporal culposa. A acusada quebrou a mandíbula com as agressões e chegou a ficar internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Atualmente a mulher está presa na cadeia de Pindamonhangaba.

No mesmo mês da morte da filha, a mulher acusou um médico residente do Hospital Universitário de Taubaté de tê-la estuprado enquanto a menina recebia atendimento. O caso está sendo investigado.

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